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Eu, militante de ecosol/RJ há mais de 10 anos e sempre lutando pela vitória de todos. Depois de anos de luta, conseguimos a legalização do conselho estadual de ecosol , criação das frente parlamentar estadual e municipal do Rio de Janeiro , criação do circuito carioca de feiras e das feiras orgânicas . É uma pequena barreira que conseguimos atravessar.

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Maria Isabel dos Santos Cardoso / MULHER GUERREIRA

17 de Julho de 2017, 14:45 , por Sérgio Trindade - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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Maria Isabel dos Santos Cardoso, baiana de Salvador 68 anos moradora de Bangu há cerca de 50 anos, é a vitalidade em pessoa. Fez faculdade de Serviço Social e pós-graduação em Recursos Humanos. Além de tudo isso, é artesã e cria produtos como brincos, colares, pulseiras e tiaras, além de acessórios de decoração e utilidades para o lar, como as cestas produzidas através do trabalho com piaçava. Coordena há 25 anos a Associação de Mulheres da Comunidade Kolping de Vila Aliança, instituição que oferece cursos profissionalizantes como cabeleireiro, informática e carpintaria. Ao perceber que após os cursos de formação as mulheres e pessoas que passavam pela instituição não avançavam com as técnicas aprendidas, resolveu criar uma ação que promovesse geração de renda. Inicialmente o grupo tinha 12 mulheres e hoje contam com cinco membros atuantes. Era final dos anos 90, mais precisamente entre 1996/1997, e para fortalecer a proposta da geração de renda para aquelas artesãs, a parceria com a Ong PACS (Políticas Alternativas para O Cone Sul), começou a expor em várias feiras e espaços onde era possível comercializar seus produtos, com o que para elas era uma grande novidade, a moeda social. Um dos locais onde ocorreu a possibilidade de expor foi em uma feira realizada no Museu da República no Catete. Era interessante porque tiveram uma experiência interessante com a Feira de Trocas Solidárias. Isabel conta que supria muitas necessidades das mulheres, pois trocavam por muitos produtos que estavam precisando e não podiam comprar. Outra parceria conquistada foi com a Abong (Associação Brasileira de Ongs), que viabilizou a troca de experiências com grupos de vários estados. Na contínua busca por parcerias, conheceu a Asplande através de Paulo Borges, colaborador e educador da instituição, parceria que Isabel faz questão de celebrar, indo já para mais de 20 anos. Conta que a Asplande foi fundamental na criação e consolidação da Rede da Zona Oeste. Antes diz ela, reuniam-se em casas ou em espaços cedidos por parceiros e até embaixo de árvores em praças públicas. A empreendedora fala com muita sabedoria que não dá para se trabalhar isolado e parceria como a Asplande, promove a formação e a autonomia das mulheres, colaborando muito para o crescimento da comunidade. Criada em 2000, a Rede de Sócio-Economia Solidária da Zona Oeste Campo Grande e Rio de Janeiro, consolida-se em 2007 para dar mais força ao trabalho de centenas de artesãs. A dificuldade da comercialização do artesanato e sua pouca valorização no Brasil são, segundo Isabel, um desperdício de talentos que aparece e some por falta de oportunidades de vendas. Pensa que se as mulheres trabalhassem em casa, produzindo artesanato, diminuiriam o risco de perder as crianças para o tráfico. Apesar dos desafios, e das dificuldades de se conseguir financiadores para manter os professores e instrutores da Associação que preside, Isabel não desiste do sonho de ampliar as atividades da instituição, pois há uma grande demanda na comunidade. Salienta que a participação na Asplande é importante, para a formação, embora a distância seja um grande dificultador da participação de muitas artesãs, para ela a prioridade é o crescimento dos empreendimentos e das empreendedoras. Se anima com a criação de postos de comercialização que só aconteceram por conta da articulação e parceria da Asplande com o Metrô Rio. O primeiro ponto foi na Uruguaiana, e começou com cerca de 12 artesãs. O segundo ponto de venda é na Estação Cidade Nova e agrega 36 artesãs expondo e vendendo. Finaliza dizendo que a parceria com a Asplande tem essa longa história por possuir segundo Isabel, uma filosofia, uma sintonia com sua instituição e com o que ela própria acredita e vive, que é a formação e o estímulo que as mulheres recebem para que coloquem em prática e cresçam.


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