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COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO E AÇÃO REGIONAL - CAR / SDR

À DISPOSIÇÃO DA SECRETARIA DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVÇÃO - SECTI

SUPERINTENDÊNCIA DE INOVAÇÃO - SI

CONSELHO ESTADUAL DE ECONOMIA SOLIDÁRIA

GOVERNO DA BAHIA

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POLITICA PÚBLICA DE ECONOMIA SOLIDÁRIA DA BAHIA

Gennaio 12, 2009 22:00 , by Unknown - | No one following this article yet.

  BAHIA SOLIDÁRIA

UMA CONQUISTA DE TODOS NÓS

O grande desafio do nosso governo é o de enfrentar o problema social. Nós não devemos nos cansar de repetir isso. Precisamos todos, sociedade e Estado, nos convencer dessa grande tarefa. A RECONSTRUÇÃO SOCIAL DA BAHIA.

 Nosso governo, desde o primeiro momento, preocupou-se em criar as bases e executar um projeto que vá dando melhores condições de vida ao nosso povo. A política só tem sentido para isso: possibilitar que o povo viva de modo digno, conquiste sua autonomia. Defendemos que o desenvolvimento só ganha dimensão humana à medida que consegue compartilhar o pão, distribuir a renda. Queremos produzir mais e mais. Queremos crescer. Mas sempre repartindo. Não podemos continuar a ser um dos Estados com maior número de pessoas em situação de extrema pobreza.

 

O aumento do nível de emprego e ocupação e a distribuição de renda são preocupações centrais de nosso governo. Por isso, temos desenvolvido uma política de apoiar decisivamente a agricultura familiar, garantindo acesso à terra, à tecnologia adaptada, à regularização fundiária, ao crédito e aos mecanismos de fomento à ECONOMIA SOLIDÁRIA".

 Com estes trechos que acabo de citar, o governador da Bahia, Jackes Wagner, em seu discurso a 16/fev/2008, na abertura dos trabalhos da Assembléia Legislativa, revela o grau de importância que o seu programa de governo confere para a temática aqui em discussão. 

Falar, portanto, do Programa Bahia Solidária é, antes de tudo, falar da Economia Solidária, numa nova Bahia de Todos Nós.

 Este tema vem ganhando respeito em todo o mundo, em especial, no Brasil e na Bahia, justamente porque se trata de uma alternativa concreta de desenvolvimento sócio-econômico, respaldada, ao mesmo tempo, nas tecnologias sociais e no conhecimento popular. A Economia Solidária também é uma forma, comprovadamente viável de enfrentamento da crise do emprego que afeta a sociedade moderna e arrebata o direito ao trabalho de amplas camadas da população.

 O estreito vínculo e o apreço que o atual Governo da Bahia tem com este tema são comprovados pela criação de uma Superintendência de Economia Solidária, vinculada à Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, atendendo a uma justa reivindicação do Fórum Baiano de Economia Solidária e própria concepção de Governança Solidária, inaugurando um novo tempo de atenção e respeito para as amplas maiorias de excluídos do mundo do trabalho, e, também, pelo fato de ser o Sr. Governador Jaques Wagner, o então Ministro do Trabalho e Emprego do Governo Lula, quando este Ministério criou a Secretaria Nacional de Economia Solidária - A SENAES.

 Costumo dizer que o universo esteve a todo instante conspirando em nosso favor, pois além de um Governo Estadual democrático que aposta na Economia Solidária e nos movimentos sociais, temos um secretário, o Prof. Nilton Vasconcelos, que também têm uma rica história de vinculação, estudos e militância no movimento de economia solidária, sendo fundador da Associação de Fomento à Economia Solidária - O BANSOL e da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares - A ITCP / CEFET. Esta história, e toda força que ela traz, foram decisivas para o surgimento da nossa Superintendência, a SESOL, a qual entendemos como um marco institucional da economia solidária na Bahia.

