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DF: Momento jovem da 8ª Conferência faz protesto constra o descaso do governo distrital
26 de Maio de 2012, 21:00 - sem comentários aindaO ponto alto da manhã do segundo dia da 8ª Conferência dos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal foi o Momento Jovem. Após o primeiro momento de grupos temáticos os conferencistas voltaram à plenária para assistir ao segundo momento. Como protesto ao descaso do poder público para com as crianças e adolescentes, principalmente os residentes nas áreas periféricas do Distrito Federal, os jovens da Conferência propiciaram um momento de afirmação de seu protagonismo e participação cidadã.
O primeiro ato foi um vídeo produzido pelas próprias crianças e adolescentes. Usando o áudio musical da propaganda oficial do Governo do Distrito Federal, que mostra as melhorias feitas em Brasília sempre acompanhada pela música que diz: “tá mudando, tá mudando, tá mudando pra melhor” (sic). Ouça o áudio aqui
Eles trouxeram imagens reais das regiões administrativas do DF. Quadras de esporte deterioradas, lixo e esgoto a céu aberto, hospitais lotados, transporte coletivo ineficiente, dentre outros, sempre com o jingle publicitário do GDF: “tá mudando pra melhor”. Também, no mesmo vídeo, trouxeram depoimentos de crianças e adolescentes de Brasília falando sobre o que acham que está bom e precário na cidade.
O segundo ato foi a apresentação de uma peça teatral. Um adolescente, vestido socialmente, representava o governador do DF e falava que o povo reclamava em vão, pois em Brasília não é problemas. Em diversos pontos da plenária outro adolescente ou criança se levantava falando sobre a situação de algum tema relacionado à direitos. Após fazer o protesto era rebatido pelo personagem-governador, que o acuava e o chamava de mentiroso. E assim seguiu a peça, sempre acusando o GDF pelo descaso e ouvindo ameaças e desdém do personagem-governador. Ao final, todos os jovens unidos no final do auditório avançaram sobre o “governador”, com palavras de ordem e protesto. Todos gritavam ao mesmo tempo: “Nós somos o futuro, nós somos o agora”. Ovacionados pelos outros conferencistas seguiram cantando e gritando, num protesto artístico e vibrante.
O terceiro ato contou com a participação dos jovens do grupo de educomunicação que está fazendo a cobertura midiática da Conferência.
DF: Jovem mostrando jovem: a proposta educomunicativa da 8ª Conferência
26 de Maio de 2012, 21:00 - sem comentários ainda
A proposta é mostrar o protagonismo das crianças e adolescentes durante a 8ª Conferência dos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal. São 10 adolescentes coordenados pelo Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos) e Andi (Agência de Notícias dos Direitos da Infância). A metodologia: educomunicação. O que é isso? Uma metodologia pedagógica que utiliza de recursos das novas tecnologias para o aprendizado de crianças e adolescentes, de modo mais amplo, a mistura de comunicação e educação.
Eles são das diversas regiões administrativas do Distrito Federal. Tem de 10 a 18 anos e são engajados em temas ligados a sua faixa etária. São lideranças em grupos de jovens, em grêmios estudantis, em fóruns. Pouco antes de se iniciar a 8ª Conferência eles participaram de uma oficina na qual aprenderam conceitos de comunicação, o que é, qual pauta, qual o olhar, para serem aplicados durante o evento. “A ideia é que eles apresentem o protagonismo das crianças e adolescentes durante a Conferência. Na oficina eles puderam conhecer as diversas linguagens e aqui estão trabalhando com textos e vídeo”, explicou a estagiária de jornalismo da Andi, Sílvia Guerreiro.
No blogue do grupo é possível acompanhar a cobertura da Conferência. No primeiro dia entrevistaram vários adolescentes e crianças para falarem sobre suas expectativas. Também entrevistaram o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. “No primeiro dia estavam bastante tímidos, quando partiram para a prática eles se motivaram. É impressionante ver a participação deles. Para mim é muito concreto: envolver comunicação e educação dá muito certo”, disse Silvia. “O que pretendemos é que eles percebam e divulguem outros olhares da Conferência. Que ultrapassem o oficial. Esse é um pouco mais complicado, mas eles já conseguiram, neste segundo dia, superar esse padrão”, explicou Márcia Acioli, assessora política do Inesc.
Visitando o blogue e vendo os materiais já produzidos é possível perceber a desenvoltura que eles adquiriam com a prática de poucos dias. Do primeiro vídeo postado ao último vê-se a timidez diminuída e segurança no uso das linguagens. “No começo ficava bastante nervoso, não sabia o que perguntar. Mas isso já passou. Comunicação é um direito e quando fazemos isso e gostamos disso é muito bacana”, contou Webert da Cruz, estudante de 18 anos que participa do grupo de educomunicação. Perguntei a ele sobre como percebe a atuação dos adolescentes e crianças na conferência a partir do olhar de quem faz a cobertura: “Os adolescentes ainda tem que aprender muito, mas já estamos aqui e isso é positivo. A proposta não é apenas trazer sua realidade individual e sim pensar a realidade de todos em conjunto. Pensar o agora é muito importante. Temos que mudar o agora e não apenas o futuro”, finalizou.
Ao fim da Conferência os adolescentes participantes da proposta produzirão um fanzine, que é uma publicação mais despretensiosa e propicia uma linguagem informal, com um estilo gráfico geralmente arrojado.
Para acessar o blogue do grupo clique aqui.
