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12 de Janeiro de 2009, 22:00 , por Desconhecido - | Ninguém está seguindo este artigo ainda.

A GAIOLA

6 de Dezembro de 2016, 1:58, por SPAsophia - 0sem comentários ainda




BORRA DE CAFÉ

6 de Dezembro de 2016, 1:57, por SPAsophia - 0sem comentários ainda






TRANSFORME-SE

6 de Dezembro de 2016, 1:01, por SPAsophia - 0sem comentários ainda







Na metáfora da borboleta passamos a vida... 
Na quinta-feira dia 17 de dezembro de 2015 formos às ruas com os amigos na INTERVENÇÃO TRANSFORME-SE.
Idealizar e produzir são para mim o ar que respiro...
Foi emocionante unir-se a cada um deles: ATORES, AMIGOS... Como é bom ver o esforço, dedicação e profissionalismo de todos, ao estarem ali com responsabilidade e compromisso. Surpreendente e lindo. A pequena Heloísa Mendes deu show, esbanjou talentos e habilidades. Foi possível ver o brilho no olhar deles ao se ajudarem, a cooperarem um com o outro para que tudo desse certo, ou melhor, estava tudo tão certo, tão compassado, harmonioso que simplesmente fluiu. Uma construção perfeita... feita de coluna e tijolos e que hoje vejo surgir não uma, mas várias edificações onde cacos e pedaços se juntam para dividir e multiplicar.
Entre a dor e o amor muitas vezes escolhemos a dor, embora o amor nos convide a todo tempo a transmutar as aflições e intempéries da vida. Aceitar-se e aceitar o caminho é render-se à própria alma e aos propósitos de uma existência de infinitas possibilidades. Há no caminho superação de dor, perdão, medo, renúncia, humildade, cura e amor. Ao libertar o ser contido nas entranhas de si mesmo damos ouvidos e asas à alma. Ela grita por uma escolha, por um ideal, onde “um” somos todos.
A dor no silêncio e a paz no cântico das religiões
Ao som do bumbo e no silêncio gritante do ator Samuel Lopes era possível sentir a dor em forma de paz...
Um homem me abordou. Ele está representando Jesus? Eu respondi... o senhor entendeu dessa forma? Então assim ele é para o senhor. E é dessa forma que entendo todo esse trabalho que envolveu a unificação das religiões se fazendo vivas em uma só voz. Na suavidade do balé da flor de lótus representada pela atriz Juliane Bullé , onde a flor símbolo de tanta fé e espiritualidade mostra que não importa a lama, as guerras, os gritos, as angustias e desavenças. É possível florescer, resgatar o homem da miséria da alma para que a miséria humana possa ser superada. Não importam nomes, crenças, tempo ou espaço, o importante é o que o coração é capaz de sentir e fazer para que cada um se torne melhor, deixando o passado no passado e seguindo sem o tempo.
A água do Rio nunca é a mesma...
Um rio correu pelas ruas dando vida e leveza a tudo que o cerca. O rio, muitas vezes nos chama, seguimos pelo barulho das águas ao chocar-se em rochas. É deslumbrante... nos fascina... mas, ao chegarmos ao rio é preciso atravessá-lo e conquistar a montanha que só vemos quando temos a coragem de chegar ao outro lado da margem. E o alto da montanha reserva surpresas ainda maiores.
O fogo transforma ...
O Jovem Matheus encantou ao ir para a rua transformando os olhares a cada momento em que o fogo era cuspido ... expurgando ali preconceitos, ira, raiva, ódio, desamor, indiferença, rancor, desprezo, culpas, medo, tristeza, miséria, violência, melancolia, solidão, egoísmo, inveja; transformando toda dor em luz. Em um mundo de tantas angústias, um momento de reflexão, alegrias e muita emoção.
A natureza viva...
Tigre, macaco, cão e gato... a perfeição nas expressões da atriz Letícia Mendes , representando o Pavão, considerado uma divindade entre muitas religiões.
Fada, Elfo... a natureza que os olhos não veem... levemente livres.
E a borboleta com sua metáfora de transformar... fazendo acordar o planeta.
Punks tiveram a liberdade de gritar...
Ruas... meninas nas ruas
Delicado momento... três jovens atrizes ficaram nas ruas durante horas, para sentir e serem sentidas pelas correrias da rua. Sem dúvida uma das maiores experiências para todos nós. Carol... ali estava ela... uma jovem com tantas histórias que nos fizeram ir às lágrimas e sorrisos sem pressa.
Meu agradecimento especial à parceria de amigo que o CAMINHO trouxe: Ramon Souza . Essa vivência não tem preço. Cada segundo uma surpresa, uma nova emoção e um caminho feito de alegrias e crescimento.
Violino, tambores, cantos...
Agradeço à dedicação e atenção da Cultuar e aos espaços que receberam nossa equipe tão grande. Marcia Small Brasil e o Teatro Municipal Câmara Torres, aoMarcelo Ramos Moreira e equipe Casa Larangeiras e a Casa de Cultura.
A todos que contribuíram de alguma forma mesmo não estando na intervenção. Valeu Denise Constantino da Fonseca
Valeu!!! CIA APÉ – SPAsophia, Grupo Arteiros e TODOSSSSSSSSSSSS OS ARTISTAS QUE LINDAMENTE SE UNIRAM. OBRIGADAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
Só o amor, muda o que já se fez E a força da paz junta todos outra vez Venha, já é hora de acender a chama da vida E fazer a Terra inteira feliz ( Roupa Nova - versão Heal the World - Michael Jackson)