 A criação da Superintendência de Economia Solidária - SESOL -, não nos furta, entretanto, de elevado desafio. Assim, podemos considerar que essa forma de organização coletiva da produção, por seu caráter eminentemente popular está na contra-mão da cultura instituída a décadas no poder público e de todo o arcabouço estrutural e legal que se mostram, muitas vezes, inadequados para entender e atender às camadas mais pobres da sociedade. Equipado de amplo e eficiente arsenal para operar e reproduzir o modo de produção capitalista, sua inadequação nos impõe barreiras de variadas ordens e nos desafia a galgar até pequeníssimas conquistas que nos permitam, por exemplo, adquirir, refeições produzidas por uma cooperativa popular para atender a um evento promovido pela própria SESOL.

 O programa de governo que nos conduziu a administração do Estado da Bahia nos inspirou para desenvolver o Programa Bahia Solidária auxiliado por acúmulos de uma equipe que, na sua grande maioria, já militava nos movimentos sociais e, em especial como fundadores, partícipes e militantes dos fóruns de debates da Economia Solidária.

 E por estarmos cientes e convencidos dos desafios que temos, é que estaremos sempre dispostos a compartilhar, permanentemente, de oportunidades dialógicas com aqueles que, estejam sinceramente dispostos a construir um mundo melhor. E neste sentido, não enxergamos uma política pública estadual sem que haja o envolvimento e comprometimento das demais áreas do poder público, ou seja, não podemos pensar em economia solidária, portanto em um outro desenvolvimento - mais justo, solidário e sustentável, sem patrões e sem empregados -, sem a indispensável transversalidade, sem empenho nos diversos níveis de governo e dos demais poderes. Esta articulação, que nos faz convergir, precisa ocorrer, tanto entre as múltiplas áreas do Governo do Estado, quanto com os Municípios e com o Governo Federal. Afinal de contas, inverter, com determinação, a pauta de prioridades e atender efetivamente aos interesses dos que mais necessitam das nossas políticas públicas é desafio de bom tamanho e, portanto, o de todos nós. Pro isso, estamos constantemente arregimentando e articulando forças, apresentando propostas e dialogando com outros atores, a exemplo dos Ministérios e demais compartimentos do Governo Lula, especialmente por meio da Secretaria Nacional de Economia Solidária - A SENAES. Aliás, reconhecemos o importante trabalho realizado pela equipe da Secretaria Nacional em todo o Brasil e é a SENAES a grande inspiração para o delineamento da nossa política estadual.

Obviamente que não estamos partindo do zero nesta jornada, nem estamos sozinhos. Um exército de oprimidos históricos, sequiosos por um lugar no mundo do trabalho haverá de pavimentar a nossa estrada.  Oficialmente, na Bahia, já são nada menos que 1.611 empreendimentos mapeados em cerca de 55% dos municípios baianos, o que significa, por volta de 120 mil trabalhadoras e trabalhadores. Tanto os caminhos trilhados pela Secretaria Nacional de Economia Solidária quanto a sabedoria da sociedade civil organizada, através dos seus Fóruns Estaduais de Economia Solidária e os demais espaços de construção coletiva apontam para algumas estratégias. A primeira delas é a articulação setorial destes empreendimentos em redes de produção e comercialização, agregando valor aos produtos e escoando esta produção. O segundo eixo, e, a meu ver, o mais relevante e estratégico, o de formação dos empreendimentos associativos e auto-gestionários. E em terceiro, porém não menos importante, o crédito para os empreendimentos produzirem de forma adequada e desburocratizada.

 Dito estas considerações de contexto, a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, por meio da Superintendência de Economia Solidária entende como prioridade, a consolidação e início de execução de uma política pública contempladora das reivindicações históricas da sociedade civil e da perspectiva de geração de trabalho e renda de maneira decente - compromisso este assumido pelo Governador Wagner através da assinatura de uma agenda do trabalho decente. No bojo desta construção, há cinco ações concretas que estão em processo inicial de execução. São elas: os Centros Públicos e as Incubadoras Públicas de Economia Solidária, os Arranjos Locais para o Desenvolvimento, a expansão do Microcrédito e a Qualificação de Multiplicadores. Estes projetos serão implementados como experiências-pilotos e posteriormente multiplicados em parceria com outros atores públicos (Secretarias, autarquias, empresas públicas, prefeituras, etc.) e da sociedade civil organizada, em especial, com o decisivo apoio do Fórum Baiano de Economia Solidária.

