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27 de Janeiro de 2010, 22:00 , por Alan Freihof Tygel - | Ninguém está seguindo este artigo ainda.

Blog do Alan, contém pensamentos saídos diretamente da minha cabeça.


Receitas

30 de Janeiro de 2017, 18:11, por Alan Freihof Tygel - 0sem comentários ainda

Brasil de Fato - MG

Risoto de Arroz Vermelho - 184

Frango com Gandú - 183

Feijoada da Greve Geral - 182

Risoto de Ervilha - 181

Sorvete Caseiro - 180

Tortilha de Fubá - 179

Polenta com Cogumelos - 178

Falafel - 177

Broa da Vovó - 176

Frango ao Molho de Inhame - 175

Ensopado de Peixe com Jiló - 174

Suco de Capim Santo com Limão - 173

Geléia de Acerola - 172

Bolo de Banana Integral - 171

Pastinha de Manjericão - 170

Purê de Abóbora Refrescante - 169

Chutney de Manga - 168

Farofa Natalina  - 167

Granola Caseira - 165

Tschulent (Feijoada Polonesa) - 162

Panqueca de Espinafre - 161

Sopa de Abóbora e Laranja Aromática - 157

Brasil de Fato - RJ

Conserva de Pimenta - 213

Bolinho de Legumes - 212

Batata Doce Rosti - 211

Crepes a la Biere - 210

Arroz de Maria Isabel - 209

Gazpacho Andaluz - 208

Farofa de Talo Beterraba - 207

Moqueca Dicas Mastigadas - 206

Caponata de Beringela - 205

Caldo de Legumes Caseiro - 204

Risoto de Folha de Limão - 203

Cuxá Maranhense - 201

Compostagem Caseira 2 - 200

Compostagem Caseira 1 - 199

Borscht - 198

Tapioca - 197

Quentão - 196

Doce de Banana com Coco - 195

Pão de Queijo - 194

Caldo de Aipim com Costelinha - 193

Feijão Tropeiro - 192

Frango com Quiabo - 191

Caldo de Aipim Com Carne Seca - 190

Carnes Marinadas - 189

Mostarda Caseira - 188

Bolo de Aipim - 187

Vatapá - 186

Biomassa de Banana - 185

Caviar do Povo - 184

Biscoito de Aveia com Gergelim - 183

Lasanha de Berinjela - 182

Filé de frango ao molho de coco com pimenta-rosa - 181

Quibe de Abóbora - 180

Cajá-Manga - 179

Pão de Queijo - 178

Caldo de Peixe - 177

Pão Integral - 176

Creme de Milho - 175



Às ruas, amanhã

17 de Março de 2016, 11:47, por Alan Freihof Tygel - 0sem comentários ainda

O governo do PT não é o meu governo. Mas ainda tenho sanidade mental para me indignar com a forma com que a forças golpistas estão agindo e distinguir as coisas. Não vou ficar sentado em casa assistindo a mais um golpe promovido pelos meios de comunicação assassinos que tornaram herói um juiz tucano de carteirinha, escancararam a privacidade da presidenta, e mesmo não encontrando nada, fizeram questão de montar o espetáculo.

Muito simbólica a participação da FIESP nisso tudo, acendendo suas luzes no coração da riqueza financeira do Brasil; a mesma FIESP, onde Henning Boilsen recolhia a caixinha dos empresários que financiavam os porões da tortura e morte durante a ditatura.

Para quem não conhece esse história, não custa nada ver: https://www.youtube.com/watch?v=yGxIA90xXeY

Não é pelo PT. É pela Democracia e pelo Estado de Direito, ainda que injusto e desigual, que não pode ser ignorado.

Veja onde serão os atos amanhã pelo Brasil: http://frentebrasilpopular.com.br/noticias/frente-brasil-popular-divulga-agenda-de-atos-e-mobilizacoes-2b9d/

 



Sem agrotóxico é mais caro mesmo???

13 de Fevereiro de 2016, 21:17, por Alan Freihof Tygel - 0sem comentários ainda

Porque você acorda num sábado pós-carnaval em Recife às 5h:

( ) para curtir um bloco de ressaca que sai às 6h.

( ) não acorda, pois ainda não dormiu.

( ) para ir ao banheiro fazer xixi e voltar a dormir.

(x) para ir ao Espaço Agroecológico das Graças!

 

Sim, foi isso mesmo que aconteceu hoje. Duro mesmo é chegar na feira às 5:50h e vários produtos já terem acabados, e algumas barracas já estarem desmontando. Da próxima vez chegamos mais cedo.

Além de ter a alegria de conversar com produtores e produtoras de alimentos, de saber um pouquinho de onde vem o produto que vai pra minha mesa e de saber que estou incentivando um modo de produção que não envenena os agricultores e não polui o meio ambiente, outra coisa me chamou a atenção.