Por Carmen Amazonas
  http://www.angra.rj.gov.br/imprensa_noticias_release.asp?vid_noticia=49502#!prettyPhoto














Bruxas

31 de Outubro de 2016, 16:35, por SPAsophia - 0sem comentários ainda
31 de outubro de 2017


Eu vou ao jardim de minha casa com o meu livro de alquimia, é dia das bruxas e eu sei que o contato com a natureza desperta minha imaginação. Sento-me debaixo de uma árvore e logo começo a sentir o vento suave bater em meu rosto. O vento vai acalmando minha mente, refrescando-a e deixando-a mais leve. Até que começo a ouvir barulhos. Algo esbarra pelas folhas das árvores e cai descompensado no chão. Eu olho espantada. Você, você, sempre você (risos). Sensibilidade minha amiga coruja atrapalhada. Nisso chega a coruja Razão. “Ai, ai ela não consegue fazer um pouso sem bagunçar tudo. Olha, tem folhas espalhadas por tudo que é canto”. (risos)


Eu abro o livro de alquimia.

Vamos ao Mundo das Bruxas, meninas.

Sensibilidade logo se emociona... fica aflita, ansiosa e Razão põe-se a pensar. “Não seria perigoso menina Sophia?” O livro fica no chão... aberto em cima das folhas e de repente o tempo para... o ar acalma-se e uma luz surge... e o jardim transforma-se em uma frondosa floresta. Eu apareço em uma vassourinha e um com lindo chapéu de bruxa. Razão e Sensibilidade me acompanham. Tudo parece mais brilhante, as cores têm tons vivos. Eu caminho pela floresta e as flores sorriem, dançam ao som dos pássaros e o bater das asas das borboletas.

Há olhos por todas as partes entres as folhas. Razão logo fala: “acho que deveríamos voltar”. Sophia e Sensibilidade nem ouvem, estão tão encantadas com tudo.

Na beira de um riacho eu vou beber um pouco de água e então surge um menino. “Olá!!! Eu sou Caiá, sou guardião desse rio”.

A água é capaz de transformar todo ser do mundo onde você se encontra e as pessoas ainda desconhecem o poder dessa magia. Elas não se recordam, mas o poder da energia da água é capaz de transformar a Terra. Durante alguum tempo as pessoas acreditavam que a água estava acabando. Que esses recursos seriam escassos e que a população acabaria por sua falta. O que demoraram a entender é que a água que consumimos é energia viva e está dentro de nós. O homem precisou aprender a respeitar a ele mesmo, a aceitar-se e então ele foi capaz de entender que nada é escasso, mas transformado, recriado, reinventado, imaginado.

Vou acompanhá-las nessa aventura que tal mergulharmos nas águas do rio? Agora poderemos entender melhor sobre seu mundo e quem realmente são as bruxas.

Caiá, eu, Razão e Sensibilidade mergulham nas águas do Rio.

