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O território de resistência em construção

26 de Setembro de 2011, 21:00 , por mayron regis brito borges - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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 por Mayron Regis, assessor Fórum Carajás

O espaço geográfico antes de qualquer coisa, está lá. O território seria então o espaço geográfico objetivado pela ação economico-social do homem. Sim, o homem veio após a constituição do espaço fisico e do espaço ambiental. Parece uma coisa meio óbvia e no entanto a discussão sobre território muitas vezes suprime o que antecede. O que veio antes liga a coletividade a um começo hipotético. Hipotético porque como comprovar que o espaço geográfico e o espaço ambiental vieram antes se nem um e nem outro discursam sobre si.

O discurso é uma primazia da humanidade e como tal possibilita que ela molde o espaço ao seu bel prazer. Quem detem a primazia do discurso na sociedade humana são os detentores do meio de comunicação de massa como qualquer indivíduo sabe de cor e salteado. Quer dizer, nem todos sabem porque a linguagem não se resume a uma cor, a uma etnia e a um discurso. Alguns querem que seja assim. Alguns esperam que o mundo seja sempre assim.

A sociedade capitalista moderna sacou que esse mundo que arrodeia a todos transforma-se pela intervenção humana na natureza sem que exatamente essa intervenção reproduza a natureza. A grande utopia humana não é que as mazelas sociais sejam dizimadas e sim que a natureza se renda aos propósitos desumanos de quem rege a economia e a politica mundiais.

Na manhã do dia 27 de setembro de 2011, na cidade de Salvador, as experiências territoriais de resistência aos monocultivos, a mineração e as grandes obras de infra-estrutura no biomas brasileiros se despojaram em três grandes exemplos: chapada do apodi, norte de minas e serra catarinense. O despojamento das experiẽncias em curso reelabora a caminhada que as comunidades tradicionais travaram por séculos na sua convivẽncia com o espaço geográfico e espaço ambiental antes dele virar território devassado pela economia e pelo social.

O capital promove uma grande investida sobre as comunidades tradicionais e seus espaços geográficos e ambientais e nessa investida o capital logra ẽxito como nunca porque como está escrito acima esses espaços pouco dialogam por si e entre si. Poderia se escrever que dialogar é preciso, contudo sem um recomeço e sem uma reentrada de diálogos devolvidos e desperdiçados pelo economês e pelo socialês nesses espaços tudo ficará como antes no quartel de abrantes. Alguns querem que o mundo continue assim: em um intenso diálogo de técnicos e sobre técnicos que minutos mais tarde ninguém se recordará e que no dia seguinte alguém tocará no assunto para logo depois se esquecer novamente.


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