Auto-retrato
octubre 24, 2013 13:00 - no comments yet | No one following this article yet.Certa vez me perguntaram: quem realmente és?
A pergunta, dramática e profunda, mexeu com todos os meu sentidos
Pois até então tinha, por certo, ser como a água de um rio
Mas, pensando bem, nem o rio mais límpido e calmo, é totalmente transparente
Nele, além da própria água, existem rochas, pedaços de velhas árvores em decomposição, folhas secas
Ora recentes, hora elementos desse próprio rio, sua própria história
Sim, sou como um rio
Que apesar dos momentos turvos, como em dias de chuva, sou e serei sempre um rio
E não outra coisa
Pois, essência nunca muda
Serei sempre um rio
Onde quem olha vê, e não apenas olha, enxerga tudo o que ele pode e tambem não pode dar
E assim, como rio, preciso ser completada como rio, e não como se outra coisa fosse
Não posso dar frutos frescos, pois árvore não sou
Sou rio
Não será assim também com o céu, límpido e azul em tardes de outono, mas negro e chuvoso em tardes de verão?
E mesmo assim, não será sempre o mesmo céu?
Sou um rio, essa será sempre a minha essência
Corro sempre para algum lugar, para algum ponto
Me movimento, me renovo, sou límpido
Levo e trago
Dou e peço
Alimento e trago paz
Mas, se chuva cair, posso, por algumas horas ou dias, turvo ficar
Posso ultrapassar minhas próprias margens e tudo em voltar arrastar
Mas serei sempre rio
Que oferece peixe fresco e agua doce para beber
Mas não sempre
Pois sou parte da e a própria natureza
Como ela e tudo nela, tenho ciclos
Pois, para dar o melhor de mim
Preciso ser, em alguns momentos, o pior que posso ser
Essa e a própria renovação: a sintaxe dos opostos
A contradição que esta dentro de cada ser
Sou rio e como rio preciso que me olhem
Posso oferecer peixe e agua, e não outra coisa que minha essência não pode oferecer
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