Ir para o conteúdo
Mostrar cesto Esconder cesto

Tela cheia

Boletim das Finanças Solidárias

16 de Março de 2015, 11:26 , por Boletim Finanças Solidárias - | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
Licenciado sob CC (by-nc-sa)

O Boletim Informativo das Finanças Solidárias trará notícias, informações e reflexões sobre os Bancos Comunitários de Desenvolvimento, as Cooperativas de Crédito Solidário e os Fundos Solidários pelo Brasil. O Boletim também trará notícias sobre as reflexões e ações do Comitê Temático de Finanças Solidárias e Crédito do Conselho Nacional de Economia Solidária.


Seminário marca encerramento do projeto Fortalecer Finanças Solidárias na Bahia

30 de Março de 2015, 20:19, por Boletim Finanças Solidárias - 0sem comentários ainda

[Do site: http://caritas.org.br/seminario-marca-encerramento-do-projeto-fortalecer-financas-solidarias-na-bahia/28523]

O Seminário Final do projeto “Fortalecer Finanças Solidárias do Estado da Bahia” ocorreu nos dias 18 e 19 de março, no Hotel Vila Mar, em Salvador. Esse projeto foi desenvolvido durante dois anos e meio e teve como objetivo consolidar metodologias de constituição, implementação e gestão de Fundos Rotativos Solidários (FRS) em 11 territórios da Bahia.

Representantes da SENAES (José da Boa Morte), da SESOL/SETRE (Milton Barbosa), da Cáritas Regional Nordeste 3 (Luciana Sarno), do Comitê Nacional de Finanças  (Bárbara Schmidt-Rahmer) e do Fórum Baiano de Economia Solidária (Débora Rodrigues) estiveram presentes no evento e participaram da mesa de abertura. Foram convidadas também representações dos 20 grupos acompanhados durante a execução do projeto.

O primeiro dia do seminário foi marcado por reflexões sobre os avanços da metodologia de Fundos Rotativos Solidários (FRS) no Estado, considerando os impactos, as ações desenvolvidas por esse projeto e os desafios que ainda existem e precisam ser superados.

Amanda Santos, assessora da Cáritas Regional Nordeste 3, apresentou a sistematização preliminar do projeto Fortalecer Finanças Solidárias e do processo de assessoria realizado a partir do que foi elaborado coletivamente na Oficina de Sistematização, que ocorreu nos dias 06 e 07 de março, em Salvador. Amanda ressaltou que todo esse material vai ser organizado para compor a revista nacional da CFES (Centro de Formação em Economia Solidária), com proposta para ser publicada ainda nesse semestre.

Na parte da tarde, os participantes se reuniram em grupo para participar de rodas de conversas com temáticas voltadas para a importância do mapeamento para identificação de novas experiências e o papel das redes como estratégia de fortalecimento dos territórios de identidade. A primeira roda de conversa foi conduzida com o apoio da ALVA (Associação Lutar pela Vida em Abundância); de Simaia Barreto, pesquisadora do campo das finanças solidárias e de Bárbara Schmidt–Rahmer, membro do Comitê Gestor de Fundos Solidários da Bahia. Já a segunda roda, foi conduzida por Juliana Alves, da REFAS (Rede de Feiras Agroecológicas e Fundo Rotativo Solidário do Piemonte da Diamantina) e Maíra Barbosa, articuladora de redes da Cáritas Regional Nordeste 3. O debate buscou apontar os avanços e desafios a partir dos territórios e na perspectiva de construção de ações conjuntas.

seminario finanças solidarias 2

No segundo dia, a mesa foi composta por Mãe Nilza Nascimento, representante do Ilê Axé Yê Pandá Odé, e Lara Andrade, coordenadora dos Centros Públicos. Foi abordada a importância da relação de parceria entre os fundos rotativos solidários e os centros públicos em seus territórios. Participantes socializaram o que debateram nas rodas de conversas e aproveitaram para expor suas dúvidas sobre o papel dos Centros Públicos.

Os convidados Dirceu Conceição Santos e Marcos Paulo, da COFINS (Coordenadoria de finanças da SESOL/SETRE), expuseram seus programas de crédito para os grupos e o coordenador da COFINS, Weslen Moreira, se apresentou, ressaltando que visitará todos os grupos em seus territórios.

Já no final do evento, os representantes dos grupos fizeram uma avaliação do processo de assessoria da Cáritas Regional Nordeste 3. Muitos abordaram que esta metodologia deveria acontecer com maior frequência e de forma paralela à execução de seus projetos. Outros disseram entender os diferentes níveis dos grupos acompanhados. Para Paula Lima, assessora da Cáritas Regional Nordeste 3, o processo de assessoria na metodologia de FRS foi uma estratégia que conseguiu garantir o fortalecimento dos grupos, principalmente para os que ainda estavam em fase de fomento, pois deu condição para que esses se enxergassem como sujeitos promotores de ações de desenvolvimento dentro dos seus territórios e em condições de dialogar com outros em diferentes espaços políticos.

