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12 de Janeiro de 2009, 22:00 , por Desconhecido - | 1 pessoa seguindo este artigo.

Paris hoje diz "Je suis Charlie" e protesta contra a intolerancia

7 de Janeiro de 2015, 19:59, por Débora Nunes - 0sem comentários ainda

Ainda sob o choque do atentado que matou 12 pessoas hoje na sede do querido jornal satirico "Charlie Hebdo", os franceses foram às ruas aos milhares para manifestar seu pesar. Muitos cartazes escritos à mao diziam "Eu sou Charlie" e muitas pessoas levantavam lapis e canetas para mostrarem que partilham o engajamento dos jornalistas mortos: desafiar os poderosos que querem impor suas leis, sejam elas econômicas, religiosas ou sua moral conservadora.

Na praça da Republica nesse 07 de janeiro de 2015 a multidao veio repetir a frase da capa do jornal reproduzida acima, de novembro 2011: "O amor é mais forte que o odio". Comovidos e solidarios os/as cidadaos/as sabem que o fanatismo islâmico nao representa a fé muçulmana e querem demover, com sua impressionante manifestaçao silenciosa, os intolerantes que imaginam poder calar a voz dos que protestam através do humor. O clima de cumplicidade entre desconhecidos, a tristeza compartilhada e a indignaçao contra a violência mostram força dessa voz que cresce: a da cidadania.



A coragem do papa Francisco nesse Natal 2014

24 de Dezembro de 2014, 1:27, por Débora Nunes - 0sem comentários ainda

O melhor presente: sinceridade, espírito crítico, verdades. A Igreja católica assistiu a um discurso papal que honra a história de Jesus Cristo e sua ira santa contra estruturas maléficas. Dirigindo-se à elite da Igreja o papa fala das doenças que atingem a cúria romana: egoísmo, apego aos bens materiais, narcisismo, maledicência, puxa-saquismo, exibicionismo... Esse discurso é uma revolução e mostra aquilo que nem os mais otimistas esperavam: o papa irá lutar contra a burocracia mafiosa da Igreja Católica de cara limpa, diretamente, transparentemente, sem subterfúgios e sem tréguas.  E terá amplo apoio popular vista a repercussão imediata de seu discurso.

O exemplo do papa mostra que “adaptar-se” aos desvios do poder jamais será uma saída, pois posterga a vigência do que é intolerável. Contrariamente aos políticos de esquerda que chegaram ao poder e repetiram atos nefastos praticados historicamente pela direita, o papa Francisco mostra que a honradez pode se impor, serenamente. Que não é ingenuidade manter-se íntegro e enfrentar práticas desonestas denunciando-as, confiando que a população apoiará essa atitude e ajudará a transformar a realidade. Francisco aponta a cura dos males que assolam aqueles que perderam a “serenidade interior”, como sendo “fruto da consciência da doença e da decisão pessoal e comunitária de tratar-se, suportando pacientemente e com perseverança a terapia”. Que seu conselho seja ouvido, particularmente para os que perderam seus ideais.



Um novo jeito de ver e antever o mundo: o paradigma quântico e ecológico

15 de Dezembro de 2014, 12:15, por Débora Nunes - 0sem comentários ainda

A cabeça pensa aonde os pés pisam, diz Frei Betto em sua imensa simplicidade e sabedoria. Mas não só. Para a maioria, a cabeça pensa como o mundo ao redor pensa. O paradigma atual, o modo de pensar majoritário, foi desenvolvido há séculos, quando o filósofo Renée Descartes (1596 a 1650) e depois o físico Isaac Newton (1642-1727) estabeleceram as bases para o pensamento científico atual, chamado de “cartesiano-mecanicista”, ou materialista, pra ser simples. Os séculos passaram, as Universidades, os livros, as escolas e a mídia divulgaram e hoje a maioria dos humanos pensa dando prioridade à racionalidade, respeitando os especialistas, acreditando que o bem estar advém das coisas possuídas e imaginando a verdade e o mundo como algo pré-determinado, ou seja, que o mundo funciona como uma máquina previsível.

