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desaguares

August 8, 2012 21:00 , von Joyce - | Es folgt noch niemand diesem Artikel.

roseando

February 27, 2012 21:00, von Unbekannt - 0no comments yet

poço no nada
nada no poço
nonada



Dança-são

February 16, 2012 22:00, von Unbekannt - 0no comments yet

Dançam as horas
Oradança
Dança-oração



...

February 15, 2012 12:45, von desaguares - 0no comments yet

O pensamento navega
a barca desliza
pelo rio



...

February 14, 2012 22:00, von Unbekannt - 0no comments yet

O pensamento navega
a barca desliza
pelo rio



Margens escritas

February 13, 2012 22:00, von Unbekannt - 0no comments yet

Ancoragem

Na memória, o rio.

Inverno de 2011, beiras de Rio São Francisco, mês de julho em Pirapora. Tempo de águas baixas. O rio vestido de azul, nos espera. Corredeiro e cantador. Errante... Saberia ele o destino de suas andanças? Nem nós. Entre – margens, muitas surpresas recolhidas. No porto éramos doze pessoas, também a espera. A Barca Tainá em poucos minutos levantaria âncora. Nos rostos, risos-rios estampados. Entre falas, gestos e gestuários, uma espera alegre. Quinze dias no rio, com o rio, pelo rio...

A barca se afasta da margem, devagar. As malas estão dentro de um camarote. Além de nós embarcaram cinco tripulantes, amigáveis homens morenos de sol, ou de nascença. Três vezes apita a Tainá anunciando a partida rumando rio abaixo até a cidade de Manga. Como nos tempos dos vapores e das barcas abanamos as mãos com adeuses para aqueles, que de nós se despediam no porto.

Éramos doze para a viagem. Doze para o rio. Éramos mais. Éramos todas as pessoas que fôramos à vida toda: com todas as nossas ansiedades, desejos, melancolias, dores e alegrias. E mais os doze que ali chegávamos. Virgens naquele embarque.

A viagem começava. Pelas margens, o rio desenhava o mundo. Mundo barranqueiro de águas Franciscanas. Olhares e mãos atentos registravam as memórias nas cadernetas de campo e nas lentes das máquinas fotográficas. Uma paisagem de barranco, um moleque nas margens, uma ilha, uma casa pequenina feita de adobe, alguém plantando na vazante, um barqueiro, uma rede de pesca, um menino brincando, uma mulher amamentando, gentes trabalhando... Tudo isso comporia as margens dos nossos escritos de viagem, o desenho de uma etnocartografia barranqueira.