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EcoSol e Economia Feminista por Miriam Nobre

18 de Março de 2015, 16:56 , por Gabriela Pudenzi - | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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"(...) Tal como nossa sociedade se organiza hoje grande parte das relações de
reciprocidade é mantida graças ao tempo e à dedicação das mulheres. Elas
mantêm a coesão na família, as relações de vizinhança e nos locais de
trabalho. Este é um recurso fundamental também para o funcionamento da
economia capitalista que já estaria destruída se na vida real só houvesse a
competição como matriz de relação entre as pessoas. Uma pesquisa do
SEADE/DIEESE sobre a forma como as pessoas encontram emprego mostrou
que 70% dos que conseguem emprego o fazem por meio de indicação de
amigos e familiares. O capital não se dispõe a arcar com os custos de um
sistema de informações ou os riscos de contratar alguém sem referências e
repassa estes custos às relações de reciprocidade. Mas me refiro aqui à
reciprocidade não só como um valor, mas como um recurso que se materializa
em horas de trabalho e gasto de energia, em geral das mulheres.
Se a economia solidária desvela sua importância tanto quanto os demais
recursos de produção contribui para que seja reconhecida no conjunto da
sociedade e partilhada igualmente por homens e mulheres.
As práticas de economia solidária não têm como objetivo à acumulação de
capital, mas a resposta às necessidades cotidianas. Coloca assim em debate o
que são estas necessidades e valoriza as atividades de cuidado do outro. A
economia dominante, e sua ideologia expressa na economia neoclássica, tem
um pressuposto de que os homens são como fungos. Eles nascem prontos e
desconsidera-se que em grande parte da nossa vida (na infância, na velhice e
quando adoecemos) dependemos de alguém, geralmente uma mulher. (...)"


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