Newton e Descartes deram imenso apoio à humanidade para que ela saísse do jugo dos dogmas de igreja e avançasse em conhecimentos objetivos sobre o mundo, mas é preciso ir além. O paradigma cartesiano-mecanicista foi também um sustentáculo para o desenvolvimento do capitalismo e sustenta e é sustentado pelo patriarcado, já que os valores em que ele se baseia nascem neste quadro cultural: dominação, hierarquia, competição, visão de curto prazo, busca de padronização, expansão e quantidade. Só em uma visão de mundo materialista, capitalista e patriarcal é possível criar sementes trangênicas inférteis, produzir guerras pra vender armas, colocar veneno nos alimentos, ou retirar recursos dos mas pobres pra pagar dividendos aos bilionários, corroborando a lógica de que os fins justificam os meios.

Este paradigma precisa ser substituído pois esse modo de pensar – e viver – está levando a humanidade a retrocessos históricos e mesmo ao risco de extinção.  A objetividade que exclui o coração, a especialização que impede a visão de conjunto e a ideia de que muitas verdades não possam coexistir e cocriar um mundo com novas possibilidades são um empecilho à mudança. Precisamos avançar em direção a uma visão de mundo pós capitalista, pós patriarcal e que entende o mundo como matéria e vibração, ao mesmo tempo.

O novo paradigma vem sendo chamado de quântico, holístico, sistêmico, orgânico ou ecológico e propõe um novo jeito de pensar e estar no mundo. Nesse jeito estamos todos interligados, usamos a cooperação para avançar, buscamos a coerência entre o pensar, o sentir, o falar e o fazer.  A física quântica, nascida no século XX irá iluminar a mudança de paradigma do século XXI e nos ajudar a sair do pensamento único para acolher a diversidade; a caminhar para uma lógica integrativa, que sai da separatividade do “ou isto ou aquilo” para o “e” que inclui; a sair da lógica masculina para uma lógica plural que valoriza o feminino;  a sair da inteligência racional para  a inteligência  múltipla, incluindo a intuição, a inteligência do corpo e a do coração.

 

Cada pessoa pode ajudar o mundo a mudar trabalhando sua própria mudança de percepção. O inspirador vídeo “O buraco branco do tempo”, de Peter Russel ajuda a entender como agir. E se quiser entender melhor o paradigma quântico, acesse aqui



Outra economia é possível e se desenvolve aos poucos

1 de Dezembro de 2014, 12:58, por Débora Nunes - 0sem comentários ainda

A crítica ao capitalismo é uma constante em todo lugar. Nos países do sul, que pouco conviveram com progresso social, democracia e capitalismo, ela é parte do dia-a-dia dos movimentos sociais, dos partidos de esquerda, das universidades, de conversas de intelectuais e trabalhadores/as há décadas. Nos países do norte, a experiência do aumento da desigualdade após mais de meio século de Estado de Bem Estar Social, relativa igualdade e democracia sólida, faz a crítica ao capitalismo se ouvir de forma cada vez mais forte. Mas o capitalismo segue sua organização econômica e social aparentemente sem muitos abalos, tendência dessas iniciativas é crescer, pois aliam preocupações sociais e ambientais inadiáveis ao desafio da economia.

A economia solidária na Bahia tem algumas joias, iniciativas bem sucedidas e de longo fôlego que merecem ser conhecidas e apoiadas. A Redemoinho, cooperativa de comércio justo que promove o consumo consciente é uma delas. Criada na Faculdade de Administração da UFBa por membros do Bansol e da Colivre e apoiada por professores e amigos/as diversos, ela disponibiliza uma quantidade razoável de produtos em sua loja virtual Redemoinho, oriundos da agricultura familiar e de cooperativas diversificadas. Os/as consumidores/as da Redemoinho são os principais parceiros de sua aventura. Quem está insatisfeito com o capitalismo tem muitas opções de demonstrar seu desagrado comprando bens produzidos em outros circuitos. Esse pequeno gesto, praticado por milhões, certamente incomodará o sistema e pode ser tão poderoso quanto tantas revoluções sonhadas. E certamente será menos traumático. Vamos praticar revoluções tranquilas?

apesar de uma opinião pública que lhe é cada vez mais desfavorável, ainda mais com os desastres ambientais que provoca e que se fazem cada vez mais evidentes.

