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12 de Janeiro de 2009, 22:00 , por Desconhecido - | 1 pessoa seguindo este artigo.
Notícias publicadas no portal oficial da UFRB e clonadas nessa comunidade.

UFRB realiza segunda edição do Simpósio de Inclusão da Pessoa com Deficiência

3 de Dezembro de 2019, 13:54, por UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - 0sem comentários ainda

Simpósio promove momento de encontro, reflexão e formação para e com pessoas com deficiência.

A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) realizou nesta segunda-feira, dia 02, no auditório da Biblioteca do campus Cruz das Almas, o II Simpósio de Inclusão da Pessoa com Deficiência, com o tema “De estudante a profissional, um direito adquirido”. O evento fez parte das comemorações na UFRB pelo Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, celebrado no dia 03 de dezembro em todo o mundo.

A partir das contribuições da primeira edição realizada em 2018, o objetivo foi ampliar as discussões sobre as políticas de inclusão, em especial na UFRB, com o enfoque na avaliação e divulgação das ações empreendidas pela instituição. Para tanto, o simpósio reuniu estudantes, pesquisadores e especialistas interessados no tema para mais um momento de encontro, reflexão e formação para e com as pessoas com deficiência.

A mesa de abertura foi composta pelo vice-reitor José Mascarenhas; pela pró-reitora de Graduação, Karina Cordeiro; pelo coordenador do evento e chefe do Núcleo de Políticas de Inclusão (NUPI), Anderson Siqueira; pela líder do Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Tecnologia Assistiva e Acessibilidade (NETAA), Renata Mota; e pelas representantes do Conselho dos Direitos das Pessoas com Deficiência (CONDIP) da UFRB, Nelma Galvão (docente) e Visakha Gomes (estudante).

O professor Anderson Siqueira, do NUPI, destacou que a universidade vive um momento importante com a chegada de novos estudantes e servidores com deficiência. No entanto, frisou que os desafios ainda permanecem. “Cabe à sociedade como um todo aprender a ser acessível em todos os seus espaços e a universidade é mais um deles, que deve ser de todos e todas”, disse. Ao final, agradeceu o protagonismo das pessoas com deficiência que compareceram ao evento e lembrou o lema “Nada sobre nós sem nós!”.

O vice-reitor José Mascarenhas falou de sua satisfação em participar da abertura do II SIPED. Para ele, o tema do simpósio é maior do que a própria Universidade e o diálogo com o NUPI traz um olhar diferenciado para os espaços que ela ocupa, hoje presente em três territórios de identidade do Estado e com 18 polos EaD. “Precisamos nos aproximar mais dessa discussão para nos apresentar do tamanho e no dinamismo que essa temática necessita”, afirmou Mascarenhas.

Em nome do CONDIP, a professora Nelma Galvão também ressaltou a importância da temática do simpósio e falou da sua expectativa em que as reflexões possam colaborar para novas ações em prol da comunidade de técnicos, docentes e estudantes com deficiência da UFRB. Nelma mediou a primeira mesa redonda do SIPED que trouxe como tema “Lei Brasileira de Inclusão (LBI): direitos assegurados, lutas contínuas”.

Os convidados debateram os avanços e desafios para as pessoas com deficiência a partir da LBI (13.146/2015). O advogado Fabricio Barros, vice-presidente da OAB - Subseção Cruz das Almas, fez uma exposição da lei, abordando seus principais aspectos. Em seguida, a promotora de Justiça, Cintia Guanaes, do Grupo de Atuação Especial na Defesa da Educação do Ministério Público do Estado da Bahia, falou sobre as possibilidades ainda latentes para a educação inclusiva.

A programação seguiu com relatos de experiências dos estudantes com deficiência da UFRB. A mesa redonda foi mediada pela servidora técnica Catia dos Santos, fisioterapeuta e pessoa com deficiência. E, encerrando os debates, a última mesa do evento abordou a inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho, com a participação de profissionais de diversas áreas.

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Confira as fotos:

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Feminicídio: o assassinato de Elitânia de Souza e o extermínio das mulheres negras

2 de Dezembro de 2019, 23:54, por UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - 0sem comentários ainda

O assassinato de Elitânia de Souza, mulher negra, líder quilombola e estudante de Serviço Social da UFRB, ocorrido no último dia 27/11, não é um caso isolado, mas faz parte do genocídio continuado da população negra brasileira. Segundo o Atlas da Violência (2019), 75% das pessoas assassinadas no Brasil são negras. 

As mulheres negras correspondem a cerca de dois terços (66%) do total de vítimas de homicídios femininos no país. Na maioria dos casos, o crime é cometido pelo parceiro, com arma de fogo e em suas casas. A proximidade dos criminosos e o contexto domiciliar indicam que estas mortes têm relação com violência de gênero e podem ser tipificadas como feminicídio, ou seja, as vítimas morreram por serem mulheres.

Este número vem crescendo significativamente na última década, especialmente nas regiões Nordeste e Norte. O aumento foi de 60%, enquanto houve crescimento de 1,7% dos assassinatos de mulheres não negras.  Diversos fatores contribuem para esse quadro alarmante de violência letal contra mulheres negras mesmo após a implantação da lei Maria da Penha.

A questão principal é a interseccionalidade entre a violência de gênero e a racial. Mulheres negras formam o grupo social com pior remuneração e são responsáveis integralmente pela criação de seus filhos (por abandono, assassinato ou encarceramento sistemático dos homens negros), o que contribui para o processo de “feminilização da pobreza”. Vivem em territórios de exclusão social sujeitas a todo tipo de violência e enfrentam dificuldade de registro de queixa em delegacia especializada, quer seja pela distância ou impossibilidade de se proteger e aos seus filhos após a denúncia. Além disso, sofrem com racismo e misoginia ao tentar buscar proteção, o que é mais um obstáculo ao acesso à justiça.

O assassinato de Elitânia fala sobre o terror que acompanha todas as mulheres, todos os dias nas ruas e, principalmente, nas nossas casas. Fala sobre uma sociedade que se alimenta da morte das mulheres em vida, que destrói a saúde mental de gerações, que autoriza o aniquilamento de mulheres negras e seus filhos. A mesma sociedade que forma masculinidades nos moldes da violência patriarcal do colonialismo e isso precisa ser desnaturalizado.

Cruz das Almas, 02 de dezembro de 2019.

Reitoria da UFRB



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