Como perspectiva de futuro, Milton Barbosa, superintendente da SESOL/SETRE, disse que há expectativas concretas e imediatas, como o lançamento do Edital de Fundos Rotativos Solidários; a integração dos FRS com os Centros Públicos de Economia Solidária existentes, onde cada Centro terá disponível o serviço de crédito através dos FRS para os empreendimentos dos territórios e a gestão desses espaços sendo feita, em algumas regiões da Bahia, por grupos que já utilizam a metodologia de Fundos Rotativos Solidários. 

 



Comitê de Finanças Solidárias discute o Plano Nacional de Economia Solidária.

30 de Março de 2015, 14:54, por Boletim Finanças Solidárias - 0sem comentários ainda

[Foto Ascoob: http://www.sistemaascoob.com.br/noticia.php?id=356]

 

O Comitê de Finanças Solidárias se reuniu extraordinariamente em Brasília, nos dias 23 e 24/03, para contribuir na elaboração do Plano Nacional de Economia Solidária – eixo finanças solidárias - tendo como base as diretrizes e propostas encaminhadas pela III Conferência Nacional de Economia Solidária (Conaes), realizada entre 27 e 30 de Novembro de 2014. Dentre as propostas que saíram da III Conferência Nacional de Economia Solidária a respeito das Finanças Solidárias podemos destacar:

  • Organização do Sistema Nacional de Economia Solidária, criando um marco legal que inclua e reconheça o Sistema como órgão de financiamento, com a disponibilização direta de recursos aos empreendimentos econômicos solidários;

  • Criação da política nacional de finanças solidárias, englobando Bancos Comunitários de Desenvolvimento, Cooperativas de Crédito Solidário e Fundos Solidários;

  • Revisar a Lei do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO) na perspectiva das finanças solidárias;

  • Implantar/fortalecer e incentivar a capacitação de iniciativas de finanças solidárias como: Bancos Comunitários, Cooperativas de Crédito Solidário, Clubes de Trocas, Fundos Solidários.

A elaboração de um Plano Nacional de Economia Solidária compreende uma visão de futuro, diagnóstico, eixos estratégicos de ação; programas e projetos estratégicos e modelo de gestão para o fortalecimento da economia solidária no país, sendo um instrumento de orientação da política pública. As deliberações das temáticas prioritárias da III Conaes já podem ser vistas na página da conferência (http://portal.mte.gov.br/ecosolidaria/iii-conaes/). 

A contribuição do Comitê temático de Finanças Solidárias se deu na perspectiva de aprimoramento das diretrizes construídas na III Conaes e contou com a participação de 13 representantes de iniciativas e entidades de fomento das finanças solidárias. Estavam presentes representantes das entidades: Centro de Estudos e Assessoria, Instituto Palmas, NESOL/USP, Instituto Vitória Régia, Instituto Capital Social da Amazônia, Fundação Esquel, ITES/UFBA, ASCOOB, Crehnor, ASA, bem como representantes da Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES/MTE).



Confesol e parceiros debatem o cooperativismo em agendas estratégicas com FAO e Ministérios

30 de Março de 2015, 14:50, por Boletim Finanças Solidárias - 0sem comentários ainda
 
 
 
Uma semana de importantes debates e avanços para a agricultura familiar e o cooperativismo de crédito solidário onde assessores e representantes da Confederação Confesol reuniram-se em Brasília, para discussões com a FAO e Ministérios.

Uma das agendas foi na FAO Internacional onde o Diretor da FAO Italia, Holf Hackback, recebeu os representantes da Confesol, Unicafes Nacional e dos Ministérios do Desenvolvimento Agrário MDA, Ministérios do Desenvolvimento Social MDS, Ministério da Agricultura – MAPA, Ministério da Pesca – MPA, onde foram tratados assuntos para a formulação de políticas públicas com foco no desenvolvimento rural brasileiro e demais países latino americanos.

“A Confesol tem sido parceira da FAO e Unicafes na perspectiva de sistematizar as políticas públicas brasileiras e avançar no alcance social, bem como promover os intercâmbios com outros países que ainda buscam o desenvolver políticas para os agricultores familiares”, destacou o Assessor da Confesol, Ciro Correa.

Outro momento importante foi a reunião com a Ministra da Agricultura, Kátia Abreu onde objetivo foi a apresentação do cooperativismo e de temas estratégicos, como a legislação cooperativista, a legislação sanitária para as agroindústria e o crédito para cooperativas. Segundo o assessor a avaliação da reunião foi positiva, onde a Ministra comprometeu-se em auxiliar na agilidade dos assuntos relacionados a legislação sanitária das agroindústrias buscando priorizar e regulamentar, com foco em facilitar a legalização dos empreendimentos. Quanto à pauta da ampliação do crédito será tratada em conjunto com Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA tendo como desafio a constituição de fundo de aval para garantias e viabilidade do credito para cooperativas.