As práticas de economia plural, a economia solidária, a eco-economia, a economia da comunhão, etc. vem se desenvolvendo e mostrando que é possível organizar laços econômicos em outras bases. Os principais motores dessas economias não capitalistas, que fazem do lucro uma parte da questão econômica e não seu único fim, são os/as consumidores/as conscientes. A consciência no consumo se torna uma das principais armas contra o capitalismo. Em tempos de desmobilização operária e intenso consumo inconsciente que fazem o capitalismo parecer triunfante, as milhares de iniciativas de economia solidária e plural são a promessa de outro desenvolvimento. Elas evidenciam que uma parte as sociedade deixou de apenas criticar e resolveu organizar a economia de outro modo.  A



“Os novos coletivos cidadãos” na internet e lançamento acadêmico

24 de Novembro de 2014, 13:54, por Débora Nunes - 22 comentários

 

Data: 27/11/2014, às 20h, durante a Semana de Análise Regional e Urbana, SARU. Local: Unifacs Paralela, Auditório da Torre Norte, no Imbuí.

Este livro fala de novos modos de organização cidadã, que estão renovando, no mundo todo, o sentido da palavra “política”. Para descrevê-lo, nada melhor que a fala do seu prefaciador, Ordep Serra:

 “Este livro de Débora Nunes e Ivan Malchef se dirige a outro tipo de gente: a quem não se conforma, a quem sabe indignar-se, a quem quer construir novos arranjos sociais em bases de justiça, apelando ao cabedal de saberes humanos de todas as fontes; a quem deseja abrir-se de forma sincera à comunhão do multiverso; a quem procura uma igualdade rica de belas diferenças; a quem se interessa pelos pósteros e deseja garantir seus direitos a um mundo habitável com alegria; a quem procura o convívio pacífico e criativo; a quem valoriza a solidariedade  e  quer dar-lhe o máximo alcance; a quem sonha com vida digna para todos e quer fazer democracia verdadeira, mas ao mesmo tempo percebe as dificuldades da tarefa. Ela exige não só a participação de muitos colaboradores – das mais diversas origens –, como também novos procedimentos, métodos ainda insólitos ou por criar”.

Quero acrescentar apenas uma frase da conclusão do livro, fruto de uma profunda amizade intelectual e espiritual entre Ivan Malcheff, francês, membro do movimento internacional “Diálogos em humanidade” e eu mesma, na nossa busca de impulsionar os novos coletivos cidadãos: “Um mundo diferente existe dentro de nossas mentes e de nossos corações, nossa missão é manifestá-lo juntos”.  

É com alegria que disponibilizamos o texto gratuitamente aqui. Para acesso do livro em papel, veja o site da Editora Kalango.

 



Juventude e coerência

19 de Novembro de 2014, 22:45, por Débora Nunes - 0sem comentários ainda

Nas manifestações de junho 2013, um fato encantou alguns e irritou outros: a insistência dos jovens em não designar líderes para as discussões com os governos. Quando havia alguma “comissão” para estas entrevistas, os representantes reiteravam que não eram líderes e sim “um manifestante como outros”. Para a geração anterior isto parecia um contrassenso: “se há reivindicações, há de haver líderes para serem porta-vozes do coletivo”, ou “se não há com quem negociar, como iremos avançar”?

Quem olha com esperança este comportamento pode encontrar aí uma semente para a política participativa de amanhã. Muitos jovens identificam com agudeza a incoerência de muitos líderes que “representam” o povo e que, na prática, defendem principalmente seus interesses pessoais, de grupos, de corporações, de partidos. Carregam a frustração de seus pais de verem tantos sonhos de ética na política esvair-se no ralo da vida real da “governabilidade”. Querem outra política na qual todos/as participem e os que são “porta-vozes” o sejam por um momento e voltem ao estatuto de cidadão comum quando a tarefa de servir ao coletivo tiver acabado. Muitos pensam e agem assim. De onde vem tanta coerência?

