Luta pela educação no México é tema do primeiro Cine SOLTEC

Escrito por: Kellen Aires

O primeiro Cine SOLTEC de 2014 foi aberto com o documentário “Pequeno Grão de Areia” originalmente conhecido como “Granito de Arena”, da diretora estadunidense Jill Freidberg. A escolha do filme foi realizada através de votação feita pelos extensionistas do Núcleo de Solidariedade Técnica da UFRJ.

O encontro aconteceu no dia 06 de agosto e contou com a presença dos bolsistas: Caio Maia e Ana Castro (CDD), Augusto Namitala, Leandro Capela e Diego Correa (PAPESCA), Rodrigo Carvalho (COORDEPE), Maitê Ramos (RIPeR), Kellen Aires (Coord. Comunicação), e dos coordenadores, Flávio Chedid e Rosina Perez (COORDEPE) e Lu Ricas (Coord. TI).

A iniciativa, idealizada pela Coordenação de Pesquisa Ensino e Extensão (COORDEPE), foi motivada pela discussão levantada referente à extensa luta dos estudantes universitários por um ambiente menos elitista e de maior participação popular. Esse primeiro encontro teve como finalidade agregar ao repertório crítico dos bolsistas, o debate empreendido por professores e estudantes contra a desvalorização da educação. Além disso, a exibição do documentário também ajuda na reflexão sobre o assunto “extensão universitária”, tema da 2ª Oficina dos Bolsistas, que será realizada no dia 16 de julho, no acampamento “Terra Prometida” do MST, em Nova Iguaçu.

O longa-metragem produzido no Sul do México, no ano de 2005, mostra o embate dos professores, estudantes e pais de alunos, contra a destruição de uma escola rural situada em Tuxtla Gutierrez, em Chiapas. Durante as passeatas contra a privatização das escolas técnicas, exigência do Banco Mundial e FMI, o Governo na época sob o comando do Partido Revolucionário Institucional (PRI), que esteve à frente do país por 71 anos, respondeu fechando imediatamente as escolas. O PRI por sua vez era conhecido pela corrupção e por sofrer forte influência dos EUA. Os estudantes e professores que ocuparam essas instituições foram presos e torturados, centenas deles foram mortos ou estão desaparecidos até hoje. A luta também se deu pelo direito a melhores condições de vida, assim como a preservação da identidade cultural das comunidades indígenas mexicanas.

Um dos pontos altos do documentário é a rica participação do jornalista e autor do livro “As Veias Abertas da América Latina”, o uruguaio, Eduardo Galeano, que diz: “Este é um sistema que arrebenta tudo o que toca, destrói em pedaços e que nos ensina que se vive para ter, e que se vive para trabalhar, em vez de viver para ser”.

Após a exibição os extensionistas realizaram um debate sobre as reflexões que o premiado documentário proporcionou. 

08/08/14
Coordenação de Comunicação SOLTEC/UFRJ 
Jornalista Responsável: Verônica Maia 
Bolsistas: Silvia Galter e Kellen Aires 
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