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Notícias do Soltec

12 de Janeiro de 2009, 22:00 , por Desconhecido - | Ninguém está seguindo este artigo ainda.

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19 de Novembro de 2015, 16:52, por Núcleo Interdisciplinar para o Desenvolvimento Social - NIDES - 0sem comentários ainda



Venda Antecipada da Trilogia Soltec

28 de Maio de 2015, 17:18, por Notícias - 0sem comentários ainda

O Núcleo de Solidariedade Ténica (Soltec/UFRJ) está fazendo uma promoção de venda antecipada da Coleção Pesquisa, Ação e Tecnologia, em comemoração aos seus 10 anos. Você pode solicitar a sua coleção agora mesmo, com o preço especial de R$ 50 pelos três livros, seguindo as informações abaixo. Essa pré-venda ajudará a financiar o pagamento restante da impressão dos livros;

 

A Trilogia será lançada em agosto de 2015.

Livro Soltec

 Para saber mais sobre os livros, seguem abaixo a apresentação da coleção e os três sumários:

Apresentação da Coleção

Livro 1 - Percursos na Extensão Universitária

Livro 2 - Extensão e Políticas Públicas

Livro 3 - Tecnologia, Participação e Território

Opções de entrega:

Retirada: Serão feitos dois eventos de lançamento da coleção: um na segunda quinzena de agosto na UFRJ, Rio de Janeiro; e outro no XII Encontro Nacional de Engenharia e Desenvolvimento Social (ENEDS), entre os dias 12 e 15 de agosto, em Salvador, Bahia.

Entrega: Para quem preferir receber os livros em casa, basta escolher o pagamento com frete (acréscimo de R$ 20) e informar o endereço no formulário abaixo.

 

Passos:

1 - Fazer depósito ou pagar via pagseguro;

2 - Preencher o formulário.

 

PREENCHA ESTE FORMULÁRIO APÓS A CONFIRMAÇÃO DE PAGAMENTO

 

1) Pagamentos à Vista (R$50,00):

Dados para Transferência Bancária:

Banco do Brasil

Agência: 3652-8

Conta: 26278-1

Nome: Felipe Addor

Mande um e-mail com o recibo do pagamento para: [email protected]

*Caso precise do CPF para transferências do tipo Doc, entre em contato pelo mesmo e-mail.

 

2) Para pagamentos via Pagseguro(R$55,00):

Clique no botão abaixo e faça o pagamento.

Para pagamento COM FRETE INCLUSO (R$75,00)

 

 

Para pagamentos por retirada (R$55,00)

 

 



Só peixe morto não nada contra a correnteza

2 de Março de 2015, 13:43, por Notícias - 0sem comentários ainda

Grande companheiro Oswaldo Sevá,

    Te conheci na abertura do IV Encontro Nacional de Engenharia e Desenvolvimento Social (ENEDS), que ocorreu em 2009 em Campinas. Todos ficamos impressionados com seu conhecimento social, político e técnico e sua capacidade de estabelecer um ótimo diálogo entre a Engenharia e os problemas sociais.

Seva ENEDS Unicamp 2009
Video original em http://cameraweb.ccuec.unicamp.br/watch_video.php?v=YYJ04LI8UL7G (Sevá aparece a partir do minuto 13:38)

    Dessa forma, convidamos você para participar mais ativamente do V ENEDS em Teófilo Otoni (2010). Naquele ENEDS, além da mesa em que participou (fotos a seguir), você propos a realização de um minicurso sobre barragens no dia seguinte ao encerramento do evento (sábado), como forma de dialogar com os estudantes desse novo campus. Após esse ENEDS, você se envolveu na organização do evento, refletindo junto conosco os temas e programações dos próximos ENEDS, como nos disse em outubro de 2010: “Pelo visto eu adotei voces e também fui adotado”.

Seva UFVJM1 2011

    Seva UFVJM2

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Seva UFVJM3Seva UFVJM4

 

 

 

 

 

Em 2011, no ENEDS que ocorreu em Ouro Preto você não pôde ir, pois tinha acabado de ter um filho, o Miguel. Um pouco antes do ENEDS, nos deu uma entrevista por e-mail que teve seu resumo publicado no Eeetcha de número 12 (http://www.soltec.ufrj.br/images/etcha/etcha_n12.pdf). Para a entrevista caber nas duas páginas que estavam programadas para ela, tivemos que fazer alguns cortes. Essa foi a primeira vez que vi como você também sabia ser duro mesmo com os amigos, pois nos deu uma bronca e nos acusou de censurá-lo. Assim, publicamos a entrevista na integra em nosso site tambem (http://www.soltec.ufrj.br/index.php/soltec/noticias-soltec/106-entrevista-completa-com-oswaldo-seva), e você nos agradeceu e pediu desculpas pelo mal entendido.