Como se pode perceber, mesmo com as dificuldades típicas do processo de criação e afirmação de uma área nova no âmbito do governo, nós estamos com muita disposição e afinados com todo um trabalho que já vem acontecendo no âmbito dos Ministérios do Governo Federal. Isso nos tranqüiliza, por um lado, e, por outro, aumenta nossa confiança na possibilidade de um trabalho concreto e relevante para a sociedade baiana. As ações prioritárias aqui apresentadas convergem para feitos inéditos que certamente colocarão a Bahia na vanguarda de um novo desenvolvimento e, espero, os ajude no exame das possibilidades de replicação do modelo aqui comentado. Por este desenvolvimento nós entendemos: articular os atores sociais; desenvolver o capital sócio-cultural nos territórios; realizar planos de desenvolvimento locais de forma participativa; potencializar as organizações coletivas e autogestionárias como modelo propulsor da desconcentração de renda; servir à sociedade organizada por meio de orientação técnica, crédito para aqueles que realmente precisam do subsídio do Estado; criar oportunidades para que os pequenos e micros produtores possam participar de licitações e ter prioridade nas compras de bens comuns - afinal são eles quem mais geram postos de trabalho no Brasil -; apostar no trabalho decente e na transversalidade das ações públicas.

 Para a realização das ações prioritárias não podemos abri mãos dois princípios deste novo Governo de todos nós: (1) entender o próprio Governo como um só Governo, o que nos remete ao diálogo inter-setorial e; (2) entender a sociedade como parte do Estado, o que nos obriga a ouvir, respeitar e acreditar na sociedade como portadora de soluções no enfrentamento dos problemas que nos afrontam, como é o caso da crise estrutural do emprego na qual vivemos. Por tudo isso, gostaria de afirmar a nossa disposição e zelo por estes princípios e dizer que iremos sim, consolidar uma política pública de economia solidária na Bahia, de forma democrática, participativa de maneira que legitime as iniciativas do movimento de economia solidária no estado e consolide esta nova economia como saída concreta e viável para um verdadeiro desenvolvimento humano e sustentável.


Setre apresenta Brechó Eco Solidário na França

Luglio 7, 2011 21:00, by HELBETH LISBOA DE OLIVA - 0no comments yet

A cidade de Lyon, a segunda maior cidade francesa, vai conhecer a experiência do “Brechó Eco Solidário” – tradicional feira de economia solidaria – realizada em Salvador. A apresentação será na 10ª edição do “Dialogues en Humanité”, que acontece entre os dias 1º e 03 de julho, e vai possibilitar ao público, a discussão e a vivência de inovações na sociedade para fazer face aos desafios econômicos, sociais, ambientais e espirituais da humanidade.

Este encontro acontece, desde 2002, e se descentralizou buscando parcerias com encontros afins, em várias cidades do mundo. A 10ª edição do “Dialogues en Humanité” vai abordar a Nova Política de Trabalho da Humanidade, discutindo, especialmente, a realidade da França e da Europa como um todo. Durante a reunião serão realizados mais de 60 workshops, shows, concertos de música, entre outros eventos culturais e artísticos abertos à população.

O “Brechó Eco Solidário” surgiu, em Salvador, em 2006, como parte do projeto Programa Interno de Consumo Consciente (Picc) da Universidade Salvador (Unifacs) e tem como parceria várias instituições de ensino superior (Universo, Unijorge e Ufba) e outras entidades, além do apoio do Governo da Bahia, atraves da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) . Funciona como um mercado de trocas de bens usados, através da moeda social o "Grão". É realizado, anualmente em conjunto com comunidades e cooperativas, que atuam no mercado da economia solidária.

