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É preciso resistir - TEXTO 07

August 1, 2016 20:01 , par Zenivaldo - 0Pas de commentaire | No one following this article yet.
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É PRECISO RESISTIR

Uma tradição infeliz para o povo do Brasil é ter o poder concentrado numa minoria que nunca teve a menor preocupação de construir aqui uma nação. Essa minoria usa como estratégia, manter o povo na ignorância e fazer acordos com aqueles que almejam um cantinho na “casa-grande”, mesmo que tenham de se vender. Na ilusão de serem aceitos entre os dominantes, tornam-se os portadores de voz da elite, defensores do comando dos senhores e são auxiliares entusiasmados a explorar os menos favorecidos.
Quando ao final do deplorável regime escravagista, o acordo entre as elites negou o mínimo de condição de vida e dignidade aos escravos. Esses foram lançados à rua, sem o mais reles amparo, após mais de três séculos de toda sorte de infortúnio, torturas e mortes. Basta se ver que para os imigrantes europeus, à época do final da escravidão, o tratamento difere bastante daquele dado ao negro. Ao índio, os senhores que aqui se estabeleceram, cuidaram de exterminá-los praticamente.

É com esse espírito que se governa o Brasil. O capitalismo que aqui se instalou, teve um terreno fértil para a exploração sem limites do trabalhador, sempre contando com a parceria do Estado. Quando nos anos 1960, a organização das massas trabalhadores atingiu um ponto de fazer valer as suas reivindicações, a elite civil alia-se à força militar e depõe o governo Jango, sufocando com violência o clamor popular, instaurando por vinte e um anos o regime de exceção e terror. Apenas por se posicionar contrário aos desmandos, cidadãos e cidadãs foram presos, exilados, torturados e até assassinados. A “ilha de paz” (como um dos ditadores chamava o Brasil) é governada para o perfeito pasto da elite capitalista e classe política corrupta.

A história se repete. Em 2003, os trabalhadores conseguem um certo grau de organização e tentam criar um espaço diferente para suas vidas, elegendo um operário para a presidência. Ainda que o Partido dos Trabalhadores não tenha se colocado frontalmente contra a elite brasileira, ainda que o ganho para a classe trabalhadora tenha sido muito modesto e não se tenha alterado a estrutura de desigualdade (a exemplo da taxação das grandes fortunas), mesmo assim a minoria que nos domina foi implacável.
Após treze anos de governo petista, retoma-se a dominação ampla pela elite, via um golpe parlamentar. Esse golpe difere apenas do de 64, pelo fato de não usar explicitamente a força militar. Mas, usa-se a força do poder econômico que comprou quase a totalidade do congresso nacional e a mídia. Com o discurso de “retomar o crescimento”, o governo interino de Temer avança em todos os sentidos, para submeter a classe trabalhadora a um patamar de exploração que causa perplexidade. A “reforma” previdenciária e a “flexibilização” das leis trabalhistas são eufemismos que buscam escamotear o propósito de servir fiel e amplamente aos caprichos e interesses puramente econômicos do grande capital. As mentiras e falsos argumentos são divulgados pelas grandes redes de TVs (a Globo à frente) como verdades e leis naturais a serem seguidas.
Mas, o governo golpista do PMDB-PSDB-DEM e aliados não se contenta com a exploração dos trabalhadores. Vão entregar o pré-sal, a Petrobrás e o que resta de recursos minerais. Cuidam também de preservar todo ganho e avanço do capital financeiro. Para isso, vão limitar os gastos públicos em educação, saúde, cultura e investimento em saneamento e moradia para pobres. O famigerado projeto de lei que limita o aumento do gasto público à inflação passada, na prática irá congelar os investimentos públicos. Contudo, preserva-se o pagamento dos juros, para o bem do mercado financeiro.
Infelizmente, diante dessa tragédia a população – principalmente a pobre – se resigna. Essa resignação vem da apatia política do cidadão. Temos que entender que o trabalhador é a mola mestra que sustenta a nação. E, por isso, tem o dever e o direito de participar das decisões do destino que se quer dar ao país.
Não podemos ficar reféns das informações que vêm grandes redes de televisão (Globo, Band, Record e outras), nem das revistas alinhadas ao governo golpista (Veja, Época, IstoÉ). Vamos buscar fontes críticas ao que aí está, para entender o que move esse governo (sugiro ler Carta Capital, Caros Amigos, blogs de Luiz Nassif, Paulo Henrique Amorim e outros alternativos).
Formar uma opinião consistente é importante para que nos motivemos a ir para as ruas protestar, esclarecer a situação aos parentes e amigos. Isso é uma forma de luta. Essa luta tem impacto na nossa vida. Como diz Edson Gomes: “Lute amigo, lute. Por que senão, a ­gente acaba perdendo o que conquistou”.

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