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Coisas Fantásticas

12 de Janeiro de 2009, 22:00 , por Desconhecido - | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
Neste local vou inserir as coisas que eu gosto e acho importantes para a Economia Solidária!

III Encontro Regional de Agroecologia (3 ERA)

7 de Março de 2011, 21:00, por Fantasia da Silva Gomes - 0sem comentários ainda
de 26 até 28 de Abril de 2011 Universidade Estadual de Maringá Avenida Colombo, 5790 Maringá, Brasil

Por proposição da Universidade Estadual de Maringá, pelo seu Núcleo de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, sugere-se um evento com características inovadoras, onde o debate de propostas para um modelo de desenvolvimento regional tenha como base o progresso humano no sentido da equidade, justiça social e sustentabilidade global, o evento terá como propósito a construção de uma ação objetiva dos atores sociais, institucionais e políticos locais.Agroecologia



Parabéns às mulheres de todo o mundo!

7 de Março de 2011, 21:00, por Fantasia da Silva Gomes - 1Um comentário

Hoje é dia 8 de março, e temos que sempre nos lembrar das lutas das mulheres! Por isso, partilho o texto abaixo:

Por uma sociedade sem violência; pelo respeito aos direitos das mulheres

Apesar das inúmeras conquistas dos movimentos feministas nas últimas décadas, a igualdade efetiva entre homens e mulheres no Brasil continua sendo uma realidade distante. Persistem graves problemas, como a reduzida representação política, os salários desiguais, a responsabilidade quase exclusiva em relação ao trabalho doméstico e ao cuidado de filhas e filhos, a mercantilização do corpo feminino, e um dos mais graves e preocupantes, a violência de gênero. Esse tipo de violência se manifesta de diversas maneiras – como a violência doméstica, o assédio sexual, o estupro, o tráfico de mulheres, a criminalização do aborto – e atinge mulheres de todas as classes sociais, raças e idades.

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Nesse contexto, a violência doméstica contra as mulheres apresenta índices alarmantes e constitui uma das maiores preocupações das brasileiras. Cinco mulheres são espancadas a cada 2 minutos no Brasil, de acordo com o estudo "Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado", da Fundação Perseu Abramo e do SESC, divulgado em fevereiro deste ano. Aproximadamente uma em cada cinco mulheres considera já ter sofrido algum tipo de violência de parte de um homem. E, segundo o Mapa da Violência 2010, do Instituto Sangari, a cada duas horas uma mulher é assassinada no Brasil. Os principais responsáveis por esses crimes são parceiros, ex-parceiros ou homens que foram rejeitados por essas mulheres. A violência machista tem consequências perversas para a saúde física e mental dessas mulheres, resulta em sentimento de culpa, isolamento, baixa auto-estima, dificuldade de participar da vida pública, entre outros desdobramentos.

Por isso, neste 8 de março, a ABONG reafirma a necessidade de se tomar medidas urgentes para combater esse problema, entre elas a efetiva implementação da Lei Maria da Penha (11.340/06), que prevê a criação de mecanismos com o objetivo de coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, estabelecendo ações para a prevenção, assistência e proteção às mulheres em situação de violência e medidas de punição dos agressores. Neste mês, diversas associadas da ABONG realizarão atividades e mobilizações contra a violência machista, entre outros problemas enfrentados pela população feminina, e defendendo a Lei Maria da Penha (leia matéria sobre isso neste Informes).

Elaborada a partir de uma proposta apresentada por um conjunto de entidades dos movimentos feministas, a Lei Maria da Penha, sancionada pelo presidente Lula em 2006, é considerada uma conquista histórica na afirmação dos direitos humanos das mulheres. A legislação engloba, além da violência física, a psicológica, sexual, patrimonial e moral, e apresenta diretrizes de políticas e ações integradas do poder público para diversas áreas.

A nova legislação trouxe inegáveis avanços, que vêm beneficiando milhares de pessoas. Um dos pontos de destaque são os instrumentos criados para combater a impunidade, que antes atingia 90% dos casos que chegavam à Justiça brasileira, e para demonstrar que essa violência não pode ser tolerada na nossa sociedade. Com a nova legislação, foi proibida a aplicação de penas de cesta básica ou multa a esses casos, que deixaram de poder ser caracterizados como crimes de menor potencial ofensivo. Estão sendo criados nos estados Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, e está em curso a descentralização e interiorização das delegacias e centros de referências de mulheres, entre outras mudanças.

A Lei Maria da Penha, no entanto, provocou fortes reações de setores conservadores que tentam invalidá-la de diferentes formas, inclusive com uma ação de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF). O Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea), uma das associadas da ABONG, atualmente acompanha 23 projetos de lei para modificá-la que tramitam no Congresso Nacional, alguns deles propondo retrocessos. Há também uma enorme resistência na aplicação da lei, por conta do machismo arraigado nas instituições públicas brasileiras.

A Central de Atendimento à Mulher (180) registrou nos últimos anos um aumento expressivo no número de denúncias, provavelmente provocado pela redução da impunidade nesses casos. Ainda assim, a pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo mostra que as denúncias a alguma autoridade policial ou judicial não ultrapassam um terço dos casos. Isso quer dizer que ainda existe um enorme contingente de mulheres silenciadas, presas no ciclo da violência, que vivenciam a violência machista sem conseguir denunciá-la, muitas vezes dependentes emocional e financeiramente do agressor, que procuram preservar o núcleo familiar ou temem por suas vidas.

Provavelmente a Lei Maria da Penha não será suficiente para reverter esse problema, já que a violência contra a mulher é fruto de uma sociedade patriarcal e, dessa forma, depende de mudanças sociais e culturais muito mais profundas. No entanto, a concretização integral da Lei Maria da Penha constitui um passo importante para erradicar a violência doméstica e familiar; é necessário resistir coletivamente àqueles que a questionam e a desqualificam e impulsionar para que seja dada prioridade política e orçamentária à implementação desse instrumento.



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