Experiência - As técnicas da Setre, que atuam do Centro Público de Economia Solidária, Kátia Aparecida e Pérola Magalhães, participam do "Dialogues en Humanité", onde apresentarão a experiência do Espaço Solidário, bem como participarão das atividades relacionadas ao Brechó Solidário. Os dois eventos baianos estão fazendo parte de uma linha de articulação que os tornam internacionais. Vale ressaltar que a Setre está apoiando o encontro, em Lyon, com a confecção das moedas "Grão", que serão utilizadas nas trocas de mercadorias, representando a experiência do Brasil em moedas sociais.

“Nesse encontro, cada cidadão tem a sua chance de falar, ouvir, aprender e ensinar, compartilhando a sua própria experiência e a dos outros”, explica Kátia Aparecida. “Lá, nunca houve um brechó. Este vai acontecer pela primeira vez e será todo formatado segundo a nossa experiência”, afirma. As apresentações de Kátia e Pérola serão nas “Àgoras” de diálogo. “Vamos mostrar o nosso conhecimento sobre temas relevantes da economia solidaria e apreender com a experiência dos franceses. As expectativas são as melhores possíveis e esperamos que esses encontros sejam gratificantes”, justifica.

 



Transcrição do Discurso de Helbeth Oliva na Audiência Pública - Projeto de Lei 18.636/2010 - Salvador, 06 de abril de 2011

Giugno 1, 2011 21:00, by HELBETH LISBOA DE OLIVA - 0no comments yet

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA

SECRETARIA DO TRABALHO, EMPREGO, RENDA E  ESPORTE - SETRE

SUPERINTENDÊNCIA DE ECONOMIA SOLIDÁRIA- SESOL

Bom dia a todas e todos. Senhoras e senhores deputados, demais autoridades aqui presentes ou representadas.

Meus camaradas, companheiros solidários,

Vivemos num Estado Democrático de Direito. Isto significa dizer que as normas que regem a convivência social são, em alguma medida, formalizadas no interior do que se chama ordenamento jurídico. Os fatores reais de poder, que movimentam a multiplicidade ideológica da vida em sociedade, se revestem, através de um processo legislativo previamente determinado, de uma forma que garante a segurança e a vigência dos preceitos defendidos. Assim, sob a roupagem de norma jurídica, adquirem a força de direitos e/ou de deveres.  

Sob a óptica do fenômeno social, a economia solidária é uma realidade e está há alguns anos lutando pelo direito de se ver em forma de direito. É uma força viva dentro da sociedade brasileira e baiana que tem angariado reforços e apoios estratégicos para fazer com que as possibilidades do seu fortalecimento sejam asseguradas na forma da lei. A busca pela definição de conceitos e a delimitação de um marco legal para a economia solidária estão no centro do debate entre os que militam no movimento social ou junto ao poder público, na tentativa contínua rumo à consolidação de uma nova política capaz de gerar trabalho e de promover meios, rumo a um outro modelo de desenvolvimento. Desta forma, a realidade de muitos trabalhadores e trabalhadoras será finalmente abraçada pelo ordenamento jurídico e consolidada como uma política de Estado duradoura, com características de permanência, e não mais estará tal realidade, sujeita aos dissabores de políticas transitórias de governo.

Traduzindo os anseios e as reivindicações que surgem a partir de tal dinâmica, na política pública do Estado da Bahia a economia solidária adquire uma concretude substancial, com a criação da Superintendência de Economia Solidária – SESOL, no âmbito da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esportes – SETRE, e do Programa 145 – Bahia Solidária, com considerável aporte de recursos. Nesta esfera, é importante observar que, em se tratando do poder público, a subordinação àquilo que está estabelecido em lei é ainda mais radical: não basta que não esteja proibido; é preciso que a ação do Estado, em qualquer de suas instâncias, esteja legalmente prevista, autorizada, descrita, estabelecida. É o que determina o primeiro dos princípios da Administração Pública:  o princípio da Legalidade - Só se pode fazer o que a Lei
permite de forma expressa.

