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UFRB dá início à programação do XVI Fórum 20 de Novembro; acompanhe online

10 de Novembro de 2020, 1:18 , por UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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Mesa de abertura do XIV Fórum 20 de Novembro - Pró-Igualdade Racial e Inclusão Social do Recôncavo

A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) deu início na noite desta segunda-feira, dia 09, à programação do XIV Fórum 20 de Novembro - Pró-Igualdade Racial e Inclusão Social do Recôncavo. Nesta edição, que segue até o dia 27 de novembro, o debate é fomentado a partir do tema “Nossos passos vêm de longe... e vão além!”, que coaduna com as comemorações dos 15 anos da UFRB e da criação da Pró-Reitoria de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis (PROPAAE). Toda a programação acontece no formato online e é transmitida pela TV UFRB.

O reitor Fábio Josué; o pró-reitor de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis, Carlos Alberto Santos de Paulo, e a coordenadora de Políticas Afirmativas e presidente da comissão organizadora do XVI Fórum, professora Ionara Magalhães, compuseram a mesa de abertura do evento. Em sua saudação inicial, o reitor falou da satisfação em realizar mais uma edição do Fórum, mantendo a tradição da UFRB. “Esse evento nasce como uma ação estratégica da Universidade em torno das celebrações do Dia Nacional da Consciência Negra (20 de novembro) e, hoje, pelas características de multicampia da nossa instituição, já se estende em seus diferentes territórios, com uma programação que dura praticamente todo o mês de novembro”, destacou Fábio Josué.

O pró-reitor Carlos Alberto sugeriu que o momento do XVI Fórum enseja algumas reflexões, em especial para a UFRB, que tem no seu “DNA” a marca das ações afirmativas. “Estamos todos em um momento de contrição, reservados em nossos lares, mas ansiando por uma articulação pelo diálogo”, disse. “E quero aqui suplantar o conceito de ações afirmativas como sendo um arranjo jurídico para garantir o ingresso de grupos em vulnerabilidade social no âmbito das instituições públicas, porque ação afirmativa é afirmar uma vocação natural para a democracia, para a liberdade e para a compreensão de todas as perspectivas e universos que estruturam a diversidade humana”, completou, agradecendo a toda equipe envolvida no evento.

“Nossos passos vêm de longe... Vem do Congo, Nigéria, Benin, Cabo Verde... A luta antirracista é secular, bebemos de tantas fontes nessa história”, lembrou a professora Ionara. “Nossos passos edificaram políticas de cotas que em pouco tempo revolucionaram a história das universidades brasileiras, compuseram o Movimento Negro, construíram o Plano Nacional de Diretrizes Curriculares para Educação das Relações Étnico-raciais e ensino de História e Cultura Africana e Afro-brasileira, criaram a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, instituíram a Lei nº 10.639/2003, a Lei nº 11.645/2008 e a Lei nº 12.288/2010. Precisamos de negros e negras conhecedores de seus direitos. É direito de humanidade”, afirmou.

A cerimônia de abertura contou ainda com a saudação dos demais pró-reitores, coordenadores, gestores, diretores dos Centros de Ensino e representantes das categorias discente e técnico-administrativo da UFRB. Para finalizar, foi exibida uma mensagem do cantor, compositor e ativista dos direitos humanos e contra o racismo, Lazzo Matumbi. Ele parabenizou a UFRB pelos 15 anos de existência e resistência junto ao povo negro e agraciou o público que acompanhava o Fórum com a letra da música 14 de maio, escrita por ele e por Jorge Portugal. “Eu sou o que sou, pois agora eu sei quem sou eu. Será que deu pra entender a mensagem?”, diz a canção.

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Conferência – Com o mesmo tema do evento, a conferência de abertura foi proferida pela professora emérita da UFSCar, Petronilha Beatriz Gonçalves e Siva. Admitida na Ordem Nacional do Mérito (2011), no Grau de Cavaleiro, em reconhecimento de sua contribuição à educação no Brasil, Petronilha foi conselheira do Conselho Nacional de Políticas de Igualdade Racial, da Fundação Cultural Palmares e da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação (CNE). Neste último, foi a primeira mulher negra a ter assento no Conselho e a relatora do parecer CNE/CP 03/2004, que estabelece as diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura africana e afro-brasileira.

Petronilha se disse honrada com o convite da UFRB e se mostrou animada pela possibilidade de colaborar para as discussões e os encaminhamentos sobre o tema do Fórum. Ela lembrou as origens do Dia Nacional da Consciência Negra nos anos 70 e o significado que persiste para o povo negro. “20 de novembro marca uma história que é própria; uma história de pessoas que foram trazidas para o Brasil, com o objetivo de desumanizá-las, de transformá-las em objeto”, disse, para em seguida completar: “pode-se aprisionar o corpo físico das pessoas, mas não o seu conhecimento, a sua sabedoria e a sua história. É isso que permite que, mesmo em situações adversas, elas se refaçam e se recriem”.

De acordo com a professora: “sem deixar de ser o que são, os africanos na diáspora foram se construindo em situações muito adversas, que persistem em nossa sociedade. E nós temos que valorizar isso, de tal modo que as pessoas nos distingam não apenas pelo aspecto físico, mas pela cultura e conhecimento aprendidos com os nossos antepassados”.

A cerimônia foi finalizada com a apresentação cultural do músico Mateus Aleluia Filho intitulada “Canto para Curar”.

Confira a programação completa do fórum e acompanhe as demais atividades.

Mais informações: ufrb.edu.br/forum.


Fonte: https://www.ufrb.edu.br/portal/noticias/5999-ufrb-da-inicio-a-programacao-do-xvi-forum-20-de-novembro-acompanhe-online

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