A agenda da semana contou também com a participação da Confesol na reunião do Conselho de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar – CONDRAF, com a presença do Ministro Patrus Ananias, onde na oportunidade o Ministro do MDA reafirmou o compromisso com a reforma agrária e agricultores familiares, onde anunciou o novo secretario da Secretaria do Desenvolvimento Territorial, Humberto Oliveira, e a Conferência da Terra que será realizada em junho de 2016. A principal pauta do Conselho foi o Plano Safra 2015/2016 e o monitoramento e aperfeiçoamento das políticas públicas existentes.

 



Festival das Moedas Sociais no Banco Palmas

24 de Março de 2015, 16:27, por Boletim Finanças Solidárias - 0sem comentários ainda

 

Festival de moedas Sociais

No dia 26 de fevereiro ocorreu o Festival de moedas Sociais no Banco Palmas. O festival foi o encerramento de um conjunto de oficinas sobre moedas sociais realizadas em dezenas de municípios do Ceará e também na comunidade Baía do Sol, em Belém-PA. Essas oficinas tinham por objetivo debater sobre a democracia econômica, a função do dinheiro em nossa sociedade, os benefícios da moeda social e o poder do consumo local.

No festival foram apresentados outros formatos de moedas sociais, como a moeda social em forma de cartão magnético do Banco Comunitário Mumbuca, Maricá-RJ e o novo Palmas e-dinheiro. A exposição foi acompanhada por um vídeo sobre as oficinas.

Em seguida houve um debate sobre as moedas sociais a partir das falas do Prof. Dr. Genauto França Filho (Ites/UFBA), falando dos significados das moedas sociais e de Joaquim Melo (Banco palmas), falando da experiência do cartão Mumbuca, em Maricá-RJ. Ainda no festival foi apresentado o projeto de educação financeira através de tablets, desenvolvido em uma parceria da Ites/UFBA com o Banco Central.

 

Palmas e-dinheiro

Foi apresentado no Festival o Palmas e-dinheiro, novo sistema de moeda eletrônica via celular em construção pelo Banco Palmas. O Palmas e-dinheiro é uma ferramenta desenvolvida para a telefonia móvel. Trata-se de uma nova plataforma de moeda social eletrônica que funciona em qualquer telefone celular, sem burocracia, podendo ser utilizado para transferência de valores, para pagamentos em estabelecimentos conveniados e entre fornecedores de produtos ou serviços.

Inúmeros desdobramentos do uso da plataforma estão planejados, como o pagamento de serviços públicos, como transporte coletivo; Pagamento de contas; Pagamento de benefícios sociais dos governos municipais, estaduais e federal. Com a massificação do uso do sistema, cria-se um canal de comunicação instantânea com a comunidade, o que permite que projetos ligados a saúde e educação financeira sejam agregados.

 

Para saber mais:

http://www.institutobancopalmas.org/festival-das-moedas-sociais/

http://www.institutobancopalmas.org/e-dinheiro/

 



Banco Bem faz imersão com bancos comunitários do Sudeste e Centro-oeste

24 de Março de 2015, 15:59, por Boletim Finanças Solidárias - 0sem comentários ainda

 

Entre os dias 16 e 19 de Março de 2015 ocorreu em Vitóra-ES a Imersão com bancos comunitários do Sudeste e Centro-oeste. A imersão contou a participação dos bancos comunitários União Sampaio (SP), Autogestão (SP), Pequi (GO), Chapadense (MG), Ita (MS), Planaltina (DF), Ceilândia (DF), Estrutural (DF), Esmeralda (MG), Preventório (RJ), Niterói (RJ) e Cidade De Deus (RJ). A imersão tinha por objetivo ser um espaço de partilha dos conhecimentos sobre bancos comunitários de desenvolvimento. A experiência do Banco Bem era sempre o ponto de partida para que os debates se iniciassem, compreendendo ainda momentos expositivos, exercícios, visitas e práticas.

Durante a imersão os participantes visitaram alguns territórios do Bem, como São Benedito, Itararé e Jaburu, e também outros bancos comunitários como o Puã (Vitória), ABraÇo (Serra) e Sol (Cariacica). Nessas visitas os participantes puderam realizar uma análise de crédito junto a um comerciante local, em um processo de troca de metodologias com outros bancos comunitários. Além contaram com formações sobre política de crédito, análise de crédito e a formação do Comitê de Análise de Crédito. A imersão também foi uma oportunidade de conhecer empreendimentos participantes da “Central de compras do Bem”, formada por pequenos comerciantes do Jaburu e São Benedito.

Os participantes ainda discutiram sobre a importância do Fórum de Desenvolvimento Comunitário, espaço de diálogo dos atores da comunidade sobre as suas demandas, mostrando para as pessoas que os espaços públicos pertencem à própria comunidade. Outro aspecto importante que apareceu, em diversos momentos, na imersão, foi o papel especial que os bancos comunitários possuem no seu trabalho comunitário. Além da oferta de serviços financeiros, os bancos comunitários fazem um trabalho com as famílias, comerciantes e empreendimentos, acompanhando seus créditos, ensinando aspectos da viabilidade econômica e auxiliando no desenvolvimento das iniciativas.

 

Para saber mais sobre o Banco Bem:

http://www.ateliedeideias.org.br/