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blogdoalan

January 27, 2010 22:00 , by Alan Freihof Tygel - | No one following this article yet.

Blog do Alan, contém pensamentos saídos diretamente da minha cabeça.


Além de tudo, ainda tem o doutorado...

February 26, 2015 17:36, by Alan Freihof Tygel - 0no comments yet

Feijoada de Kassler, vestido por cima de cinco casacos e outras notícias sobre o Carnaval de Bonn

February 19, 2015 11:21, by Alan Freihof Tygel - 0no comments yet
  • Passar o Carnaval aqui na região do norte do Reno não foi exatamente algo novo pra mim. Em 2004, mochilando pelazoropa, fui batendo de porta em porta no amigos - Estevan e Adonhiran, em Paris, meu primo Ivan em Bruxelas, até que cheguei na casa do Castelo e Lena, em Colônia, justinho no Carnaval. Coincidência. Na época, alías, eu também nem ligava muito pro Carnaval no Rio.
  • Posso dizer que não mudou muita coisa desde então. Na verdade, deve fazer algumas centenas de ano que nada muda (hehe, quase brincadeira). O carnaval transita entre algo muito sério, tradicional, e as novidades que vão chegando - inclua-se aí as brasilianidades, muito fortemente.

Um bloco bem tradicional, jogando Kammelen para o povo. Se você perguntar que são Kammelen, vão dizer que são doces ou flores. Mas, como sempre, na prática a teoria é bem outra. Não contem pra ninguém, mas chegeui a receber uma cenoura, um lenço de polyester e um pacote de papel de assoar nariz (Tachentuch, ítem indispensável por aqui).

Agora pensem na alegria do ser-humano quando ouve a batida a alfaia!!! E tava melhor que uns certos Maracatus do Ridijaneiro por aí...

  • Aqui em Bonn, o dia grande da festa foi segunda-feira, a Rosenmontag. Vários blocos marcharam da estação de trem até um local aqui perto de casa. Segunda, então, foi dia de festa na Doro48.
  • Combinamos assim: para o café da manhã, Salsicha Branca (Weisswürstchen, no diminutivo, pra parecer fofinho) com pretzels, sim, aquele mesmo que vende no shopping, só que não. E pro almoço de fim do dia, feijoada!
  • O feijão (marron) não foi dificil de achar. Fiquei encucado foi com a carne seca: talvez por conta do frio, acho que em nenhum momento histórico se precisou salgar a carne para conservá-la. Na verdade, a técnica que se usa é a defumação. Daí então, achei que o mais digno para a feijoada seria um Kassler, carne de porco defumada. Feijão cozido do dia anterior, com louro (lorbeerblätter), coentro, cebola e alho refogado, bacon, ... Como era pra comer no meio do carnaval, achei por bem não economizar no sal.
  • Tomamos "café", retocamos as fantasias e fomos pra rua. Umas 4 horas depois bateu a fome a voltamos pra feijoada, que foi sucesso total. Pra uns 15 bêbadas e bêbados de carnaval, funcionou bem, e logo voltamos pra aproveitar o resto da festa.

A cozinha da casa durante o café da manhã!

Veio até gente de Hong Kong especialmente pro carnaval da Doro48!

No dia seguinte, cheguei em casa de noite crente crente, mas não tinha sobrado nada...

  • Mas o auge mesmo do nosso carnaval foi uma festa de reggae. Hãn? É isso mesmo! E na verdade mesmo, não foi uma festa, mas um protesto! Como assim??? Assim: todo ano, no final do desfile, alguns coletivos anarquistas e de luta pelo direito à cidade (sim!) organizam uma festa reggae na praça. Aberta, com música, alto astral, ocupando os espaços públicos, coisa que tem andado em falta por aqui. Mas como a onda aqui tem sido bem criminalizadora destes movimentos - que acabam por agregar também estrangeiros/refugiados - esse ano a festa não foi permitida pela prefeitura. E agora... ?
  • Na Alemanha, festa se pode proibir. Mas protesto não! :) A festa virou então uma manifestação, oficialmente autorizada, e rolou reggae a noite toda. Entre uma música e outra, alguns falatórios, se entendi bem, porque sendo um protesto, tinha que seguir algumas regras, como falar x% do tempo. Mas o importante é que nos divertimos um bocado, comemos bem, cerveja boa. A fantasia de (nem tão) piriguete (quase) não sente frio obviamente só durou até um certo momento, porque depois já tava se chamando piriguete congelada.

 (Nem tão) piriguete (quase) não sente frio

  • Se foi bom o Carnaval daqui? Bonn o suficiente para não cortar os pulsos vendo o caranaval do Rio, Salvador e Recife pelo facebook!

Termino com uma espécie de meta-síntese do carnaval daqui. As fantasias do vizinho, antes e depois da folia. Danke schön, Georg!



Em Bonn, (nem tão) piriguete (assim, quase) não sente frio!

February 16, 2015 18:00, by Alan Freihof Tygel - 1One comment