Sendo desta maneira, uma Lei que cuide do fomento a Economia Solidária no Estado da Bahia significa uma autorização dirigida ao poder público estadual – todo ele, e não apenas a SESOL – permitindo-o, e mesmo obrigando-o, a trabalhar em prol dos empreendimentos que constroem uma sociedade menos perversa, mais equinânime, justa e solidária.

Ainda observando a dimensão da economia solidária no Estado da Bahia, é fundamental a consulta ao Sistema de Informações em Economia Solidária – SIES, implementado pela Secretaria Nacional de Economia Solidária – SENAES, que, com dados de 2007, documenta a existência de 1.611 empreendimentos em todo o nosso território, tendo sido mapeados apenas 210 municípios e, mesmo estes, não o foram em toda a sua extensão. Destes, 1.131 empreendimentos são organizados sob a forma de associação, 143 como cooperativas, 318 são grupos informais e os demais adotam outras formas de organização. Ora, tais dados refletem, ainda em parte, a grandeza social, política e econômica destes grupos produtivos que constroem cotidianamente uma outra realidade possível. É a segurança jurídica de uma política de estado que pretendemos alcançar com a edição de um marco legal apropriado.      

O presente Projeto de Lei visa à criação da Política Estadual de Fomento à Economia Solidária no Estado da Bahia e do Conselho Estadual de Economia Solidária. A proposta em tela é resultado de um trabalho empreendido pela SESOL, a partir da análise crítica sobre os anais da I Conferência Nacional de Economia Solidária, realizada em Brasília, no mês de junho de 2006, e sobre outros diplomas normativos que versam sobre o tema e estão em vigor em diversas unidades da federação. Não visa modificar outros diplomas legais já existentes, como aqueles relacionados a licitações, convênios e contratos e

disciplina tributária, nem tampouco cria cargos ou obrigações para o erário. Após esta primeira contribuição de ordem técnica, o texto, que hoje é o Projeto de Lei n.º 18.636/2010, é resultado de uma longa e profícua discussão com o GT Marco Legal, indicado pelo Fórum Baiano de Economia Solidária, e com alguns parceiros, como assessores parlamentares e representações do FUNCEP e da SUAF. Os encontros aconteceram durante os meses de abril e maio de 2009, sempre nas manhãs de sexta-feira. Alguns outros momentos de discussão foram incentivados por convites, como a reunião de formadores na UNIFACS, unidade do Rio Vermelho.

A intenção agora é discutir e aprimorar o texto do Projeto de Lei que pretendemos ver aprovado. O fim último é alçar à política de Estado, com sede legal própria, o que hoje é uma política do Governo Jaques Wagner. Será a segura concretização de uma intenção consubstanciada na criação da SESOL e do Programa 145 - Bahia Solidária. De modo semelhante, a criação do Conselho significa a institucionalização de um espaço de discussão e construção democrática, com a participação efetiva dos atores que conformam o movimento de Economia Solidária no planejamento e controle social das ações públicas.

Embora um texto não seja capaz de, por si só, alterar os determinantes da realidade cotidiana, nem suprimir imediatamente os entraves que limitam as nossas atividades, numa sociedade de Direito, uma Lei cria oportunidades concretas. É um instrumento - E por assim ser tenhamos, portanto, força e sabedoria para utilizá-lo.

 Helbeth Oliva

 

 



Economia Solidária é tema de audiência Publica na AL

Aprile 3, 2011 21:00, by HELBETH LISBOA DE OLIVA - 0no comments yet

 O Projeto de Lei 18.636/2010 que dispõe sobre a Política Estadual de Fomento a Economia Solidária no Estado e do Conselho Estadual de Economia Solidária será tema da audiência pública que acontece, nesta quarta-feira (06), a partir das 10h, no Plenarinho da Assembléia Legislativa da Bahia. Pelo projeto, a política estadual de Economia Solidária será fomentada através programas específicos, parcerias com a iniciativa privada, convênios e outras formas admitidas legalmente.

