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Dicas para um bom texto acadêmico

September 2, 2017 10:06 , par Débora Nunes - 0Pas de commentaire | No one following this article yet.
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Escrever

Dicas para um bom texto acadêmico

 

Débora Nunes

Depois de muitos anos orientando estudantes de graduação, mestrado e doutorado, identifiquei alguns erros recorrentes e fui anotando, um a um. Essa experiência de orientadora é a base desse texto - que já vem sendo útil há muitos anos - e também minha prática como escritora de livros que têm uma reputação de serem fáceis de ler. Espero que pessoas interessadas em escrever melhor, sobretudo no âmbito da Universidade, possam se beneficiar dessas dicas e propiciar a seus leitores e leitoras momentos agradáveis. Então vamos lá.

Um bom texto, mesmo o acadêmico, parece uma boa conversa, que flui agradavelmente, sem deixar subentendidos, nem incompreensões e encantando os interlocutores no prazer de aprender, e de certa forma, de trocar idéias. Como o leitor, ou a leitora, não tem como falar com o autor ou autora, é importante dar-lhe tempo para falar consigo mesmo enquanto lê, fazer pausas, mesmo rápidas, para pensar. Estas pausas podem ser propiciadas pelas pontuações bem usadas, pelas frases curtas, os parágrafos bem ritmados (e que não cansem quem lê), a presença de intertítulos no texto, os capítulos que se sucedem de forma clara...

Escrever bem é saber expressar idéias de foram clara e rápida, pra manter a atenção de quem lê, mas também de forma persuasiva, com capacidade de convencer pela lógica e pela competência demonstrada pela autora ou autor. Uma boa redação revela capacidade de raciocínio e muito esforço pessoal – mesmo para aqueles que têm mais facilidade de escrita. Nenhum bom texto é escrito de uma só vez, mesmo os melhores autores e autoras retrabalham várias vezes seus escritos para brindar quem lê com o melhor. Vamos fazer o mesmo. No final do post há uma lista para que você faça uma auto avaliação: seu texto, ou o texto de sua equipe, está bom?

 

Para escrever de modo agradável e compreensível, faço algumas recomendações.

I - Sobre o tema:

O melhor tema é o que nos desperta muita curiosidade e preenche o autor/a, de alguma forma, enquanto pessoa. Só assim ela pode entregar o melhor de si mesmo/a em seu estudo e na finalização escrita da sua pesquisa. Seja qual for o trabalho acadêmico em que você esteja envolvido.a, busque saber em que ele contribui pra alegria do seu aprendizado ra que você possa dar o melhor de si.

Um bom texto deve mostrar ao leitor o processo intelectual que foi percorrido para que o autor chegue às mensagens que quer lhe passar, tanto dos autores com os quais aprendeu sobre o tema, como dos pontos de vista e formas de aproximações/abordagens que foram usadas para o entendimento do tema e das proposições e/ou conclusões tiradas. Dizendo de outra forma, suas referências teóricas e metodológicas precisam ficar claras no texto.

Importante! Tudo o que você escreve é guiado pelo tema de sua escolha. Assim, observe se você não faz digressões excessivas, rodeios, como se diz, desviando-se demais do que você quer desenvolver. Perder-se no seu próprio texto é um perigo que você não pode correr e para isto, guie-se sempre no seu Sumário e evite parágrafos e parágrafos que não têm relação direta com seu tema. O Sumário é uma peça que ajuda a reflexão do autor e estabelece um compromisso deste com a leitora e o leitor. O Sumário, no processo de escrita, ajuda a organizar suas idéias e não sair do seu tema, trabalhando-o de forma correta. O leitor tem ali uma percepção geral do que vai ler, despertando (ou não) seu interesse. Por isso mesmo, fique atenta.o com os títulos do seu Sumário...

II- Sobre o leitor:

O/a leitor/a deve ser tratado sempre como alguém inteligente e que não tem tempo a perder. Por isto mesmo o leitor deve ter possibilidade de apreender rapidamente, em uma primeira leitura, o que o autor quer dizer. Havendo clareza no texto, o leitor pode se posicionar de acordo, contra ou manter-se em dúvida em face ao que lê e esta dinâmica o estimula a prosseguir.