Esta é a primeira geração na qual uma parte significativa dos jovens tem liberdade de dizer em casa o que pensa, o que quer e o que faz. Defende seu ponto de vista face ao ponto de vista de pais menos autoritários; escolhe a profissão que quer seguir, mesmo que seja arte ou filosofia; diz que vai viajar com o namorado/a e não “com uma prima” e em muitos casos pode assumir em casa sua opção sexual, se ela não é a tradicional. Pessoas que não precisam mentir são menos tolerantes com a mentira alheia. Para estas, coerência não é virtude, é o normal, e se indignam ainda mais que seus pais com a vocação para a enganação de muitos políticos.  Para estas pessoas, comportamento privado e comportamento público não são distantes, como em gerações anteriores.

E há uma coisa mais nesta geração que os faz querer agir em grupo, de forma horizontal: o modelo das redes sociais. Com todas as fragilidades e os excessos desta forma de comunicação que se tornou tão presente na sociedade hoje, nela há muito mais igualdade de oportunidade de influir na vida social e política. Uma voz, ou um texto, quando faz sentido, pode provocar uma rede imensa de pessoas. Hoje é a opinião de um/a que mobiliza o grupo. Amanhã é a de outro/a. A rede é plana e cheia de nós nos quais cada pessoa é uma conexão que conta. Nada de estruturas verticais, piramidais, com um líder sobre os demais. Caminhamos para lideranças compartilhadas e sociedades mais participativas? As opções de muitos jovens hoje e as famosas manifestações de junho parecem indicar.



Experimentando novos cotidianos

10 de Novembro de 2014, 15:34, por Débora Nunes - 0sem comentários ainda

As experiências das ecovilas - pequenas comunidades vivendo de modo sustentável e praticando valores diferentes dos da sociedade convencional – vêm se aprofundando, se espalhando pelo mundo e trazendo exemplos inspiradores para quem quer viver de outra forma. Longe da corrida contra o tempo, do consumo irrefletido e da competição, estas comunidades buscam tranquilidade, sonhos e trabalho partilhado e uma vida mais simples.  Auroville, na India, Findhorn, na Escócia, Damanhur, na Itália, Longo Mai, na França, Cristal Waters, na Austrália, estão entre os exemplos que se destacam no mundo. Há uma rede mundial, a Global Network Ecovillage, que congrega muitas dessas experiências que significam projetos pilotos para uma sociedade diferente. 

A 25 quilômetros de Salvador, a Terramirim é uma comunidade intencional com experiência de mais de 20 anos, que recebe gente do mundo todo e mantém profundo enraizamento local, cuidando dos rios e da Natureza do entorno. Ali se vive um cotidiano de trabalho colaborativo, alimentação vegetariana e engajamento socioambiental. Fundada pela xamã e escritora Alba Maria, Terramirim propõe espaços dedicados aos elementos da Natureza - Terra, Água, Ar e Fogo como veículo de cura e conexão profunda com a Mãe Terra. A Bahia tem várias comunidades em desenvolvimento e todas recebem visitantes. Experimentar o cotidiano de uma dessas iniciativas pode abrir caminhos para revoluções tranquilas que se fazem no íntimo de cada um e constroem mudanças de impacto global.

 



Revoluções tranquilas: Jovens que plantam árvores

4 de Novembro de 2014, 11:50, por Débora Nunes - 0sem comentários ainda

A visão da terra desolada das proximidades de Auroville, no sul da India, que havia sido destruída pela erosão, não desanimou Aviran Rozin e sua mulher Yorit. Eles adotaram os 30 hectares que hoje abrigam o projeto Sadhana Forest e convidaram pessoas de boa vontade a ajudá-los a reflorestar. Em 10 anos, com a ajuda de milhares de jovens e com um processo de retenção de água no solo e plantio de árvores, essa área está se reverdecendo. O abastecimento do lençol freático se dá com pequenas barragens, diques e buracos nos quais se plantam as árvores. Essas crescem alimentadas por folhas e adubo que vem da compostagem dos resíduos da cozinha que alimenta os voluntários. Quase 20 mil árvores de 150 espécies locais verdejam o horizonte, seguindo a lógica da permacultura.