Para o Superintendente estadual de Economia Solidária, Helbeth Oliva, a Economia Solidária é um movimento amplo e profundo, que vem se fortalecendo e se organizando em parcerias entre entidades e governos. “Nos empreendimentos de economia solidária não há hierarquia no grupo. As decisões são democráticas e pratica-se a autogestão. Todos são participantes e responsáveis pelo trabalho”, explica. A audiência pública é promovida pela deputada estadual, Neuza Cadore.

Na próxima sexta-feira (08), às 9h, a Superintendência estadual de Economia Solidária realiza uma videoconferência, a partir do Instituto Anísio Teixeira (IAT) como parte do processo de formação dos 17 grupos que integram o Espaço Solidário localizados em Salvador, Vitória da Conquista e Feira de Santana. A videoconferência reunirá técnicos dos Centros Públicos, mediando os debates entre os artesãos que poderão se conhecer e estabelecer relações de comércio. O tema da atividade será a qualificação de produtos, abrangendo as categorias do artesanato, iconografia e referências culturais.



CARNAVAL DA BAHIA - CATADORES DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA ECOSOL APOIADOS

Marzo 7, 2011 21:00, by HELBETH LISBOA DE OLIVA - 0no comments yet
Salvador, 08 de Março de 2011

Campanha beneficia catadores de latinha durante o Carnaval de Salvador

A campanha, realizada pelo Governo do Estado, oferece aos catadores alimentação, fardamento, equipamentos individuais de segurança e água.

 Pelo segundo ano consecutivo, Jailton Silva, de 34 anos, vem do município de Mata de São João, distante 62 quilômetros de Salvador, para trabalhar como catador de latinha durante o carnaval de Salvador. Essa é, também, a segunda fez que Jailton é beneficiado pela campanha O Trabalho Decente Preserva o Meio Ambiente.

Campanha beneficia catadores de latinha durante o Carnaval de Salvador

Para Jailton, que vem para Salvador atrás de uma renda extra, o apoio da campanha é fundamental. “Além da proteção da luva e das botas, o fardamento me dá acesso mais fácil aos blocos e aos bares”, destaca o catador.

Já para a paulista Sidnéia da Rocha, de 34, mão de oito filhos, este é o terceiro ano na campanha. Este ano, ela conta com o reforço da filha mais velha, Andressa da Rocha, de 18 anos. “O bom é que recebemos o dinheiro na hora, além da economia com a refeição”, conta Sidnéia, que pretende utilizar a grana extra para comprar o que ainda falta de material escolar para os filhos.

A ação é coordenada pela Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) e Conder, com o apoio de diversas secretarias e órgãos do Governo do Estado, Prefeitura de Salvador, incubadora universitária, entidades da sociedade civil e cooperativas de reciclagem.

Ao todo são cinco centrais de apoio no circuito do Carnaval. Na Barra, Ondina, Dois de Julho, Politeama e Ladeira da Montanha. Além do “kit” de trabalho, composto por calça, camisa, luvas de PVC e protetores auriculares, os catadores recebem alimentação, assessoria técnica, materiais de consumo e deslocamento.

“O apoio da Setre consiste no fornecimento de 5.294 calças e camisas, 50.000 garrafas de água de 500ml, 2.647 protetores auriculares, 2.647 botas e 2.647 luvas”, destaca Iara Morena, coordenadora da campanha pela Setre.

Crédito - Além dos benefícios com alimentação, fardamento, equipamentos individuais de segurança e água oferecidos pela campanha, o Governo do Estado, por meio da Setre a da Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia) disponibilizou uma linha de financiamento especial à cinco cooperativas de catadores, com a finalidade de comprar os resíduos coletados pelos catadores por um preço justo.

No total foram R$ 105 mil, sendo R$ 90 mil através do CrediSolidário e mais R$ 15 mil pelo CrediBahia. Os pagamentos das cooperativas serão realizados após dois meses de carência, em três parcelas iguais. A execução, acompanhamento e avaliação dessa ação estão sendo realizados pela Superintendência de Economia Solidária da Setre. 
 