Entrevista Seva
Sevá e seu filho Miguel, recém nascido na época da entrevista

    Infelizmente, no ENEDS de 2012 em Natal/RN, eu não pude ir, mas você estava lá, alegre como sempre e muito carinhoso com todos nós. Dentre as fotos do evento, uma que se destacou foi a de você assistindo uma palestra junto com o nosso grande Vinny (Vicente Nepomuceno). E, na plenária final, lá estava você de novo contribuindo com a construção do evento e sensibilização e mobilização dos novos engenheiros e engenheiras.

Sevá com Vinny UFRN

   Seva1 UFRN 2012

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 Em 2013, o ENEDS fez 10 anos e voltou para a UFRJ e para o Rio de Janeiro. Fizemos de tudo para ter você conosco, mas nesse momento você não estava tão bem de saúde. Decidimos fazer uma homenagem na abertura, pois em Natal tínhamos decidido que você seria o embaixador do ENEDS (não me pergunte o que significa esse cargo, mas foi a mais alta honraria imaginada naquela hora). Como você estava internado, sua filha Janaína respondeu nosso e-mail:

“Ele gostou, mas pediu que esclarecesse que ele está saindo da internação por motivo de agravamento da sua Doença Pulmonar Obstrutiva Cronica (DPOC), e que está se recuperando, indo pra casa nas próximas semanas.
Acho que ele ficou preocupado de acharem que ele está morrendo! Então diga que ele está lutando muito, mas não tá morto. Tem uma pixacão aqui perto de casa que diz: "por que só peixe morto não nada contra a correnteza", e ele tá vivinho da silva, ok?”

    Mensagem típica de um lutador, deixando claro que não estava morrendo, que estava se recuperando para novas batalhas. E, claro, sempre nadando contra a maré! Assim, a homenagem ao nosso grande mestre Sevá foi feita pelo Vinny, lendo a mensagem de sua filha e um texto seu, Sevá. Todos que estavam lá ficaram emocionados e torcendo para que você se recuperasse logo.

    Por fim, no ENEDS do ano passado (2014), em Castanhal/PA, seu grande amigo Farid Eid nos informou que você não estava bem e convidou seu outro grande amigo Francisco del Moral Hernandez para palestrar em seu lugar. O Francisco foi mais um grande presente que você nos deu, e depois disso mantive algum contato com ele para saber notícias suas. Através dele, enviei um relato desse último ENEDS e lhe passei alguns encaminhamentos que tenho certeza de que você ficou muito feliz em saber, como a ampliação da rede do ENEDS – com a organização de Encontros Regionais de Engenharia e Desenvolvimento Social (EREDS) nas cinco regiões do Brasil pela primeira vez (Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte) – e a articulação para a criação de uma Rede de Engenharia Popular (REP).

    Fazendo esse exercício de lembrar de como sua vida cruzou nosso caminho e fortaleceu a nossa luta por uma Engenharia comprometida com o Desenvolvimento Social, com os povos, os movimentos sociais e por uma transformação radical de nosso sistema, me dei conta de que, presencialmente, só nos encontramos duas ou três vezes. Além disso, trocamos alguns e-mails, mas mesmo assim sua presença foi e é muito forte em nosssas vidas e no ENEDS. Escrevi essa mensagem para você no presente, pois tenho certeza de que você não se foi totalmente, apenas foi brigar em outros mundos (http://racismoambiental.net.br/2015/03/01/oswaldo-seva-foi-brigar-em-outros-mundos/), ou correu para o infinito (http://www.xinguvivo.org.br/2015/03/01/3493/). Lembrei também da despedida poética do grande subcomandante Marcos dos Zapatistas (http://enlacezapatista.ezln.org.mx/2014/05/25/entre-la-luz-y-la-sombra/), que se despediu dessa realidade, pois já tinha cumprido seu papel, já tinha criado uma nova geração que podia continuar seguindo e fortalecendo suas ideias e lutas. Assim, você nos deixa com uma responsabilidade maior ainda na ampliação e disseminação desse movimento dos ENEDS, EREDS e a REP.

Sevá, Muito obrigado por tudo!