Uma corrente de água muito forte nos roda em espiral e nos leva para a idade média, tempo da perseguição as bruxas. As cores são diferentes, escuras, o cheiro no ar é ruim, desconfortante, incomoda. Nós seguimos pelas ruas, nossas roupas são outras, esfarrapadas, como na época e nossas fisionomias um pouco diferente. Eu e Caiá estamos semelhantes aos povos. Logo nos identificamos como partes de famílias da localidade. Eu sou filha de uma bruxa poderosa capaz de curar as pessoas através de energia. E Caiá vem de uma família de curandeiros que usam as ervas e os rios para tirar o mal das pessoas. Nós dois somos muito amigos e temos sempre duas corujas que nos acompanham. Em um mundo de dualidade como a Terra, eu e Caiá nos vemos envolvidos em sofrimento e perseguição. Há bruxas e bruxos por todas as partes, bons e ruins. O bruxo Gandom considerado por todos um dos piores bruxos já existentes vive à espreita atrás de nós.

Gandom: Olá, crianças, como vão? Sei que vocês adoram brincar de ser pequenos alquimistas. Que tal aprenderem algumas coisinhas comigo?

Eu e Caiá arregalamos os olhos e dizemos: “não, obrigada”.

Porém, Gandom insiste em apresentar-nos a magia e nos dois, mesmo assustados, acabamos ficando ali parados diante do esperto bruxo, que começa a contar-nos uma história. Eu escolhi estar aqui para disseminar a energia da sombra e vocês dois têm o livre arbítrio de poder ser meus parceiros. Com um olhar assustador ele  nos diz: “imaginem nós três dominando o mundo da magia unindo nossas energias”. Nós apenas mexemos os olhos, olhando um para o outro e nos sentimos presos, com medo de correr e seremos capturadas pelo bruxo. Ele segura nossa mão ... o ar começa a ficar pesado, um cheiro forte toma conta do lugar. O medo, o medo, o medo... Nós estamos muito assustados.

Porém, nos entreolhamos e uma força começa a nos mover. O vento sopra, as corujas aparecem sobrevoando o local desconcentrando Gandom e então conseguimos correr e  escapar ao menos dessa vez do sábio bruxo.

Chegamos em casa. __Mãe, mãe...

“Crianças o que houve com vocês?”

“Gandom, dona Willy, ele nos perseguiu e queria nos levar com ele. Disse que deveríamos ser bruxos como ele. Não quero ser bruxo, dona Willy.”

“Nem eu mãe, os bruxos são maus e os bons são sempre perseguidos”.

Willy: Crianças, sentem-se aqui, irei contar uma história para vocês


Há muito tempo a humanidade foi criada e trouxe dentro dela a magia. Essa magia interage com a Terra e um dia todos se lembrarão disso. Gandom certamente escolheu vir a esse mundo com o dom do mal para que todos que o cercam possam escolher entre o bem e o mal. Nossa essência é sempre divina, livre das dualidades e ao virmos a Terra escolhemos viver a dor, o sofrimento, a tristeza, as angústias e perseguições para que então através da escuridão possamos encontrar o verdadeiro sentido da luz de onde todos vieram, e entender a serenidade, a paz, a felicidade e os dons que temos.  Todos nós temos dons e devemos usá-los a nosso favor, em favor do outro e da Terra. Esses dons estão na paciência, na tolerância, na alegria, no amor a si mesmo, no amor incondicional e no respeito a tudo e a todos. Essa é a verdadeira magia. Transformar o dia a dia no agora.

Eu, Caiá, Razão e Sensibilidade saímos do rio e ofegantes, voltamos à floresta.

Sentamos às margens do rio onde há salamandras, borboletas, passarinhos. Tudo ali tem vida, folhas, árvores, flores. Os pequenos olhos que havia entre as folhas começam a se revelar e então aparecem fadas, entre elas Sopro, a fada do vento.

Sopro: Olá, Sophia

“Você aqui!”

“Eu estou em toda a parte e você acha mesmo que eu iria perder um papo sobre bruxa, sendo uma fada linda e poderosa como eu sou?”.

“Sei, Sopro (Sophia ri), sempre engraçada com esse seu olhar de sabe tudo”.

Sopro: Sei mesmo... (e ri).

“Menina Sophia, Gandom está aqui entre nós, vive na floresta, mas em sua essência é um poderoso bruxo de luz e compartilha com as crianças suas magias e as transforma em alquimistas capazes de chegar a Terra prontos para o novo tempo de paz, alegrias e magia”.

Volto ao jardim fechando meu livro e suspirando por mais um história vivenciada.





