Gehe zum Inhalt

Warenkorb

Warenkorb leeren
Einkauf beenden
Gesamt:
Warenkorb anzeigen Warenkorb verstecken
Zurück zu Notícias
Vollbild Einen Artikel vorschlagen

Não, ele não me ajuda

August 6, 2015 13:07 , von Economia Solidária e Feminista - FBES - 0no comments yet | Es folgt noch niemand diesem Artikel.
16 Mal angesehen:

Não, ele não me ajuda

May 21, 2015

Anieto2k/imcreator.com

O seu marido te ajuda? E tem pergunta mais irritante e torta do que essa? Ora, por favor… Antes de mais nada: o verbo empregado aí, em 2015, me soa inadimissível, ao menos ideologicamente falando… Sei que há mais coisas entre o céu e a terra do que sonho eu, e sei que existem milhões de realidades – e felicidades – por aí, mas, na concepção de família que vemos hoje em dia, esse verbo não cabe. Não, ele não me ajuda. Ele faz. Vamos começar do começo: ele pega no berço, troca a fralda, dá mamadeira, dá frutinha, escova o dente, troca de roupa, faz gracinha, dá um brinquedo, e aí o outro acorda, ele leva pra fazer xixi, escovar dente, tomar café, e aí o neném quer colo, e ele pega, e acaba o café e vai brincar de Transformers, e vai desenhar o Batman, e o neném fez cocô, e ele vai trocar a fralda… igual qualquer pai por aí… não? E ele tem que trabalhar? Sim, e a mamãe também… E lá vamos nós revezando, na proporção que é possível, dia após dia…

Na semana passada ele mesmo me contou, também surpreso, a forma com que foi abordado por um conhecido no caminho entre a casa e a natação do menino: “Sobrou pra você?”, quis saber o colega. Duas coisas ficam evidentes aí: a primeira é a ideia do cara, ainda que inconsciente, de que levar o filho pra nadar (ou pra qualquer outra atividade) seja sobra, no pior sentido de sobra. E a outra é o fato de ele entender que, necessariamente, isso é tarefa de outra pessoa. A outra pessoa não pode cumprir sua obrigação, e aí sobrou pro pai, coitado…

O que me incomoda não são, obviamente, os múltiplos arranjos que cada família precisa fazer em função de suas obrigações de trabalho, dentre outras coisas. É claro que quem trabalha mais troca menos fralda, disso não tem dúvida… O que eu acho grave é o entendimento muitas vezes geral de que o pai, quando se trata do cuidado com os próprios filhos, presta favores à mãe, seja ela sua esposa ou não, e ajuda quando pode. A coisa é tão forte que atinge até mesmo quem, supostamente, tem a cabeça atenta a essas coisas e busca uma rotina diferente… Ou alguém acredita que eu – e tantas mulheres como eu – nunca fui traída pelo meu inconsciente e acabei repetindo frases como “até que eu não posso reclamar…”?

Levantar a bandeirinha da igualdade de obrigações e responsabilidades não vai mudar o mundo, eu sei, mas ajuda a plantar sementes. Tomar cuidado com o machismo velado é importante tanto para sofrer menos as consequências dele quanto para aumentar a chance de criarmos gerações mais justas. Ou existe escola melhor do que ver o pai dar papinha pro neném?

facebook.com/equilibrosa


Quelle: https://ecosolfeministafbes.wordpress.com/2015/08/06/nao-ele-nao-me-ajuda/

0no comments yet

    Einen Kommentar schreiben

    Die Felder sind zwingend erforderlich.

    Wenn Sie ein registrierter Nutzer sind, dann können Sie sich anmelden und automatisch unter Ihrem Namen arbeiten.

    Abbrechen

    GT DE MULHERES DO FBES

    Brazil

    Posts do blog