Abraços solidários,
Celso Alexandre Souza de Alvear



Entrevista completa com Oswaldo Sevá

2 de Março de 2015, 11:59, por Notícias - 0sem comentários ainda

Em memória ao professor Oswaldo Sevá, resgatamos aqui a entrevista completa que ele nos deu por email para o Eeeetcha n. 12 no ano de 2011.

 

“Flavio: Eis a minha contribuição, assim, à queima roupa, em uma hora sentado no escritório enquanto o pequeno Miguel mama.” (Oswaldo Sevá)

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Hoje você é um conhecido crítico da engenharia como ela é no Brasil. Qual foi a trajetória que possibilitou você ter essa postura?

No colégio fiz muita política estudantil secundarista, ligado aos grupos católicos de esquerda, com aquele foco em “ justiça social”, “realidade brasileira”, “conscientização”, coisas hoje quase esquecidas, mas que foram bem eficazes para mim e tanta gente. Fui eleito presidente de grêmio estudantil duas vezes, delegado em convenções da União campineira (Uces) e paulista (Upes), bem na época do golpe de 1964. Naqueles dias, vi os “play boys” e a direita juvenil organizada em Campinas invadir e empastelar a sede da nossa entidade. Com menos de 16 anos tive que ir depor aos oficiais que montaram um Inquérito para apurar subversão no movimento secundarista; aí vi que os documentos que os militares tinham em mãos eram aqueles roubados pelos reacionários na sede da UCES. Tive colegas que foram perseguidos e apanharam dos direitistas. No colégio público, alguns ótimos professores, de geografia, de História, e especialmente de Filosofia, que foi a Margot, mãe da Maitê Proença que foi cruelmente morta pelo marido enciumado, um Promotor Público!

Na universidade, fiz a Politécnica da USP, (passei também no ITA, quando recebi o telegrama “devolvi a vaga” de imediato, não suportaria viver naquela vila militar). A Poli era um antro de reacionários e filhinhos de papai, e nós que não aceitávamos o golpe e a direitização de todo o país, vivíamos na ansiedade da repressão crescente e ao mesmo tempo, resistindo culturalmente, forçando a criação de comissões paritárias dentro da universidade e fora, se manifestando, indo para passeatas. Depois de três anos conseguimos tirá-los do centro acadêmico (Grêmio Politécnico). Mas o estrago já estava feito, os direitistas tinham ido como 5a. coluna no famoso Congresso da UNE em Ibiúna e dedurado alguns colegas, dois deles sumiram, depois soubemos que morreram. Enquanto isso, dava aulas em cursinho pré-vestibular, de Mecânica, Geometria Analítica, sem carteira assinada, claro e sujeito aquelas arbitrariedades e irregularidades dos donos de cursinho. Desse jeito fui aprendendo sobre a vida e a sociedade.

Sempre estudei muito Economia, Sociologia, Psicologia, li muitos romances e vi muito filme de autores críticos, não somente esquerdistas clássicos, mas libertários, dissidentes, descobri e avancei no Materialismo Histórico, apesar de nunca ter gostado dos comunistas de partido.

Não sou propriamente um critico da Engenharia. Sou um critico da trajetória geral do pais, que infelizmente paga até hoje o preço da ditadura capitalista sob tutela militar.

Você acha que as engenharias estão essencialmente voltadas para atender as necessidades do capital? Por que?

Claro ! Porque engenheirar a construção e a produção sob o regime dominante só faz sentido colaborando com a meta, ou dogma, do lucro e do poder crescentes. A engenharia atual se ocupa de três coisas, a meu ver : 1) consertar as coisas quebradas e defeituosas, 2) fazer ou traduzir projetos de coisas novas ou melhores, e 3) fabricar ideologias e retóricas da dominação fabril e social.

Os nossos cursos de Engenharia foram progressivamente abandonando o foco no conserto, na manutenção , o foco no projeto e cada vez mais fabricando retóricas. A Engenharia de Produção, uma novidade promissora quando eu fiz no início dos anos 1970, é o paradigma da ideologização das relações sociais capitalistas.

É possível que elas rompam com essa tradição e contribuam para a melhoria da qualidade de vida das pessoas? Qual o caminho para isso?

Bem, não dá para ser maniqueísta nem iludido: quando os engenheiros consertam as coisas que funcionam mal u podem ter risco ao trabalhador, ao usuário, é bem provável que a qualidade de vida melhore; quando projetam instalações ou materiais ou ferramentas que se destinam a atender pessoas de várias idades, tamanhos e potencias distintas, também... quando projetam para utilização pelos portadores de deficiência, para os que ficaram mutilados por acidente , certamente estão dando uma grande contribuição.