A CHAMA DA 14ª FLIP - FESTA LITERÁRIA INTERNACIONAL DE PARATY

1 de Agosto de 2016, 11:25, por SPAsophia - 0sem comentários ainda
Três fatores marcaram a FLIP em 2016: a crise econômica (que já tinha sido percebida em 2015), as polêmicas e os protestos. A crise econômica, que já é verbete batido há vários meses, foi notada, principalmente, na programação principal. A Flipinha, por exemplo, não teve direito a uma tenda para sua programação, como teve nos anos anteriores, resumiu-se a um modesto palco ao ar livre e lonas no gramado para o público se ajeitar. O show de abertura, que já recebeu grandes nomes da música brasileira e que ano passado já tinha mostrado sinais de redução, esse ano resumiu-se a um sarau, com declamações de poesias de conteúdos atuais e polêmicos. A crise, essa ingrata, pode ter sido também motivo para o menor número de visitantes, o que de certa forma, contribuiu para que a pequena Paraty não ficasse tão congestionada. As polêmicas giraram em torno da falta de negros na tenda dos autores e no exibicionismo desnecessário da escritora brasileira Juliana Frank. Os protestos focaram na política brasileira, com constantes evocações de “Fora Temer”, ladainha repetida durante toda a Flip 2016, que aconteceu nos dias 29 de junho a 3 de julho de 2016.

            Esse ano, a curadoria continuou nas mãos de Paulo Werneck e a autora homenageada foi a pouco conhecida Ana Cristina César, que além de escritora, poetisa, foi tradutora e professora de inglês e se suicidou em 1983, com apenas 31 anos. Para a felicidade dos que aproveitam mais as programações das casas parceiras espalhadas pela bucólica Paraty, além das Casas Folha, Instituto Moreira Sales (IMS), Literária Gastronômica (SENAC), Rocco, Casa Cais, Casa da Liberdade, Libre e Nuvem de Livros, SESC, Clube dos Autores, ganhamos mais duas casas: Shakespeare House e Espaço Itaú Cultural de Literatura e também a volta de Thelma Guedes e Newton Cannito com a Nau dos Insensatos substituindo a Casa dos Autores Roteiristas, já ausente ano passado. A Nau ofereceu palestras com temáticas sobre a loucura, homenageando a escritora Maura Lopes Cançado. Já a Casa Libre focou em palestras sobre violência, em todas suas nuances e a Casa da Liberdade se ateve a bate-papos sobre política e economia, com direito a bate-boca. As atrações foram fartas, tornando a escolha difícil. Relato aqui um pouco do que vi e do que li e sei que aconteceu.

            No primeiro dia, 29 de junho, nem todas as casas funcionaram. Somente a tenda dos autores, Itaú Cultural e a ótima Casa Gastronômica SENAC com o Cozinhando com Palavras, a opção mais deliciosa, literalmente. O Senac iniciou seus trabalhos com a história do vinho e oficina de canapés, bem propício. Na tenda dos autores, na palestra de abertura, Ana C. foi pouco mencionada e o show de abertura deu lugar ao Sarau da Flip, muito bem comandado por Roberta Estrela D’Alva, figura constante em Poetry Slam, onde a poetisa Mel Duarte agradou a todos com uma poesia manifesto contra o machismo e o racismo. Entre uma poesia e outra, a palavra de ordem foi “Fora Temer”.

            Na quinta-feira, dia 30 de junho, as casas começaram a ferver com atividades irresistíveis e imperdíveis. Nessa hora, gostaria de poder me multiplicar em dez. No Cozinhando com Palavras, nos serviços de sanduíches especiais, mais vinhos, doces e tortas. No SESC, oficinas literárias. Na Igreja da Matriz, a atriz Carol Castro interpretou a imperatriz Leopoldina no concerto “Cartas da Imperatriz”. Na Nau dos Insensatos, Leona Cavalli encantou com o Elogio da Loucura. Na tenda dos autores, Caco Barcellos foi destaque em mesa que discutiu o tráfico de drogas sob as lentes do jornalismo. O queridinho das lentes, autor de Trainspotting, Irvine Welsh fechou a noite falando sobre sua carreira literária. Na Casa de Cultura, sob a programação da Flipinha, Lázaro Ramos falou na Ciranda dos Autores e mais tarde, na Praça da Matriz, participou de um bate-papo com Gregório Duvivier e Maria Ribeiro no “Você é o que lê”. No IMS, Adriana Calcanhoto, Eucanãa Ferraz, Alice Sant”Anna e outros leram trechos das obras da homenageada Ana C. Para fechar a noite, nada melhor do que a boemia da Casa Folha, que ofereceu música animada e vinho para o público afoito por diversão. E para delírio dos fãs, igual a mim, Adriana Calcanhoto visitou a Casa e nos brindou com “Vem Embora”. Cantou a única e foi embora, tentando se equilibrar sobre as pedras das ruas de Paraty, sendo apoiada pelo amigo Eucanãa Ferraz.