Em tempos em que falta tempo, o Sumário, a Introdução e a Conclusão são os itens mais garantidos de serem lidos no texto e assim podem fazer o texto ser lembrado ou esquecido. Escreva-os com o maior cuidado, perguntando-se sempre se não podem ser melhorados para expressar de forma mais clara o que de fato você quer dizer. Um Sumário que funciona como um roteiro de viagem, uma Introdução que fornece ao leitor/a um panorama das informações iniciais que ela/e precisam ter pra aproveitar a viagem e uma Conclusão que sintetize a experiência tida na viagem são uma garantia de que seu texto está indo bem. E que a viagem será proveitosa e agradável.

A técnica de leitura dinâmica, usada por muitos leitores, onde se lê principalmente a primeira frase de cada parágrafo, faz com que seja aconselhável começar o parágrafo, o subcapítulo e o capítulo, pelo enunciado mais importante a ser dito ali, e só depois abordar os fatores secundários ou dados menos importantes.

 

III- Sobre a organização do texto ou componentes de um bom texto

Um trabalho começa com uma Apresentação que é onde o/a autor/a explica ao leitor/a o contexto em que o trabalho foi realizado: explica suas experiências anteriores com o tema, o que motivou sua produção, etc e até mesmo o contexto concreto, teve tempo suficiente ou não, foi um período com dificuldades ou possibilidades específicas, etc. É a parte mais pessoalizada do texto acadêmico, depois dos Agradecimentos, claro!

No Resumo, de cerca de 20 linhas (250 palavras), precisam estar respondidas as perguntas: o que é o trabalho, por que foi realizado, onde e quando, como se desenvolveu e quais as conclusões tiradas. É preciso que este importante texto seja bem trabalhado, pois é uma referência geral para quem lê. Para quem escreve é uma comprovação da clareza conseguida em todo o texto.

O Sumário, do mesmo modo, deve ser feito com cuidado e deve ser específico do trabalho e não genérico, apenas com as palavras Introdução, Metodologia, etc. como títulos.  Mostrar a capacidade de organização e síntese das idéias do (a) autor (a) e facilitar a leitura dos leitores é a função do Sumário.

Na Introdução o tema é que é apresentado.  Em linhas gerais se contextualiza a discussão e ao final é apresentado de forma resumida o trabalho que virá a seguir (sugestão: pelo menos um parágrafo para explicar cada capítulo, se for um texto de mais de 15 páginas). Na Metodologia se reafirma o objetivo do trabalho e se descreve as atividades desenvolvidas e as características da abordagem (exploração, descrição, interação participativa, elaboração de proposições, etc) que você escolheu. É importante descrever detalhadamente tudo o que não for tão usual, como metodologias participativas, por exemplo. Explicite onde e como você coletou os dados que usou no trabalho e explique os métodos de análise usados para tratar os dados.

Sobre o desenvolvimento do texto, serão feitas recomendações a seguir, nos itens IV e V, porém é preciso lembrar que se escreve para confirmar hipóteses levantadas previamente, ou seja, argumentar sobre aquilo que quem redige quer transmitir. Todas as considerações apresentadas sobre o tema devem ser argumentadas pelo autor/a e é importante que muitas tenham confirmações bibliográficas, estudos de outros autores e autoras, tabelas, fotos, diagramas... Cada argumento, dado ou informação de pesquisa deve ser referenciada com fontes ali onde elas são feitas pela primeira vez. Isso é muito importante pra que a leitura seja clara, faça isso mesmo que de forma bem sintética, que será desenvolvida depois. Quando autores/as e e argumentos estão presentes em outras partes na frente do texto, sem terem sido antes anunciados, isto dificulta o diálogo autor(a)/leitor(a), essencial em um trabalho acadêmico. Lembre, pegue sua leitora e leitor pela mão e conduza firmemente e com clareza a viagem que fazem juntes, ou o aprendizado em curso.

As afirmações/negações acerca do tema precisam ser feitas de forma clara e organizada para que exista real processo argumentativo a ser seguido pelo leitor. Só assim, ao final, as conclusões do trabalho poderão ser partilhadas entre o autor/a e o leitor/a ou se evidenciará uma discordância entre esses dois pólos da escrita. E, em ambos casos o trabalho argumentativo foi válido já que o leitor/a saiu ganhando em aprendizado sobre o que você pensa e sobre o que ele/a pensa sobre o assunto.

Na “Conclusão” se resume rapidamente o trabalho e se expõe o que foi aprendido. Não deve haver dados novos do trabalho e é o momento mais apropriado para o autor se posicionar livremente sobre o tema, em consonância com a argumentação defendida ao longo do trabalho, mantendo assim a coerência do texto.  Recomendo que a Introdução e a Conclusão tenham em torno de 10% do total de páginas do texto geral.