Agora, no geral, as engenharias estão direcionadas exclusivamente ou prioritariamente para a ampliação do lucro e do poder dos capitalistas; numa sociedade horrivelmente desigual como a brasileira, a contribuição possível para a qualidade de vida fica neutralizada ou até é superada por essa reprodução da desigualdade. Romper com isso a engenharia não vai, a não ser no caso de alguma superação histórica definitiva do capitalismo. Não me cabe recomendar caminhos para isso, embora eu deseje muito que essa superação ocorra. Mas, mesmo dentro do sistema, devíamos todos ser pelo menos reformistas, humanistas, afinal temos que procurar emprego e salário mas ninguém é obrigado a vender a cabeça e apenas reproduzir a máquina de moer gente e utopias em que isso se transformou.

Quais as mudanças pelas quais as universidades públicas têm que passar para trilhar esse caminho?

Bem, a principal batalha agora é para elas continuarem a ser públicas, no seu financiamento, nas suas regras de preenchimento de quadros e de renovação dos mandatos de coordenação, chefia e direção, e também que seja cada vez mais pública na utilização dos seus espaços e equipamentos.

Outra batalha é pela pluralidade ideológica e pelo aperfeiçoamento da multidisciplinaridade, empurrar o sistema para adiante do mundo medieval da cátedra , da censura que ainda vigora, combinada com um neo-coronelismo que define “reservas de mercado” para assuntos, temas, orientandos, disciplinas, etc. Eu mesmo me considero vitima de assedio moral durante muitos anos seguidos na área de pós-graduação em Planejamento Energético , a qual ajudei a criar e se consolidar, e da qual consegui me desligar de vez há poucas semanas. Continuo lecionando na graduação em Engenharia Mecânica, onde o problema é bem menor, mas na pós=graduação, eu me transferi para as áreas de Ciências Sociais e Antropologia, onde consegui me credenciar há alguns anos e onde atualmente dou disciplinas e tenho alguns orientandos.

Relacionado com isto, também é crucial para todos nós docentes e também para os estudantes, lutar para escapar do sistema falsamente meritocrático que a industria editorial de periódicos – por via da Capes e dos colegiados universitários, dominados pelo corporatismo das profissões convencionais - impôs a todo os docentes do sistema. É um absurdo total que as nossas três valiosas e insubstituíveis funções : ensino-pesquisa- extensão sejam avaliados e portanto direcionados unicamente pelo critério de conveniência capitalista dessa indústria. Esses periódicos ditos especializados são uma mina de ouro, pois ganha dinheiro dos dois lados, transformam não valor em valor pois os autores fazem os artigos de graça ou até pagando para serem “selecionados”, e depois, impõe um mercado cativo, pois a indústria de revistas vende as coleções e as assinaturas para as bibliotecas das próprias universidades.

Como você conheceu o ENEDS? Como foi sua primeira experiência de participação em um ENEDS?

Em 2009, quando eu me recuperava de uma cirurgia complicada e ainda estava fazendo quimioterapia, o estudante de engenharia da Unicamp, Ricardo Silveira e o atualmente professor da UNESP Henrique Novaes me convidaram para participar do VI ENEDS em Campinas numa mesa-redonda sobre “o papel do engenheiro”, onde estava também a professora Lili Kawamura que admiro muito.

Já sabia de alguns temas como a Economia Solidária, as Incubadoras de cooperativas, em parte por causa do meu grande amigo Miguel de Simoni, falecido em 2002, e que também participa de iniciativas com o professor Sidnei Lianza na UFRJ. Mas o ENEDS mesmo eu não tinha a menor idéia do que era.

Aceitei o convite feito pelo Ricardo e pelo Henrique, depois teve também a Bruna Vasconcelos, que estava na organização do VI ENEDS, e na realidade, foi o meu primeiro retorno “ao palco” depois quase dez meses dedicados apenas a não morrer e a poder sobreviver com um mínimo de qualidade de vida. Nem pude participar das demais atividades, mas o que vi na mesa redonda, e também no CD com os artigos, e mais a acolhida que tive, me indicaram um ambiente favorável e amistoso mesmo para dissidentes como eu.