Depois de um ano fora, há 3 semanas estive na feira do bairro de Fátima, no Rio de Janeiro, onde durante 5 anos da minha vida fiz as compras semanais de frutas, legumes, verduras e peixes. Fiquei chocado com o aumento dos preços, e também com a diminuição das porções. O molho de coentro e de manjericão foram reduzidos quase pela metade.

Hoje, na Feira das Garças, pude ter o prazer de desmentir a velha falácia de que os produtos orgânicos e agroecológicos são sempre mais caros do que os convencionais.

Em primeiro lugar, a pessoa que menos influencia o preço de um alimento é quem põe a mão na terra para produzi-lo. O preço é determinado basicamente pela quantidade de incentivos dados pelo Estado, e depois pela rede de intermediários que se colocam entre produtor e consumidor. Por conta da política de subsídios, a Alemanha, país mais rico da Europa, tem o custo de alimentos mais baixo do continente. O preço de um almoço em Bonn é quase o mesmo do Rio de Janeiro, mesmo considerando a atual cotação estratosférica do Euro. (Esta política de subsídios tem consequências bem perversas, como por exemplo a quebra da agricultura familiar na África, que acaba importando produtos da Alemanha, mas isso é outro papo.)

Na feiras orgânicas e agroecológicas, muitas vezes são os próprios agricultores ou familiares que comercializam o produto. Mesmo assim, os preços às vezes ainda são mais caros, justamente pela falta de incentivos de Estado para este tipo de produção.

Quando numa feira convencional se paga R$2,00 num alface, pode ter certeza de que o agricultor não recebeu nem 10% disso. E ainda teve que pagar pelos agrotóxicos, pelos fertilizantes, possivelmente pelo aluguel da terra. E ainda se envenena, a si e ao meio onde ele está.

Numa feira agroecológica, se o alface custar os mesmos R$2,00, o agricultor fica com tudo - no máximo desconta alguma taxa de manutenção da feira, e o transporte.

E a companheirada da Feira das Garças está de parabéns: oferecendo comida de verdade, de qualidade, cobrando barato por isso e possibilitando que a população se alimente adequadamente!

De acordo com o Mapa das Feiras Orgânicas do IDEC, Recife tem ainda 20 feiras deste tipo, que provavelmente também praticam preços justos.

Veja abaixo o preço dos produtos na Feira das Garças, no dia 13 de fevereiro de 2016. A comparação com a feira convencional no Rio é baseado em lembranças de algumas semanas, portanto não é tão precisa. E vale lembrar que esses dias fui no Mercado da Boa Vista, em Recife, e quiseram me cobrar R$8 num abacate! Portanto, não é só uma diferença de preço entre as cidades.

Produto Feira do Bairro de Fátima com Agrotóxico (Rio de Janero) Espaço Agroecológico das Graças (Recife)
Abacate R$3 a R$5 R$1
Manga Rosa +/- R$3 R$0,50
Manga Espada +/- R$2 R$0,25
Milho   R$1,00 (não transgênico!)
Pastel R$5, de carne moida, com muita gordura R$4, de jaca, integral, delícia
Bebida Caldo de cana, R$3 Suco de açai com limão, R$2,50
Mandioca Uma boa de Santa Cruz, equivalente à daqui, sai por R$6/kg R$4 /kg, macaxeira no caso
Cebolinha R$2 o micro-molho R$2 o molho gigante
Coentro R$2 o micro-molho R$2 o molho gigante
Couve R$2 o micro-molho R$2 o molho gigante
Meia duzia de ovo caipira R$8 (quando tem) R$5
Flores   R$3 o molho
Repolho   R$4 (grande)
Geléia de Açaí grande   R$8
Pão Integral   R$7,50
Maxixe   10 por R$1
Rúcula   R$2 maço grande
Banana   R$0,25 cada
Pimenta de cheiro   R$2,00 um saquinho cheio
Pitanga (jamais! :) R$2,00 um saquinho cheio

Parabéns a todas as camponesas e camponeses que trazem seus produtos agroecológicos para as feiras do Recife, livre de agrotóxicos, de transgênicos, mas principalmente livres de exploração. Iniciativas como essa são fundamentais para romper o ciclo neo-liberal-tóxico-monopolista-concentrador do mercado capitalista de alimentos.

Todo poder às/aos produtoras/es!



Moqueca do Alan (diretamente do Nordeste da Alemanha)

20 de Setembro de 2015, 6:20, por Alan Freihof Tygel - 0sem comentários ainda

 

Preparativos:

Encomende um dia de sol bem bonito. Chame aquelas pessoas que fazem você se sentir bem, que entendem você do jeito que você é, e principalmente, que não façam a moqueca ser uma preocupação, e sim uma alegria. Prefira um almoço de domingo às 15h, mas prefira ainda mais o momento em que puder reunir as pessoas mais legais. Em caso de trabalho logo em seguida, maneirar do dendê.