Os Anexos são aquelas partes, importantes, que são retirados de outra fonte para serem juntadas ao trabalho. Os Apêndices também são adendados ao trabalho no final, mas são produzidas pelo autor (roteiro de entrevista, modelo de questionário, etc). Os anexos grandes, recortes de jornal, por exemplo, devem ter marcação das informações que se referem diretamente ao tema  (com marcador colorido, ou outro, pra ajudar o leitor/a a ler mais rápido) e devem estar organizados em ordem cronológica. Quando os anexos são mapas, é bem produtivo quando eles podem ser reproduzidos em pequeno formato no texto, só pra dar uma idea do que contêm.

 

IV- Ao tratar de um fenômeno, no desenvolvimento do texto:

  • Escrever de forma clara significa ter hierarquias claras: A cada aspecto a ser abordado no texto, discuta o tema atentando para a hierarquia, passando:
    • do geral para o particular, ou seja fornecer uma dimensão geral do problema e depois tratar do específico; do grande para o pequeno; tratar primeiro as causas, depois os efeitos, a cidade e depois o bairro, a história em geral do tema e depois a história do tópico espcífico;
    • partir dos consensos e só depois entrar nas exceções ou nas polêmicas, ou seja vá do grandemente aceito para o duvidoso, comece pelos aspectos afirmativos (positivos) e só depois trate os ‘mas´ e ‘poréns` (negativos);
  • Busque tratar o tema sob vários pontos de vista, em termos micro e macro, abordagens de diferentes disciplinas e de diferentes estudiosos da questão, atentando para a hierarquia citada anteriormente;
  • Um recurso muito útil para dar amplitude ao tema é a apresentação da etimologia do(s) conceito(s) em questão, ou seja, a origem da palavra e suas diferentes acepções constantes no dicionário. Estas abordagens devem ser separadas em parágrafos, ou em subitens ou em capítulos diferentes;
  • Atentar para a cronologia, que deve ser crescente ou decrescente (por exemplo, do tempo mais anterior ao mais presente, ou partindo dos fatos do presente e indo buscar suas origens e causas no passado). A cronologia deve ser inteligível, ou seja, compreensível sem dificuldades e respeitada em sua lógica. Quando o autor decide por uma forma de abordar o tema em termos cronológicos, não poderá mudar no meio do caminho, pois confundirá o leitor;
  • Para que o leitor não se canse e não se perca, compreendendo bem o que está sendo lido, fazer frases curtas (máximo em torno de quatro linhas) e parágrafos também curtos (máximo em torno de 12 linhas). Bons textos têm normalmente um bom ritmo, ou seja, parágrafos mais ou menos do mesmo tamanho: uma referência para um bom parágrafo seria ter em torno de doze linhas, com cerca de três frases. Tudo funciona com ritmo no mundo, pense em qual é a "música" do seu texto;
  • Este ritmo de tamanho de frases e parágrafos deve ser mantido com certa regularidade, sem se tornar monótono, pois é quebrado com intertítulos, figuras, divisão em capítulos, etc.
  • Uma das principais formas de orientar o leitor a melhor saborear o texto é através dos títulos e intertítulos. Trate-os de forma criteriosa, nomeando-os com precisão e síntese a cada vez que o tema tiver subtemas.
  • Atentar para jamais fazer referência a um dado ou idéia que não tenha sido citado ou discutido anteriormente. É na primeira vez que se fala de algo, que se explica se que se trata, seja uma abreviatura, um conceito, um dado, um raciocínio. A seguir, salvo em casos raros, como textos muito grandes, não é necessário repetir;
  • O leitor deve ser considerado como distante do tema para não tornar o texto excessivamente ‘doméstico’ (por exemplo, quando se cita as instituições com abreviações sem dar o nome por extenso, como se todo mundo conhecesse, ou quando se situa os fatos num bairro, sem dizer a cidade a que pertence e até o país, para texto publicado no exterior);
  • O fenômeno deve ser abordado com segurança, demonstrando claramente a opinião do autor em relação ao que está sendo discutido, mas sem que isto seja feito de forma “panfletária”, ou dogmática, em forma de verdades definitivas. Suas dúvidas também devem ser explicitadas para que possa haver um diálogo com outros autores e com o leitor;
  • Incluir frases que ajudem o leitor a passar de uma ideia a outra, de um capítulo a outro, acompanhando o que você quer dizer (“Vendo o problema por um outro ponto de vista”, “retomando o que foi dito anteriormente”, “será abordado a seguir”);
  • As figuras, sejam elas fotos, desenhos, gráficos, quadros ou tabelas são instrumentos preciosos de síntese e em alguns casos, imprescindíveis. Lembrar que as figuras devem ser autoexplicativas e de boa qualidade e também de colocar a fonte e se é elaboração do autor/a, citar isto. Atentar para dizer brevemente a que veio aquela ilustração, mas não dizer tudo que a figura já vai dizer por sí só;
  • Lembrar que uma tabela não tem linhas no corpo e é qualitativa, enquanto que um quadro tem linhas e é quantitativo. Tabelas e quadro têm que ser bem formatados se não parece desleixo;
  • Texto mal escrito pode significar desrespeito ao leitor. Atente para revisar seu texto, ou pedir ajuda de alguém pra fazê-lo, pra evitar a impressão de desleixo, que é imperdoável. Uma dica que ajuda é usar a revisão automática do programa Word para que erros gramaticais, ortográficos, de pontuação e formatação sejam identificados automaticamente e assim corrigidos.
  • Revisar, simplificar e cortar são regras de ouro. Por exemplo, substitua “fazer um debate” por “debater”, e “com o propósito de”, por “para”. Retirando redundâncias o texto fica mais leve e agradável;
  • Deixe o texto descansar antes de revisá-lo pela ultima vez. Ao revisar tente estar no lugar da pessoa que lê, crítica, imparcial e querendo passar um bom momento de leitura;