Depois, em 2010, fui convidado com bastante antecedência, e apesar de minhas aulas na Unicamp, fui por quatro dias a Teófilo Otoni e participei de tudo que foi possível, exceto aquelas esticadas noturnas que minha saúde não permite mais. Tive uma ótima recepção por parte do Tiago, da Clara, da Lina e de todo o pessoal da UFVJM, reencontrei pessoas que admiro como o prof. Francisco Lima, da UFMG, o “Motoca” que havia me convidado há muitos anos para uma palestra na UNESP Araraquara, conheci muita gente boa, tirei um monte de fotos, e fiquei bem emocionado com todo o evento, aquela estudantada numerosa e ávida de informações e opiniões sobre tanta coisa, e especialmente no encerramento, com o Padre Giovani, o Tião Violeiro, uma solenidade- festa inesquecível, que fez bem à nossa alma.

Você acha que o ENEDS pode vir a representar realmente um espaço de construção de uma proposta alternativa de atuação dos engenheiros?

Bem, já ficou meio respondida na pergunta anterior. Não sei se teremos, ou se VS terão de fato a oportunidade de criar uma proposta alternativa de atuação, porque o mundo está ficando cada vez pior, e o mundo empresarial mais ainda. Mas, como já disse, ninguém é obrigado a vender a própria cabeça, e o ENEDS já presta um enorme serviço se ajudar a despertar cidadãos –estudantes para que valorizem o fato de ser socialmente consciente, crítico, intelectualmente esperto e alertado para a enrolação doutrinária geral que rola por aí, infelizmente com boa audiência nas faculdades de engenharia.

Que mensagem você gostaria de deixar para os engenheiros que estão se formando e que vão encarar a dura e paradoxal realidade profissional da engenharia?

Aproveito aqui o titulo e as frases finais do Prefácio que fiz para o livro de Higiene e Segurança do Trabalho, organizados pelos amigos Ubirajara Alves da UERJ e Francisco Másculo, da UFPB, lançado há poucos meses: Combater o risco, respeitar quem trabalha, atender as vítimas!

Porque dentro dos ambientes de trabalho e das organizações, são essenciais o cumprimento das leis, normas e portarias de âmbito federal, estadual e municipal, bem como o cumprimento das cláusulas dos acordos coletivos de trabalho das várias categorias de trabalhadores, e das convenções internacionais que regulam o assunto. Tanto quanto são necessários e obrigatórios a adoção de dispositivos e regras rigorosas e o uso dos equipamentos de proteção, conforme mencionado nos capítulos daquele livro.

Espero que os futuros engenheiros se interessem pelo aprofundamento desses temas, e que tenham como meta pessoal e profissional o aperfeiçoamento incessante da organização da produção e dos projetos dos equipamentos, instrumentos e locais de trabalho visando a integridade e o respeito às trabalhadoras e aos trabalhadores.

Tais diretrizes por sua vez, não podem ser meramente palavras bonitas, nem procedimentos apenas formais. Se forem realmente assumidas, tais diretrizes exigem de cada um a adoção de uma postura ética essencial, a do respeito humano, do respeito à integridade de cada um e de todos.

Ainda, é de se esperar dos futuros profissionais uma postura de reconhecimento e de respeito aos direitos e responsabilidades de cada um nesse ambiente produtivo, buscando o dialogo e a negociação, e sabendo, sem ilusões, que raramente o chão de fabrica e o escritório são ambientes harmônicos, e que nunca são ambientes totalmente salubres, inócuos e isentos de riscos.



Seminário ERTs

5 de Dezembro de 2014, 15:02, por Notícias - 0sem comentários ainda

<p><span>Este seminário busca de reunir as experiência de empresas recuperadas por trabalhadores no Brasil para permitir o diálogo entre elas e delas com o setor público com o objetivo de avançar em propostas que consolidem as experiências existentes e que facilitem a recuperação de novas empresas por trabalhadores. <span>O seminário  será realizado entre os dias 11 e 13 de dezembro, no Centro de Formação Celso Daniel em São Bernardo - SP.</span></span></p> <p><span>Confira  a programação!</span></p> <p><span><img src="http://www.soltec.ufrj.br/images/materias/fabricas_sp/FOLDER_VERSO_final5.jpg" alt="FOLDER VERSO final5" width="852" height="608"></span></p> <p> </p> <p> </p> <p> </p> <p> </p> <p> </p> <p><span>05/12/14</span></p> <p> </p> <p><span>Coordenação de Comunicação SOLTEC/UFRJ </span><br><span>Jornalista Responsável: Verônica Maia </span><br><span>Bolsistas: Silvia Galter e Kellen Aires </span><em><br></em><a href="http://www.soltec.ufrj.br/index.php/soltec/mailto:&lt;script%20type=&#39;text/javascript&#39;&gt;%20



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