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Curso Regional de Formação de Educadores (as) em Economia Solidária – Região Sudeste

3 de Outubro de 2011, 21:00 , por Denizart - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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Entre os dias 21 a 25 de setembro de 2011 aconteceu em Caldas, Minas Gerais, no sítio Rosa dos Ventos o último curso regional do Centro de Formação em Economia Solidária da região sudeste. O curso contou com a participação de 43 educadores e educadoras do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.

O curso tinha por objetivo promover um espaço de reflexão sobre questões importantes que comporão o Projeto Político Pedagógico na região sudeste. Especificamente o curso pretendia ainda refletir sobre identidade de classe como norteadora do Projeto Educativo para Economia Solidária; discutir a importância de inserir temáticas relativas às diversas identidades (gênero raça/etnia...) no modelo de educação emancipatória; vivenciar a sistematização de um dos temas que compõe o PPP: uma pedagogia participativa como instrumento importante de produção de conhecimento; discutir a estratégia formativa da Rede de Educadores (as) na região sudeste e sua organicidade.

 

A opção por realizar a atividade no Sítio Rosa dos Ventos tem a ver com a proposta do lugar: ser um ambiente de acolhimento aos movimentos sociais e pessoas que buscam uma proposta emancipatória da sociedade. O sítio é uma propriedade particular do professor Carlos Rodrigues Brandão, porém fez do local uma casa de acolhimento onde as pessoas podem passar finais de semana, feriado, organizar alguma atividade de formação... Lá também tem abrigado o Centro Mutirão de Educação Popular e Economia Solidária, criado recentemente pelos educadores (as) da economia solidária do sul de minas.

Deu-se início à atividade com a construção de uma linha do tempo da militância dos participantes (ano e qual movimento social começou a participar), esse foi um momento emocionante onde as pessoas trouxeram suas histórias de vida e de luta. Esta foi a porta de entrada para discutir a identidade da classe trabalhadora e como os trabalhadores (as) se vêem neste processo. A professora Lia Tiriba (UFF-Universidade Federal Fluminense) foi quem desenvolveu o tema conosco. Neste momento ressaltamos a importância do Projeto Político Pedagógico (PPP) da economia solidária estar conectado com o projeto societário da classe trabalhadora, tem que ser Classista.

Logo após Lia Tiriba e Roseny apresentaram como está sendo produzido o Projeto Educativo para Economia Solidária. A este momento denominamos “o estado da arte do PPP”. Apresentaram um “índice” de temas que serão aprofundados pela equipe responsável na produção dos textos com representações estaduais. Há um consenso na equipe que o PPP deve ser um material mais lúdico, com linguagem acessível considerando que grande parte dos nossos educadores (as) são pessoas sem trajetória na educação popular e que estão se apropriando da metodologia de educação popular.

Fizemos uma oficina cuja objetivo era um exercício de sistematização/reflexão sobre a nossa vivência em relação ao uso das técnicas/dinâmicas como instrumentos político-pedagógicos nas atividades de formação. Na discussão avaliou-se que elas servem para promover maior participação/integração das pessoas e na produção de novos conhecimentos

Como parte da programação, considerando que este foi o último curso regional do CFES previsto no projeto, discutimos a importância da criação da rede de educadores (as) na região sudeste e fizemos um plano de ação para os próximos meses. Entre os objetivos da Rede de Educadores (as) na região sudeste listados estão: 1. fortalecer a formação dos educadores (as) a partir do planejamento e execução de atividades de formação política e multiplicação de formadores, de forma pratica, inovadora, contínua e integrada; 2. elaborar subsídios/materiais pedagógicos para atividades formativos; 3. articular e fortalecer grupos de formadores/as locais regional/estadual/nacional; 4. difundir os saberes, práticas e experiências para a promoção do conhecimento; 5. difundir e resguardar os princípios da Ecosol; 6. fortalecer os fóruns como estrutura de organização e formação do movimento da economia solidária; 6. promover e incentivar a sistematização de experiências em Ecosol e a construção coletiva de conhecimento; 7. contribuir para construção de um projeto popular para o Brasil, articulando com os movimentos sociais e envolvendo a sociedade como um todo e 8. constituir-se como referência na formação em ecosol.

Outras experiências importantes ocorreram no curso: Oficina do queijo (com Tião, morador do sítio), danças circulares todas as manhãs com Sandra (professora de dança e moradora do sítio), compras nos assentamentos para garantir a produção da alimentação do curso (realizada por um EES de Santo André – MCG). O exercício de ficar 5 dias sem comer carne foi outro desafio para o grupo, isso gerou muitos debates em torno dos impactos que a carne tem na saúde e no meio ambiente. Tivemos ainda algumas horas para reconhecer as belezas deste pedacinho do sul de Minas Gerais com suas belas cachoeiras e águas medicinais. 

 

(síntese de relatório realizado por Lecir Peixoto)

 


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