Superientendência de Economia Solidária - SESOL

Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte - SETRE

Governo da Bahia

Salvador-BA; CEP 41745-003



MENSAGEM DE FIM DE ANO DA SESOL/SETRE - Governo da Bahia

Dicembre 17, 2010 22:00, by HELBETH LISBOA DE OLIVA - 0no comments yet

Meus amigos, colegas e camaradas,

Ao resolver escrever a mensagem de fim de ano para vocês, lembrei-me que há alguns anos atrás, na extinta SETRAS conclamei a todos na busca da “mesa farta da solidariedade”.

Falei da vilania daqueles que, aboletados no aparelho de Estado, exaurem os limitados recursos do povo com seus projetos de promoção pessoal, colocando acima de tudo, interesses pessoais, misturando-se na lama do tráfico de drogas e de armas, na corrupção desenfreada, na degradação dos costumes...Martírios do cotidiano que infelicitam a nossa juventude.

Por conta de tudo isso, resolvi, mais uma vez, convocá-los à luta!!!!

Durante essa nossa jornada, em 2010, laboramos com denodo para fazemos tudo aquilo que nos cabia e dar conta da nossa tarefa de colibri: carregamos as nossas gotas d’água para debelar o “imenso incêndio da floresta”. É bem verdade que os desafios são sempre bem maiores que as possibilidades, pois os nossos algozes estão bem entrincheirados e operam no campo sutil do ideário: louvam a sociedade de consumo, o trabalho subalterno, a competição como forma de obter-se sucesso, pela via da exploração do homem pelo homem, numa sociedade que continua  partida entre oprimidos e opressores, quem trabalha e quem se apropria dos frutos desse trabalho...

Nesse particular as festas natalinas não devem ser movidas apenas pelo sentimento de presentear, de ajudar o pobrezinho, de perdoar os inimigos e de refestelar-se após as fartas mesas de iguarias da época. Precisamos recuperar o verdadeiro sentido do nascimento de Cristo o que significa, antes de tudo, compreender o sentido da vida simples e laboriosa, a atitude libertadora, reverenciando seu exemplo de promover e lutar pelo bem comum!

As tarefas postas para o ano novo que se avizinha ainda são diversas, complexas e desafiadoras, mas já andamos o pequeno trecho do caminho para o inevitável futuro.

Estou animado com a perspectiva do novo e definitivo tempo do amanhã. O sonho concreto da sociedade livre das classes e da expropriação vai sendo construído no labor e na luta dos homens de bem, dos operários, dos camponeses, dos que trabalham unidos pela ação solidária.

Apesar de tudo, das balas perdidas, dos tiroteios nas favelas, das drogas que infernizam o nosso cotidiano, o povo vai tomando consciência do seu próprio destino e os jovens, ousados como sempre, “detonando” as bizarrices dos velhos paradigmas, dos preconceitos de toda ordem “se ligando” no essencial – o propósito da felicidade!

Eu lhes disse em outras oportunidades – “bem sei, não vou longe...”. Enganei-me – vou muito mais além de que imaginei. Já não mais “cuspirei, somente, as sementes de luz, na face de cera dos donos de tudo...” – convoco-os a lavrar os campos da modernidade até onde os instantes vividos nos permitir, a semear a verdadeira dimensão da vida para as gerações que nos sucederão...

 Vamos pessoal!!! O futuro nos espera! Ali está 2011 para iniciarmos a construção da necessária alegria - a festa da partilha e do mundo pacificado e sem opressão.

 Feliz Natal

Feliz 2011

Abraços solidários e fraternos,

Helbeth Oliva

Superintendente de Economia Solidária - SESOL/SETRE/Governo da Bahia

Rep. Rede Nacional de Gestores Públicos de Economia Solidária no FBES



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Bahia, Educação e formação, Comunicação, Organização do movimento, Políticas públicas

HELBETH OLIVA