 

V - Sobre o estilo:

  • Um erro ortográfico ou de conjugação é um pecado muito grande nestes tempos de revisão ortográfica automática. Observe o que diz o programa de escrita do computador, Word por exemplo, e não perca a confiança do seu leitor.
  • Seja direto, evite clichês, não seja empolado falndo palavras difíceis, não use jargões, aproxime-se o mais possível da linguagem cotidiana. Evite tanto as expressões excessivamente coloquiais, como as excessivamente rebuscadas. 
  • Evite abreviações, siglas e símbolos, pois o leitor pode não os conhecer. Se o fizer, explique o que significa e faça lista de abreviações, se forem muitas.
  • Fornecer sempre uma ordem de grandeza compreensível para o leitor não especialista no tema em questão. Se você fala em hectares, mantenha esta referência do início ao fim do texto;
  • O objetivo de um autor deve ser de tratar o tema o mais exaustivamente possível dando o mínimo de trabalho ao leitor, assim, evite redundâncias. “Enxugue” o texto retirando seus excessos e jamais repita o que já foi dito a não ser em situações muito particulares, assinalando para o leitor que você sabe que já falou daquilo, para não parecer descuido.
  • Jamais seja vago. Na medida do possível dê dados precisos e diga suas fontes. Evite o uso de advérbios vagos e não esclarecedores, como “muito”, “pouco”, razoavelmente. É melhor dar uma medida precisa: ao invés de “Esta ideia é muito antiga” (vago) tente substituir por algo como “Esta idéia foi difundida na década de 40 do século XX” (preciso);
  • Em cada parágrafo usa-se sempre o mesmo tempo verbal.
  • Ao fornecer o dado tempo, período histórico, por exemplo, colocá-lo entre vírgulas ou entre parênteses;
  • Não se começam frases com números. Exemplo “40% da população...” coloque uma palavra antes, ou escreva o número po extenso;
  • Uma palavra mal-usada causa má impressão, pois é sinal de ignorância: consulte o dicionário sempre que tiver a mínima dúvida;
  • Escreve-se o número por escrito quando este for menor que 10 (cinco, seis...);
  • Palavras em outras línguas, como “container” e “blitz” devem ser escritas em itálico;
  • Sempre que citar dados históricos, populacionais, técnicos, etc, citar a fonte.
  • Os mapas devem conter a escala, a fontes e as datas de levantamento.
  • Padronizar a unidade de área usada no trabalho – m² ou ha, por exemplo e só usar medidas diferentes que sejam compatíveis entre si (1 ha = 100 x 100m = 10.000m²     41,26 ha = 440.260m²), explicando isto ao leitor.
  • É imprescindível dar legenda a fotos e não só citar no texto a que elas se referem.
  • Citar as pessoas entrevistadas sempre com nome e sobrenome e dar informações rápidas de referência, como brevíssimo CV, se for o caso de especialistas. Outros exemplos: função na empresa, líder comunitário, etc. Quando há várias entrevistas, fazer lista de entrevistados/as com data e tempo de entrevista.

