Degustação oferecida pela iniciativa Broto d’água-Vida em Movimento
February 21, 2013 1:08 - Pas de commentaireAqui na cidade de Piracicaba, no interior do Estado de São Paulo, três jovens decidiram se organizar com o objetivo de discutirem formas alternativas de produção, distribuição e consumo, pautadas na economia criativa e solidária. Através de seus esforços organizados de maneira coletiva puderam se fortalecer e se sustentar, o que permitiu que enfrentassem as dificuldades do trajeto empreendedor.
A postura cooperativista permite que haja coesão das forças de maneira sinergética; isso quer dizer que as energias dos participantes deste processo são orientada por um Sul em comum decidido de maneira participativa. Isso permite que o processo ocorra de maneira mais eficiente, já que a energia alocada no sistema é baixa. As responsabilidades são divididas , desta forma, a energia total que nós precisamos para realizar as atividades demandadas também é dividida. Logo, a quantidade de energia alocada por cada trabalhador da iniciativa cooperativista é menor que da inciativa não-cooperativista, minimizando o desgaste.
O cooperativismo demonstrado por Felipe Teixeira Chinen, Cesar Piccirelli e Saulo Milani Gaspari suscita na aquisição da tecnologia e na condução dos processos de planejamento, produção, distribuição e gestão de resíduos envolvidos na iniciativa Broto d’água – Vida em Movimento.
Pautados em aspectos da Economia Solidária, com destaque para:
- o bem-estar e satisfação dos envolvidos: trata-se de uma economia que tem como elemento central as relações humanas;
- tecnologias de baixo impacto na produção: permite que as externalidades negativas sejam minimizadas durante as cadeias de produção, consumo e gestão de resíduos;
- produção de alimentos entendidos como saudáveis: o Broto d’água – Vida em movimento se vale de idéias relacionadas a alimentação viva, produção orgânica e de baixo impacto ambiental;
- priorização dos circuitos curtos de comércio: realizar as trocas sustentadas pelo comércio justo sempre de maneira a priorizar as menores distância possíveis entre os atores envolvidos, isso quer dizer, que as pessoas participantes estão mais próximas, o que permite que o dispêndio de energia alocado neste sistema de trocas, principalmente nas etapas logísticas, como a de estocagem à transporte e perda de produtos seja menor.
Mas algo que não pode faltar nesta lista e que já foi citado no início do texto é a Economia Criativa.
Digo sobre a economia criativa pois, é na palavra “criativa” que reside um dos fatores que permitiu que nossa espécie se
perpetua-se no tempo e espaço.
Nossa destacada capacidade adaptativa (nem sempre com reflexos positivos) bebe da fonte da criatividade para se fortalecer. Logo, nós bebemos desta fonte: – Homo sapiens, palavra do latim que tem como significado “homem sábio”.
A sapiência das civilizações humanas que permitiu que colonizássemos diversas e diferentes partes de nosso globo somente foi possível porque, para além de Homo sapiens, somos também Homo creativum. Foi esta criatividade que permitiu que nossos antepassados pudessem lidar com as adversidades surgidas pelo caminho de nosso desenvolvimento.
Neste sentido, a Economia Solidária pautada pelas iniciativas criativas é um sistema alternativo e adaptativo, que permite que possamos transformar a nossa realidade em sociedades que sejam mais justas.
De acordo com Saulo Milani Gaspari, um dos participantes da iniciativa, o sistema de produção é baseado em práticas de cultivo simples mas que demandam cuidados. As estruturas usadas no processo são voltadas para a feitura do cultivo com baixos impactos.
Assim que quebrada a dormência da semente, o pequeno broto surge, e junto dele a energia que sustentava o embrião passa a sustentar a planta que cresce ,e que será consumida. Isso permite que o produto possua elevado valor energético e nutricional agregados.
Outra característica deste sistema de produção, é que ele gera uma pequena quantidade de resíduos da indústria
agroquímica, já que há o uso de detergente, álcool e cândida para a esterilização das bandejas utilizadas na produção dos brotos. Ainda como dito por Saulo Milani, este resíduo é corretamente destinando, bem como grande parte das substâncias residuais são provenientes da hidratação das sementes e brotos, estas podem e são utilizadas para irrigar outras plantas.
No dia em que o Broto d’água ofereceu a degustação de seus produtos, algo bastante importante aconteceu. Em primeiro lugar ocorreu a ocupação e o uso do espaço do Instituto Terra Mater, por meio da Rede Guandú, possibilitando que o seu objetivo específico de consolidar um espaço de comercialização entre consumidores e produtores fosse realizado; também o de resgatar e estimular os valores culturais, educativos e sociais que existem além das trocas mercantis.
As fotos que estão aqui retratam uma ação transformadora de nossa realidade ! Conheça mais sobre esta economia que acontece e participe você também desta iniciativa.
Entre em contato com os produtores pelo e-mail:
Este é um link que pode lhe oferecer mais informações sobre o Broto d’água – Vida em Movimento:
http://terramater.org.br/guandu/?page_id=512
Finalização da pintura do logo
February 7, 2013 15:53 - Pas de commentaireEm clima de despedida do ano de 2012 e contando com a ajuda da “arteira” Carol Hepe, a equipe da Rede Guandu ao lado dos consumidores finalizaram o logo da Rede, este que pode ser visto na parede da cozinha da sede. Confira as fotos desta atividade.