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Pesquisadores debatem os 150 anos da AIT em Cachoeira

31 de Outubro de 2014, 18:17 , por Desconhecido - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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O Encontro Internacional “Associação Internacional das Trabalhadoras e dos Trabalhadores, 150 anos Depois” teve a sua abertura oficial na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) na tarde desta quinta-feira, 30, com a presença de mais de 140 pessoas. O evento foi realizado na Fundação Hansen Bahia, Cachoeira, em paralelo com atividades de outras instituições de ensino do País.

No início dos trabalhos, foram apresentados ao público os documentários produzidos no ano de 2003: “Surplus”, do sueco Erik Gandini, e “A Revolta do Buzu”, do argentino radicado no Brasil, Carlos Pronzato. O debate foi mediado pelo professor do curso de Comunicação da UFRB, Jorge Cardoso Filho. Logo após o debate do filme, a mesa de abertura foi formada pelo vice-diretor do Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL) e, na ocasião, representante da Reitoria Professor Wilson Penteado; o professor Francisco Henrique do Grupo de Estudos e Pesquisas Marxistas (GEPM) e pela Professora Albany Mendonça da Associação dos Professores Universitários do Recôncavo (APUR).

Wilson Penteado deu boas vindas aos presentes, frisou a importância do encontro e dos estudos do grupo ao tempo que parabenizou seus membros pelo protagonismo em promover uma atividade internacional. A representante da APUR, Albany Mendonça, registrou a satisfação da organização em contribuir com o debate. “Para nós é uma imensa satisfação que a APUR se faça presente em mais um debate da classe trabalhadora porque entendemos que nossos anseios só se movem a partir das lutas de classe”, comenta. O representante do GEPM, Francisco Henrique, destacou os desafios de promover um debate sobre a Associação Internacional do Trabalho. “Esse encontro traz à tona o legado deixado pela AIT, enquanto trabalhadores que somos e nos convoca a responsabilidades na construção do futuro”, explicou


A primeira mesa de debates intitulada “Os desafios da AIT e da emancipação da classe trabalhadora” foi constituída pelo professor Bruno Durães (UFRB), membro da coordenação nacional do Encontro, e com a presença de outros três palestrantes: Brian Garvey, pesquisador associado da Universidade de Strathclyde, em Glasgow, na Escócia; Michel Ralle, professor do Departamento de Estudos Ibéricos e Latino-Americanos, da Universidade de Sorbonne - Paris IV, na França; e Valério Arcary, professor de História do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo. O professor Bruno agradeceu aos colaboradores na organização do evento e disse que esse debate “representa a possibilidade de pensar de modo diferente diante de uma sociedade global onde o capitalismo não consegue resolver os problemas sociais em escala ampliada”.

Os pesquisadores abordaram diferentes temas relacionados à origem e trajetória da AIT. Brian, por exemplo, falou da conjuntura dos trabalhadores nos países da Europa. Valério Arcary lembrou que o século XIX iniciou um período histórico de formulações socialistas e de correntes que defendiam a tese de que os valores de “Igualdade” e “Liberdade”, da Revolução Francesa são indissociáveis. “Nenhum documento dos últimos 160 anos teve o impacto do Manifesto do Partido Comunista na sociedade. Centenas de pessoas dedicaram suas vidas a este programa”, afirmou. Ainda segundo Arcary, “ a I Internacional e a Comuna de Paris são movimentos político que uniram todas as tendências igualitárias da segunda metade do século XIX”, complementou

Ralle destaca que embora a Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT) tenha tido uma vida breve (1864 a 1877), a entidade deixou um importante legado que persiste até os dias atuais. “a I Internacional é a primeira manifestação real daquilo que Marx chama de um “espectro” que ronda a Europa. A luta dos trabalhadores de meados do século XIX continua influenciando os ideais de milhões de pessoas em todo o mundo”, explicou.

O encerramento previsto das atividades sobre as associações internacionais do trabalho finalizam no próximo dia 3 de novembro, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mais informações sobre os estudos do Grupo de Estudos de Pesquisas Marxistas (GEPM) estão disponíveis em: www.ufrb.edu.br/gepm.

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Fonte: http://www.ufrb.edu.br/agencia/cursos-e-eventos/3774-pesquisadores-debatem-os-150-anos-da-ait

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