Acessibilidade universal
6 de Agosto de 2015, 8:52 - sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.Acessibilidade universal aos bens indispensáveis à vida e ao pleno desenvolvimento dos seres sencientes. Entre os humanos, significa a substituição da propriedade e, portanto, da acumulação, pelo compartilhamento.
Ninguém precisa possuir um automóvel, mas todos precisamos ter acesso a meios de transportes eficientes e suficientemente confortáveis. Como diz a canção de Rita Lee: "Não quero luxo, nem lixo..." Porém não precisamos apenas de veículos de transporte em massa; em determinadas (raras) situações precisamos ter acesso a veículos pequenos que nos permitam transportar pessoas e objetos, livremente — uma mudança, por exemplo. Estacionamentos públicos, com veículos gratuitamente disponíveis a todos, poderiam atender a eventuais demandas individuais especiais, emprestando veículos para transporte privado, semelhantemente aos sistemas de bicicletas compartilhadas que já existem em várias cidades do Brasil e do exterior.
Algo similar pode ser desenvolvido para atender cada uma das necessidades humanas, das mais básicas às complementares, sem tentar uniformizar as pessoas, limitando-as a migalhas padronizadas, pois atualmente existem tecnologias que permitem a personalização (customização) de quase tudo e também há técnicas de produção modular que, aplicadas a tudo, garantiriam a liberdade de adaptar e recriar cada produto industrial; isso daria, inclusive, liberdade estética a todos.
Não existindo propriedades, inexistiria a obsolescência programada, essa prática antiética e ambientalmente insustentável. Tudo seria produzido com a máxima eficiência e durabilidade ou com materiais biodegradáveis.
A acessibilidade universal seria um dos principais aspectos de uma nova civilização, sustentável no sentido amplo, isto é, o da sustentabilidade socioambiental. Essa civilização ecológica, essa ecocivilização, seria a resultante do progresso além da chamada economia colaborativa ou economia do compartilhamento.
Recomendo conhecer:
Jeremy Rifkin, "Sociedade Com Custo Marginal Zero" e "A Era Do Acesso"
Thomas Piketty, "O Capital No Século XXI"
Fritjof Capra, "O Ponto De Mutação"
Edgar Morin (vários livros)
Jacque Fresco (Projeto Vênus).
Leia: http://cirandas.net/ecocivilizacao
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