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Onde estamos? Para onde caminhamos?

7 de Fevereiro de 2014, 13:53 , por Caio - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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Onde estamos?

Quanto a Internet se popularizou, ainda na década de 90, os criadores e usuários ainda a utilizavam como o paradigma massivo, como o televisão e rádio onde palavras como consumidor, receptor e espectador definiam um dos lados da comunicação, ao passo que os grandes portais, redes de noticias transmitiam as informações de forma estática e sem qualquer tipo de interação, caracterizando o outro lado da comunicação. Esta é a definição da comunicação massiva, uma relação de um (polo emissor) para muitos (polos receptores). Naquela época, para se comunicar os usuários da Internet, receptores da comunicação massiva, tinham que recorrer a um e-mail ou ainda utilizar o telefone, não havia possibilidade de contestar, discutir ou interagir em tempo real.

Com a mudança de paradigma, da comunicação massiva para a pós-massiva surgem novas necessidades. Uma serie de iteração levou os usuários a questionar esse paradigma centralizado de emissão e num rápido processo de desenvolvimento surge a segunda geração da WEB, focada em serviços online para “potencializar as formas de publicação, compartilhamento e organização de informações, além de ampliar os espaços para a interação entre os participantes do processo”. (PRIMO, 2007)

Segundo Tim O’Reilly, criador do termo:

Web 2.0 é o entendimento de que a rede (internet) é a plataforma. Sobre esta plataforma de rede as regras para negócios costumam ser diferentes e sua principal regra é: Usuários agregam valor! Entendendo como construir seus bancos de dados, eles ficam melhores quanto mais às pessoas o usam, é na verdade o segredo das origens de toda empresa 2.0“.

Apesar da visão comercial, é importante destacar a valorização da participação dos usuários, apostando no uso, na interação para melhorar os serviços. Emerge um modelo informacional, e de negócios diga-se de passagem, onde a conexão de micro-redes interconectadas, cooperando intensivamente garante a melhoria dos serviços e ações.

Cada vez mais o trabalho a distância se populariza. Eu mesmo faço parte de uma cooperativa de trabalho, EITA – Educação, Informação e Tecnologias para Autogestão (1), cujo as/os participantes estão localizados em estados diferentes (BA, RJ, RS, PE, MG, SP e PR), mas graças a ferramentas como pad (2), serviços de videoconferência, ferramentas de compartilhamento de arquivos e de gestão de projetos, podemos ter um ambiente de trabalho colaborativo sem residirmos nos mesmo local.

A Web 2.0 refere-se então a um conjunto de novas estratégias mercadológicas e a processos de comunicação mediados pelo computador, com repercussões sociais importantes, que potencializam processos de trabalho coletivo, de troca afetiva, de produção e circulação de informações de construção social de conhecimento apoiada pela informática.

Primo alerta, “Contudo, não se pode supor a auto-organização grupal como um processo mágico que faria sempre emergir a verdade a partir de vozes espontâneas, legítimas e interessadas na construção de algo que é de interesse de todos e para seu próprio bem.” há que se trabalhar em processos de gestão e construir relações de confiança entre os envolvidos, seja por meio de outras tecnologias ou por mediações entre os envolvidos.

Para onde caminhamos?

Através do uso ontologias e taxonomias, a Web está se transformando, permitindo uma conexão não somente de pessoas para pessoas ou pessoas para comutadores, mas entre computadores e computadores.

O conhecimento está sendo representado por definições, com anotações que atribuem significados de forma hierarquizada, o que permitiu o desenvolvimento de mecanismos de buscas semânticas, capazes de realizar inferências e análise em banco de dados, além de viabilizar o uso de agentes inteligentes para buscar informação na Web de forma muito mais rápida e efetiva.

O gargalo desta tecnologia é a criação de ontologias/taxonomias e a anotação prévia de tudo de forma estruturada, o que faz um processo complexo e demorado, dai sua baixa popularidade em cenários menos “acadêmicos”.

Vamos a um exemplo: se todos os jogos de futebol da Copa de 2014 fosse anotados com uma ontologia formalizada do futebol. Seria possível desenvolver mecanismos de busca para selecionar apenas os gols de cabeça de um jogador, e visualizar os trechos, 2s antes e 2s depois, destes gols.

Uma vez que pudêssemos realizar busca por contexto as ações de filtro seria facilitadas, evitando que conteúdo indesejado fosse encontrado. Cada camada, ou nível, de uma arquitetura de busca refinaria os resultados melhorando eficiência e eficacia para o nível subsequente.

 

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1 - A EITA atua como parceira das lutas de movimentos sociais do
campo popular através da construção de tecnologias livres da informação e metodologias participativas para seu uso e apropriação. O portal da Economia Solidária – Cirandas.net, é um dos trabalhos que a cooperativa desenvolve.

2 -Um pad é um documento de texto aberto, não necessita de usuário ou senha para edição e visualização. Utilizamos uma versão do etherpad que está disponível para quem tiver interesse em - pad.eita.org.br/


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