            No 3º dia, a programação principal iniciou os trabalhos com Benjamim Moser e Kenneth Maxwell, falando sobre a cultura brasileira, incluindo o cenário atual. Depois J. P. Cuenca falou sobre seu mais novo projeto, o filme que fala sobre sua morte. Na Casa SESC, não pude perder o maravilhoso Edney Silvestre em conversa no Café Literário sobre a influência do olhar particular do autor sobre mundo em suas obras. Mais tarde, Matheus Nachtergaele recitou textos de sua mãe falecida, que aconteceu no novo espaço do SESC em Paraty. No mesmo horário, aconteceu o bate-papo com os vencedores do Prêmio Sesc de Literatura. Para fechar a noite, mais animação com o grupo Mistache & os Apaches, no palco do SESC Santa Rita. A Casa Rocco recebeu Irvine Welsh e ofereceu-lhe uma festa concorrida, onde o número de convidados não batia com a capacidade de público no local. Tudo regado a uma boa cachaça paratiense. Na Nau dos Insensatos, Paulo Betti relatou sua experiência com o pai esquizofrênico.

            No quarto dia, penúltimo dia da Flip, a Casa Rocco recebeu Frei Beto em uma concorrida palestra, onde falou sobre a literatura em tempos de crise. Na tenda dos autores, aconteceu a mais badalada palestra da programação principal, o encontro de Benjamin Moser, biógrafo de Clarice Lispector e Heloisa Buarque de Hollanda, que incentivou a carreira de Ana Cristina César. Falou-se sobre as peculiaridades e semelhanças de cada escritora. No mesmo dia, Benjamin se dividiu entre a Casa Folha  e a Casa Rocco. A Casa Folha, pela manhã, recebeu Ruy Castro, com espaço lotado. No SENAC, o chef André Boccato comandou a cozinha que serviu café, caldinho de feijão e ceviche, fechando a noite. No SESC, noite de encerramento do Prêmio Off Flip, recebendo seus vencedores. A Casa Cais recebeu a ilustríssima Pilar Del Río, musa de Saramago. A FlipMais, na Casa de Cultura ofereceu uma conversa com Caco Barcellos para falar sobre os 10 anos do Profissão Repórter. Também super concorrido. Na Nau dos Insensatos, Utopias e Profecias, onde se falou sobre a vibração do tempo e sobre a forma que o povo Maia lidava com o tempo. À noite, sarau com música de raiz afro-brasileira e declamação de poesia ao som de tambor por Leona Cavalli, que no final, levou todo o público para o lado de fora e na Praça da Matriz, todos dançamos e cantamos de mãos dadas em um grande círculo. A Pousada do Príncipe aderiu ao clima da Flip e promoveu em seu restaurante, o lançamento do livro “O Mundo é um Palco”, em homenagem aos 400 anos da morte de Shakespeare. Trata-se de uma coletânea de textos escritos por autores que leem o famoso bardo, como: Pedro Bial, Fernanda Montenegro, Joaquim Falcão e outros, onde os temas traçam um paralelo entre o momento atual do Brasil às tragédias Shakesperianas, que atravessam séculos.

No 5º e último dia, um domingo ensolarado, as Casas parceiras, em sua maioria, encontravam-se fechadas. Ao passar em frente, sentia-se o cheiro da ressaca literária e erudição. A Casa Gastronômica do Senac, Casa Folha e Casa de Cultura, com FlipMais, deram o último suspiro. Na primeira, homenagem à gastronomia de Paraty; A segunda recebeu Zeca Camargo para falar que “Paris Nunca Acaba”. A Tenda dos Autores encerrou seus trabalhos mais cedo do que nos anos anteriores com o tradicional “Livro de Cabeceira”.

Inegavelmente e decididamente nada, nem a “malvada” e “intragável” crise econômica apaga o brilho da FLIP, que a faz ser considerada o maior evento literário do país. Que os deuses da literatura e das artes não deixem nunca que sua chama se apague.






Por: Denise Constantino



             

           






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