DF: Direitos da Criança e Adolescentes são discutidos em conferência distrital
25 de Maio de 2012, 21:00 - sem comentários ainda
Iniciou-se no dia 25 e se encerra no dia 27 a 8ª Conferência dos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal. Criação de políticas públicas e o fomento do protagonismo de crianças e adolescentes foram destaques na mesa de abertura. “Não somos apenas o futuro, somos o agora”. Era uma das frases coladas em cartazes nas paredes da Escola que sedia o evento, demonstrando a participação ativa dos adolescentes e crianças que participaram da Conferência.
A mesa de abertura contou com a participação do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. Também participaram representando os adolescentes, Thallita de Oliveira; representando as crianças, Lara Conrado; o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Lélio Bentes Corrêa; o secretário de Educação do DF, Denilson Bento da Costa; a secretária nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Salete Valesan Camba; a deputada federal Érica Kokay; o vice-presidente do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente do DF (CDCA), Clemilson Graciano da Silva; e a promotora de Justiça da Infância e da Juventude, do Ministério Público do DF, Luisa de Marillac Pantoja.
O vice-presidente do CDCA, Clemilson Graciano da Silva, também coordenador do Centro Marista Circuito Jovem da Ceilândia, fez a abertura das falas cumprimentando todas as crianças e adolescentes, pedindo, também, uma salva de palmas especial à comissão deles que ajudou na organização da Conferência. “Essa conferência só foi possível porque essas crianças e adolescentes se envolveram. Nosso desafio, enquanto Conselho, é diverso. Garantir a participação e o protagonismo deles é um desses desafios. Para nós é uma honra poder estar aqui. Hoje vocês são protagonistas da história, vocês fazem a história”, afirmou Clemilson.
Lara Conrado
Em seguida, Lara Conrado, de oito anos, falou em nome das crianças presentes. “Quero falar para vocês sobre a importância do ECA [Estatuto da Criança e do Adolescente], para que nossos direitos sejam respeitados, principalmente pelo senhor, governador Agnelo”. Após ser aplaudida pela plenária, Lara se dirigiu ao governador e entregou uma cópia do ECA. Após ela, Thallita de Oliveira, 18, delegada dos adolescentes, também falou, sempre ovacionada pela plateia.
Em seguida, o ministro do Trabalho, Nélio Mendes Corrêa, saudou os participantes. “É uma honra e uma alegria estar aqui, menos pela possibilidade de falar e mais pela oportunidade de ouvir e aprender com o que tem a dizer o movimento de crianças e adolescentes. Temos que ouvir e levar em consideração sim o que os movimentos têm a dizer. Temos que levar a sério o que tem a dizer aqueles que verdadeiramente, dia a dia, estão trabalhando nesse meio”, afirmou.
A presidente do CDCA, Rejane Pitanga, lembrou que a Conferência é um espaço de construção de políticas públicas e que o governo não pensa isso sozinho, todos participam. Relatou, ainda, que a ausência de políticas públicas nos últimos anos criou a necessidade de reconstruir a realidade desses protagonistas. “Ações como esta que vemos hoje nos darão a oportunidade de inaugurar um novo tempo. Nossa meta é resgatar a cidadania destes personagens enfrentando todos os percalços do cotidiano”.
Thallita de Oliveira (18), delegada dos jovens.
Fechando a mesa de abertura o governador distrital falou às crianças, adolescentes e todos os participantes. “Vocês estão representando as crianças e adolescentes, levem isso em consideração. Nessa escola fui entrevistado por um jovem que me perguntou o que eu espero da Conferência. É uma oportunidade de debatermos as prioridades do governo do Distrito Federal”.
No final do ano passado, os encontros regionais prepararam a Conferência Distrital, com a discussão dos eixos temáticos e apresentação das propostas a serem consolidadas nesta 8ª edição do evento. A realização das conferências é de responsabilidade do CDCA/DF, com apoio do Governo do Distrito Federal por meio das secretarias da Criança e da Educação. Ao fim dessa Conferência serão eleitos os delegados que representarão o Distrito federal na 9ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e adolescente, a acontecer ainda neste ano.
A cada três anos, nas Unidades da Federação, ocorre a Conferência dos Direitos da Criança e do Adolescente. Em sua 8ª edição, o tema este ano é: “Mobilizando, Implementando e Monitorando a Política e o Plano Decenal de Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios”. O Brasil como país signatário da Convenção Internacional dos Direitos da Criança firmou sua posição clara em todo este processo e, ao declarar Crianças e Adolescentes “prioridade absoluta” focou sua atenção na necessidade de implementar este novo projeto de humanidade: as Conferências dos Direitos da Criança e do Adolescente. A Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), no processo de consolidação da cidadania, inserem o modelo democrático participativo e federativo em todo o ciclo das políticas públicas
As fotos dessa matéria são da equipe de jovens e crianças que estão fazendo a cobertura da Conferência. Para acompanhar o blogue clique aqui.
IMS contrata assessoria para PNAE e PAA
23 de Maio de 2012, 21:00 - sem comentários aindaA União Brasileira de Educação e Ensino (UBEE), por meio do Instituto Marista de Solidariedade (IMS), comunica que está aberto o Edital nº 001/2012, para contratação de consultoria pessoa jurídica (na modalidade produto) por meio do Projeto Nacional de Comercialização Solidária, conforme Convênio nº 702019/2008.
Para mais informações acesse o edital completo aqui. Edital 01_2012-Assessoria PAA-PNAE
