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Juntos, legalizados e mais fortes

17 de Setembro de 2014, 16:08 , por rosana kirsch - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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Para desenvolver a agropecuária do município de São João do Oeste/SC, agricultores e instituições públicas criaram a Cooperativa de Produção Agroindustrial Familiar (Coopafasjo) e a Central das Microbacias Hidrográficas de São João do Oeste (Camigro). Duas organizações que têm por finalidade procurar o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar do município e o desenvolvimento das agroindústrias. A Coopafasjo ainda está na fase de registro e encaminhamentos burocráticos, mas logo o conselho de administração vai definir quais as prioridades a médio e longo prazos entre os setores produtivos.

De acordo com o assessor administrativo e comercial das instituições, Rogério Rech, a cooperativa serve como estrutura de apoio para legalizar as pequenas agroindústrias e diminuir alguns custos de implantação de empresas. “A vantagem para São João do Oeste é que todas as vendas de produtos com o caráter informal passam para a formalidade. Isso vai gerar movimento econômico e beneficia a receita do municí- pio, Estado e nação”, explica Rech.

Os associados da Copafasjo têm a possibilidade de legalizar seus empreendimentos. Para isso, é necessário que se faça um contrato de comodato com as agroindústrias pelo qual se estabelece um padrão de qualidade da produção e os critérios ou formas de como vai funcionar essa parceria. Com isso, a cooperativa emite nota fiscal do produto já industrializado e o associado pode entregá-lo com nota fiscal no mercado consumidor. É uma forma de viabilizar os pequenos empreendimentos, tirar as pessoas da informalidade e gerar aumento no movimento econômico. A cooperativa também possibilita ao agricultor a aquisição de equipamentos e embalagens diretamente de fábrica a preços mais acessíveis.

Exemplos que deram certo — A dona-de-casa aposentada Clarice Kaufmann, que reside na localidade de Fortaleza, é um exemplo de alguém que não quer parar de trabalhar. Em 2004 começou a produzir panificados. Hoje está fornecendo produtos para o Compra Direta e Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) – ambos programas sociais do Governo Federal. “Produzimos pães, bolachas, cucas, bolos, sonhos, massa caseira e macarrão”, descreve Clarice. Segundo ela, a intenção é ampliar o empreendimento aos poucos. “Tenho muitas idéias e pretendo crescer muito ainda. Considero esse empreendimento viável”, complementa. Para ela, a fundação da cooperativa é a realização de um sonho. A produtora de panificados explica que, por meio da Copafasjo, poderá obter um rótulo para os produtores e o custo das embalagens poderá diminuir sensivelmente. Em breve, pretende obter o alvará sanitário. Com orgulho, diz que os produtos são todos naturais e garante preservar esse diferencial.

Há 4 anos a dona-de-casa Clarice Kaufmann produz panificados como pães, bolachas, cucas e bolos

Figo e pêssego — Na localidade de Medianeira, o agricultor Ivo Wolfarth começou em 2006 a desenvolver uma nova atividade na sua propriedade, a fruticultura. Naquele ano plantou 80 pés de figo e 250 de pêssego. Wolfarth pretende vender a produção in natura por algum tempo. “Estamos cientes de que se as árvores carregarem bem, não conseguiremos vender toda a produção na época da colheita”, afirma. Nesse momento, toda produção é absorvida pelo programa Compra Direta e as frutas são entregues para as escolas do município. Apesar de ainda estar em fase experimental, Wolfarth pensa em ampliar Vandro Luís Walter a área plantada. “Existe um bom mercado para a nossa produção atual e não estamos divulgando muito para não correr o risco de não poder atender todos os consumidores”, esclarece.

O agricultor Ivo Wolfarth, além do leite, produz 80 pés de figo e 250 de pêssego

O produtor não revelou, mas garante que o baixo investimento, até agora, gerou bom retorno financeiro. O projeto foi contemplado com recursos da administração municipal através do Instituto de Desenvolvimento Educacional do Paraná (Fundepar), o que incentivou o produtor no início dessa atividade. Segundo o fruticultor, a cooperativa de São João do Oeste poderá auxiliar bastante no desenvolvimento dessa atividade e menciona a realização de cursos de capacitação, busca de mercados, embalagens, rótulos, vidros, sanidade, entre outros. Mas a principal atividade econômica de sua propriedade continua sendo a produção de leite.

Artesanato — O engenheiro agrônomo da Prefeitura de São João do Oeste/ SC, Pedro Canísio Heberle, escolheu o artesanato para passar as horas de folga. Para abrigar as máquinas e equipamentos, Heberle construiu um pequeno galpão de 48 metros quadrados. Além de produzir artesanato leve, pensa em trabalhar com artesanato pesado. “Seria uma forma alternativa de produção de arte em madeira rústica. Nisso será possível aproveitar troncos e restos de madeira para produzir esculturas e móveis rústicos”, conta.

Pedro Heberle utiliza o artesanato para passar as horas de folga

O principal enfoque do engenheiro agrônomo é a utilização de restos de marcenaria, madeira reciclada de construções antigas e madeira de reflorestamento. Para ele, o artesanato por enquanto está sendo uma atividade secundária. Em relação ao mercado, é restrito ao município, círculo de amigos e conhecidos. “Na nossa região ainda existe pouco potencial de consumo desse tipo de material”, afirma. Heberle diz que quando a produção aumentar é preciso buscar ferramentas de mercado e um dos mecanismos poderia ser através da Copafasjo.

Fonte: http://www.edcentaurus.com.br/materias/granja.php?id=1491

Texto de Bruno Pacheco


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