Gehe zum Inhalt

Warenkorb

Warenkorb leeren
Einkauf beenden
Gesamt:
Warenkorb anzeigen Warenkorb verstecken
Zurück zu Blog
Vollbild

A humanidade em evolução: primeiras aldeias, antes de 3500 a.C.

January 2, 2019 9:36 , von Débora Nunes - 0no comments yet | Es folgt noch niemand diesem Artikel.
1635 Mal angesehen:

Jan 2109 primeiras aldeias

Pré-história: O pré-patriarcado, antes de 3500 a.C.

(RESUMO)

Débora Nunes

A liberação paulatina da exposição aos rigores da Natureza foi uma grande evolução para a humanidade, que se diferenciou assim, passo a passo, das demais espécies animais. A saída da pura animalidade, nesse sentido, se fez de formas variadas, constituindo um tipo de vida humana primitiva, onde uma evolução intrincava-se com outra permitindo mais proteção, conforto e sociabilidade. O domínio do fogo permitiu afastar animais ferozes, trazendo uma vida mais protegida, particularmente para crianças e idosos. A invenção de ferramentas rústicas e o uso do fogo na culinária insipiente permitiram a manipulação e o cozimento dos alimentos e assim uma alimentação mais digesta, variada e passível de ser armazenada.  A liberação da exposição aos rigores do clima, através da confecção das primeiras roupas e sapatos rudimentares e da construção de abrigos contra a chuva e o sol, significaram um aprofundamento dessa vida mais confortável, protegida e abundante. As aldeias, vinculadas à prática da agricultura, ampliaram essas características por serem cercadas, pela existência de silos de armazenamento e pelas rotinas coletivas que se ampliam com o sedentarismo.

Em certo sentido, a criação da arte e da espiritualidade – aí onde nasce o pensamento simbólico – foram também uma grande liberação. A relação com o sagrado significou inventar uma ritualização na qual a humanidade pedia proteção e benção às deidades da Natureza e sentia que “acalmava” sua ira. Os raios e trovões, as inundações e as secas, os vendavais, os ciclones e terremotos, os frios e calores intensos, etc, eram angústias que os seres humanos viviam pelo mistério das origens desses fenômenos. A ritualização da relação com a Natureza dava aos humanos, provavelmente, a sensação de poder compreendê-la, tornando-os menos angustiados. Nessa mesma perspectiva encontra-se o desenvolvimento artístico, que teve seus primórdios como parte da ritualização dos sentimentos humanos. A conjuração dos medos e a gratidão pela fertilidade da terra e das mulheres, a gratidão pela beleza, pelos prazeres da comida, da dança,dos cantos e do sexo, pelo sucesso da caça, entre outras bençãos, deram origem aos painéis murais das cavernas e as estátuas da Deusa Mãe. Assim, a religião e a arte significaram a amplificação da  existência cotidiana para a esfera da abstração. O desenvolvimento da imaginação e com ela da linguagem, foi uma das condições de humanização.

Um aspecto particular desse período é que as sociedades se organizavam a partir de uma igualdade de gênero. As sociedades nômades e coletoras, assim como os primeiros assentamentos humanos, organizavam-se com tarefas definidas por aptidões biológicas e pessoais de homens e mulheres, de jovens e velhos. A complementariedade dessas aptidões  permitia uma divisão igualitária de poder. O poder era concebido como poder de servir e como poder de criar, como forma de honrar o.a.s as pessoas mais experientes e talentosas e que assim podem guiar uma coletividade a situações cada vez mais mais prósperas, mais seguras, mais pacíficas e mais sãs. Em alguns momentos o poder estava mais relacionado a aspectos do convívio e cccuuumprimentos das regras coletivas, outras da saúde e comunicação com as divindades, outras com a necessidade de defesa e assim diferentes pessoas podiam assumir posições de comando, como caciques, xamãs ou guerreiros, a depender do momento e da demanda da comunidade.

Se esse primeiro afastamento das condições ambientais naturais significou uma grande evolução desse período, foi também, provavelmente, a remota origem da ideia de progresso como “libertação do jugo da Natureza”.  Ao longo da civilização humana a busca do domínio do meio ambiente foi uma constante: quanto mais a humanidade se empoderava com a invençao de novas tecnologias, menos a Natureza era vista como sagrada, até tornar-se um “objeto” dominado. A construção de espaços humanos (aldeias e posteriormente cidades, metrópoles e megálopes) nos quais as condições naturais são “vencidas” até que se tornem quase invisíveis num mar de concreto e asfalto foram expressão disso, assim como a exploração contínua dos recursos naturais até sua exaustão. Essa ideologia é tão profundamente arraigada que o momento atual, de entendimento dos magníficos processos de funcionamento da Natureza e de resgate do respeito à sua inteligência maior, exige esforço profundo das gerações que estão hoje vivendo sobre a Terra.

(Esse é um resumo do que você verá no livro "A humanidade em evolução", a ser publicado ano que vem. Para participar de sua escritura, comente e acompanhe o blog para ver os próximos resumos).

 


Tags zu diesem Artikel: Primeiras aldeias Pótnia Gilania igualdade de gênero

0no comments yet

    Einen Kommentar schreiben

    Die Felder sind zwingend erforderlich.

    Wenn Sie ein registrierter Nutzer sind, dann können Sie sich anmelden und automatisch unter Ihrem Namen arbeiten.

    Abbrechen