 

VI - Sobre as referências citadas ou as referências bibliográficas:

 

1- Um bom trabalho acadêmico implica em uma pesquisa por parte do autor sobre outros autores que trataram do tema, que sejam citados e enriqueçam o trabalho.

2- Um bom trabalho acadêmico é aquele cujo autor verificou bem, dentro das suas possibilidades e do seu horizonte do trabalho (monografia, dissertação ou tese) os textos locais, nacionais e internacionais sobre o tema;

A ética manda que cada ideia que foi originada por outro texto seja citada. Isto se passa dentro dos limites do bom senso já que existem idéias e dados que são do senso comum e que não precisam ser referenciadas;

Utilizar um autor para dizer algo que é obvio ou amplamente conhecido (exemplo: a segregação urbana é causada pela desigualdade socioeconômica entre os moradores da cidade) demonstra insegurança intelectual do autor/a;

Utilizar de forma ética a credibilidade de outros autores/as, na medida em que se faz uma leitura inteligente dos mesmos, com bons resumos, boas críticas/comentários e boas relações intelectuais com elas e eles faz com que todo mundo ganhe;

3- Entretanto, o melhor do trabalho é aquilo em que a autora/autor tem a dizer, o que ela/ele aprendeu sobre o tema e que repassa a seu leitor/a.

 

Exemplos de referência bibliográfica.

  • Para livros: SINGER, Paul; SOUZA, André Ricardo de (Orgs.) (2000). A economia solidária no Brasil. São Paulo: Contexto, 360 p.
  • Para artigos: FRANÇA, Genauto C. Novos arranjos organizacionais possíveis? O fenômeno da economia solidária em questão (precisões e complementos). In: Organizações & Sociedade/Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia, v. 8, n. 20, p. 125-137, janeiro/abril 2001.
  • Para sites: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2017. Banco de Dados. Disponível em: <http:// www.ibge.gov.br. > Acesso em: 15 maio 2017.
  • Para citar uma informação de jornal, diga o nome do jornal, o n°, a data e a página.
  • Citação no texto é feita em minúsculo “Segundo Santos... ou SANTOS (data).

 

VII - Relação com o (a) orientador (a), professor (a):

A técnica da escrita depende da forma de trabalho de cada pessoa. Você pode escrever todas as idéias que lhe veem a cabeça e depois melhorar, clarear o pensamento, classificar e colocar no local devido (parágrafo, capítulo, etc.), ou pode escrever só o que já está amadurecido. Pense se vale a pena repassar seus esboços ao seu orientador (a), pois ele (a) não vai gostar de perder tempo com isto.

A orientação é feita geralmente de uma pessoa experiente para uma menos experiente. Escute, anote, busque entender as sugestões da orientação mesmo que não concorde. Se não confia no orientador (a), é melhor trocar o mais breve possível.

 

VIII – Auto avaliação: seu texto está bom?

  • Seu resumo é sintético e espelha suas premissas e conclusões?
  • O Sumário diz claramente o que o leitor encontrará no texto?
  • Há uma lógica entre os títulos dos capítulos entre si?
  • Há lógica entre os títulos dos capítulos e os intertítulos contidos nele?
  • Há intertítulos, pelo menos, a cada cinco páginas?
  • A primeira frase de cada parágrafo (que é lida com maior atenção) anuncia o que você vai desenvolver em seguida?
  • O primeiro parágrafo de cada item anuncia o que você vai desenvolver ao longo do item?
  • O último parágrafo de cada intertítulo faz um resumo do que foi dito no item anterior e anuncia o que vai ser discutido depois?
  • Você revisou se todos os autores citados estão na Bibliografia?
  • As normas atuais de citação e de formatação bibliográfica foram seguidas?
  • Suas Introdução e Conclusão são capazes de darem, juntas, uma ideia geral do trabalho realizado? seu tamanho está em torno de 10% do total do texto cada uma?
  • A pessoa que você pediu para revisar o texto disse que ele está claro, mesmo para uma pessoa leiga? Ela não encontrou repetições, erros em geral, digressões (rodeios)?
  • Você está satisfeito consigo mesmo? Busque ser exigente, mas não ao extremo. Lembra que o ótimo (geralmente não realizado) é o pior inimigo do bom (efetivamente feito)

Espero ter lhe ajudado. Reveja várias vezes o texto se guiando por essas e outras dicas (há várias na Internet) para ter um trabalho melhor, mais lido e mais respeitado.

 


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