A proposta do Sadhana Forest é que os jovens que se associam ao projeto se tornem pessoas melhores em sua estadia, cultivando hábitos simples, trabalho cooperativo com a Natureza e muita alegria. O slogan do projeto é "Mais florestas para cultivar mais pessoas”. Este convite de Aviran e Yorit é respondido por jovens do mundo todo que recebem alimentação vegana preparada por eles mesmos, além de alojamento em troca de quatro horas de trabalho por dia. Ao longo dos anos os voluntários/as já construíram vários alojamentos sustentáveis, cultivaram hortas e árvores frutíferas, cada um contribuindo com aqueles que virão, num processo de colaboração baseado na sobriedade feliz.

Aviran Rozin esteve em Salvador durante o Brechó Eco Solidário 2014. O projeto Sadhana Forest está implantado também em áreas desoladas no Quênia e no Haiti. Porque não no Brasil? Os interessados conectem-se com Aviram, no site do Sadhana.

 

 



Programe-se para curtir o Brechó: dias 24 e 25/10 no Parque da Cidade

17 de Outubro de 2014, 15:33, por Débora Nunes - 0sem comentários ainda

brecho2014-programacao-a3.pdf



Só é seu aquilo que você dá

12 de Outubro de 2014, 6:33, por Débora Nunes - 0sem comentários ainda

Reinterpretando sabedorias ancestrais, Alexandre Leão, cantor e compositor baiano, criou a música Pop Zen, que diz “Tudo que você tem não é seu, tudo o que você guardar pertence ao tempo, que tudo transformará. Só é seu aquilo que você dá”.

Este convite ao desapego é o hino do evento Brechó Eco Solidário que acontece todo ano no final de outubro no Parque da Cidade, em Salvador. Este ano será nos dias 24 e 25 e vale a pena ir lá pra saber o que isto quer dizer, tanto no mercado de trocas de bens usados, quanto nas oficinas gratuitas de educação ambiental e autoconhecimento, nos shows de artistas que cantam e dançam de graça para o público, ou nos Diálogos sobre questões humanas. È encantador ver a capacidade de doação de centenas de pessoas vestidas de verde, no geral jovens, que trabalham por amor à causa ambiental e social do Brechó. O mundo é isto também: gente generosa que se doa em ações coletivas e não só a violência e corrupção que a mídia mostra.

Cada um pode fazer de memória um inventário das alegrias que sentiu dando algo - coisas, palavras e gestos - a conhecidos e desconhecidos. É sua aquela roupa ou ornamento que sua amiga/o usa e diz “ah, isto foi você que me deu! É seu aquele prazer de ouvir que alguém se olhou de outro jeito quando ouviu aquele seu elogio, ou aquela crítica construtiva que lhe fez crescer. Muito do carinho que se angaria ao longo da vida vêm dos momentos de atenção e cuidado para com as pessoas: um ouvido atento, um toque solidário, um sorriso cúmplice, ou uma lágrima compartilhada parece trazer tanto bem para quem doa quanto para quem recebe. 

Se é tão enriquecedor o gesto de oferecer, apenas histórias pessoais complicadas, circunstâncias vividas que trazem o medo de perder, de ser passado para trás, de algo vir a faltar no futuro, faz com que as pessoas se fechem. A consequência é que essas pessoas tendem a dizer não, mais do que sim, a não se doar com palavras, valorizando pouco os outros e têm comportamentos mesquinhos. Talvez valha a pena tentar convencê-las, como diz a música Pop Zen; o investimento é certo: para prover a você mesmo mais amor, mais sorte, e até mais bens, o caminho é dar mais de si, do que se tem, do que se é. Lute contra a tendência a guardar. Só é seu aquilo que você dá.