Aumente o som e chame a Bahia, principalmente se você não estiver nela. Recomendo, em ordem de preferência: Roque Ferreira / Tem Samba no Mar; Os Tincoãs / Os Tincoãs 1973; Mariene de Castro / Abre Caminho.

O Peixe:

Uma vez eu pedi Anchova para o peixeiro, e quando disse para ele cortar as postas pra moqueca, e ele fez uma cara cocô. Eu adoro anchova, e costumava ter um preço razoável. Dourado e namorado são os mais clássicos. O importante é que seja um peixe mais firme, que tenha um tempo de cozimento maior. Peça as postas de moqueca, nem muito finas nem muito grossas, talvez um dedo. E o principal, peça a cabeça junto.

Ingredientes:

Além do peixe: cebola, tomate, alho, coentro, farinha, leite de côco e dendê. Prefira o dendê artesanal ao industrializado.

Preparo:

Em primeiro lugar, bote cabeça do peixe para cozinhar, para fazer o pirão. Tempere as postas do peixe com limão e pimenta do reino. Se for usar panelas de barro, aqueça um pouco d'água e esquente a panela antes de colocá-no forno. Isso pode evitar que ela quebre. Agora tem uma diferença dependendo do número de pessoas.

Para poucas pessoas (até umas 5 postas de peixe), corte metade da cebola em rodelas, e metade em pedaços pequenos. O tomate também em rodelas, e o alho em fatias. Na panela, refogue o alho e a cebola em pedacinhos (modo light: com óleo, modo heavy: com dendê). Quando estiver refogado, arrume na panela, nessa ordem:

  • Metade da cebola em rodela;
  • Metade do tomate;
  • As postas de peixe;
  • O resto do tomate e cebola;
  • Jogue o leite de coco e o dendê por cima

O caldo deve cobrir as postas de peixe, e ficar cozinhando até que estejam firmes. Cuidado para não passar do ponto, nem tirar antes. Jogue o coentro mais para o final, para que ele não cozinhe demais. 

Para muitos pessoas, é mais difícil arrumar os ingredientes na panela. O que eu costumo fazer, e essa acho que aprendi com Obede ou Rafa, e bater no liquidificador: a cebola, o alho, o tomate, o dendê, o leite de coco e coentro. Assim, o molho se mistura mais facilmente para grandes quantidades. Mas é sempre bom ainda deixar umas rodelas de cebola e tomate para enfeitar.

O Pirão:

O conceito do pirão é que seja feito justamente do caldo da moqueca. Eu confesso que nunca consegui fazer uma moqueca com tanto molho que fosse suficiente para o pirão sem deixar a moqueca sem nada.

Depois que a cabeça do peixe cozinhar guarde a água, e retire a carne da cabeça (bochecha, pescoço, etc). Cuidado com as espinhas. Nessa água, vale jogar mais um toquinho de dendê e leite de coco. Complete com o que conseguir tirar do caldo da moqueca. Em fogo baixo, jogue a farinha bem devagar, remexendo, remexendo, remexendo, daquele jeitinho. Se ficar muito duro, pergunte: é pirão de faca? Se ficar muito mole, pergunte: é pirão de colher?

A Farofa:

De banana ou só de alho, o importante é o dendê. O modo light é jogar o dendê depois da farofa pronta, e misturar até ela pegar a cor. O modo heavy é fritar a farinha e a banana no dendê.

A rede:

Com muitos fios e com lugar suficiente para acomodar todas e todos convidados, deve ficar a menos de 5m da mesa. De preferência, 1m. Quando não tiver rede, vale sofá. Mas vou dizer que, eu mesmo pessoalmente, gosto é de dormir do chão. Enquanto o povo ainda estiver conversando.

 



"Quero estudar lá, ter uma nova vida. E ser humano"

7 de Setembro de 2015, 4:43, por Alan Freihof Tygel - 22 comentários

Mustafá Abdalkader, 21 anos, é sírio e chegou no dia 5 de setembro a Budapeste, após passar 5 dias em um acampamento na Hungria. Nesta entrevista, ele nos contou um pouco sobre sua história, e o que espera do futuro.

Por Alan Tygel e Flávio Chedid

De onde você vem?

Eu venho da Síria, e cheguei à Hungria há 5 dias. Fui levado para um acampamento, onde fiquei por 5 dias e 6 horas. De lá não se pode sair, não se pode falar com ninguém, nem telefonar. É como uma prisão. Nos obrigam a deixar nossas impressões digitais e assinar papéis que não entendemos.

Onde era este acampamento?

Eu não sei ao certo, porque eles não nos disseram. Eles não nos deram nenhuma informação.

Como você chegou ao acampamento?

