O projeto de Laboratório de Física em dispositivos móveis foi aprovado pelo Edital Nº 03/2015 da CAPES de fomento à inovação para o desenvolvimento e aplicação de Tecnologias de Informação e Comunicação em Educação, no âmbito do Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB). Chamados de m-LABS, o projeto da UFRB ficou em 8º lugar entre 196 propostas apresentadas. Os recursos previstos são de até 300 mil reais.

Os professores Ariston Cardoso e Genilson Melo do Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas (CETEC) são os responsáveis pelo projeto que tem como meta central contribuir para a educação a distância no país. “No Brasil, hoje nós temos em torno de 750 polos de educação a distância e mais de 90% deles não têm laboratório de física”, declara Cardoso que exerce também a função de superintendente de Educação Aberta e a Distância (SEAD) na UFRB. Em sua opinião, os laboratórios remotos em polos de apoio presencial apresentam baixo custo por utilizar apenas aplicativos e celulares, além de poucos kits e alguns componentes de sensores. Eles integrarão uma grande base de dados e de possibilidades experimentais em diversas áreas das ciências físicas, tais como: mecânica, termologia, eletromagnetismo, ondas, fenômenos de transporte, mecânica dos sólidos, materiais de construção, entre outros.

“Em m-LABS, a ideia do “m” surge de mobile, ou seja, portátil. Eles serão responsáveis por adequar sensores internos de celulares smartphones e tablets, além de acoplar sensores externos de forma a realizar medidas físicas de laboratórios de ciência em geral”, explica Melo. De acordo com ele, a inovação dos m-LABS se deve em função das medições com características pedagógicas de ensino, que servirão como uma ferramenta de aprendizagem e apoio educacional a serem usados por docentes da área de física em escolas públicas, cursos superiores presenciais e a distância, e pela sociedade em geral já que a ferramenta ficará disponível gratuitamente.

Para os professores, o projeto tem um forte apelo educacional e social, pois estimula a Educação a Distância e o ensino de ciências em lugares de difícil acesso no país. “Rompe-se assim os moldes tradicionais de que medidas de grandezas nas ciências físicas e engenharias realizam-se em condições restritas, com equipamentos sofisticados em grandes centros de pesquisa”, declaram.

Confira o resultado da CAPES.