O trem que nos levava parou, e nós perguntávamos: onde estamos? E eles diziam: nós não sabemos. Para onde devemos ir? Não sabemos. Eles não nos deram comida... revoltante. Eles nos trataram mal, nos agrediram inclusive com armas de choque.

Da Sérvia para a Hungria viemos de trem. Eles nos disseram que ficaríamos apenas 2 ou 3 três aqui, e nos levaram para o acampamento. E lá nos deram esse papel. (Ele mostra um papel escrito apenas em húngaro, com sua assinatura.) E lá não temos nome, apenas números. (e mostra uma pulseira com seu número - 58345.) De lá fomos levados para outro acampamento. São como prisões, então se formos presos, acho que não faz muita diferença.

No acampamento, nos deram apenas uma refeição por dia. Um sanduíche, bem pequeno assim (mostra o tamanho entre o polegar e o indicador). Não é suficiente, e se pedir mais, eles dizem que não têm. Se quiser, coma, senão, não coma. Eu fiquei lá por 2 dias. Depois fui para outro acampamento. Posso dizer que foi um inferno. Não podíamos dormir. Você precisa acordar, pois de hora em hora passam para dizer os nomes de quem pode sair. Se não disserem seu nome, você deve ficar. E a cada 24 horas recebemos um sanduíche. De pão, e algo que não sei dentro. E aí tivemos que esperar até o dia seguinte para ter outro pão.

Quando você deixou a Síria?

Há 3 anos.

E como foi o caminhos até aqui?

Eu fui primeiro para a Turquia. Na Síria não tinha futuro, eu não sei como seria meu futuro lá. Então disse que iria para a Alemanha, que seria o melhor para mim, para meu futuro. Quero estudar lá, ter uma nova vida. E ser humano.

Da Grécia eu fui para a Macedônia, e Sérvia, e não houve nenhum problema. Apenas aqui na Hungria tivemos problemas. Eles nos odeiam.

Mas a situação aqui em Budapeste é melhor?

Sim, bem melhor. A situação lá é inacreditável, não fomos tratados como humanos. Fomos tratados como animais. Porque a cada hora tínhamos que dizer o nome, então não podíamos dormir. Se o nome estivesse lá, podíamos sair. Eu acho que perdi 5 ou 10 kg (risos, mostrando a barriga). Fiquei melhor!

E como está a situação na Síria agora?

A situação é guerra. Há muitos grupos lutando lá, como o Estado Islâmico, Al Qaeda, xiitas, sunitas, milícias curdas e árabes...

Você é curdo?

Sim, sou curdo.

E como é a vida para os curdos na Síria?

Impossível. Quando você é muçulmano, ainda assim há diferenças entre diversas subreligiões. Mas quando você é de outra religião... Eles olham para seu rosto e perguntam: você é curdo? E você diz sim, eles dizem você é muçulmano ou não? Se você disser que sim, ele vão perguntar sobre os hábitos, o que você faz ou deixa de fazer... Mas se você der uma resposta negativa, não sou muçulmano, eles te matam. Eu sou Yazidi (um povo originário do Curdistão, que hoje se situa no irã, e pratica a religião Zoroastra) então tenho um grande problema. Eles pegam as mulheres e... matam todas.

E o que você espera fazer na Alemanha quando chegar lá?

Uma nova vida. Começar a cursar uma universidade.

O que você quer estudar?

Não sei, eu não estudei. Porque chegou meu tempo de servir o exército, e ir pra guerra, e soldados têm que matar pessoas, e eu disse que não queria isso. Assim, deixei a escola, deixei minha vida, minha família.

Sua família ainda está na Síria?

Sim.

Você tem amigos na Alemanha?

Sim, tenho muitos amigos lá, cerca de 15, em várias cidades.

Você teve que pagar a alguém para chegar aqui?

Sim, eu paguei para ir da Turquia até a Grécia, U$1.100,00.

Para quem?

Para alguém que me colocou num barco, realmente aterrorizante. Você nunca sabe o que está acontecendo. Muitas pessoas morrem nestes barcos. São barcos de borracha.

Quanto tempo durou a viagem?

Uma hora. Mas posso dizer que é um tempo enorme. Não aconteceu nada com meu barco, talvez porque Deus goste muito de nós, mas o outro barco que vinha atrás, com 6 pessoas, afundou. No mesmo dia. Todos morreram.

E esse foi o dinheiro que você juntou na sua vida?

Sim.

E você tem mais algum dinheiro para quando chegar na Alemanha?

Muito pouco, talvez dê apenas para chegar lá. Eu acho que o governo de lá vai nos ajudar, dando algum dinheiro, comida, algo assim.

Quando você pensa na nova vida na Alemanha, o que vem na sua cabeça?

Nada demais, apenas estudar numa universidade... nada demais.