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Para os dias de intranquilidade

29 de Setembro de 2011, 21:00 , por Cecília Bizerra Sousa - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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 Ser eu

Meditacao_pedras

Respirei fundo. Respirei de novo. Dei um ritmo paciente e lento à minha respiração, e fiquei assim até que fossem embora o medo, a culpa, e chegasse a bem vinda paz. E ela chegou, em silêncio, como sempre. E ficou ali comigo o resto da noite. Já com ela, fiz o que tinha de fazer: dei-me banho, vesti-me com uma roupa leve e limpa, apaguei a luz e coloquei-me no meu colo.

Paz. Compaixão. Pedi-me perdão, perdoei-me. Foi um ato de tão sensível e sincera generosidade... Adormeci. E fiquei ali, vendo-me dormir, guardando o meu próprio sono, cuidando da minha calma.

Compaixão. Calma... há quanto tempo você não me visitava... Fica comigo esta noite? Ela ficou. Permaneceu ali, também em silêncio, embora às vezes dissesse baixinho algumas frases bonitas, com sua doce e harmoniosa voz.

Calma. Presença. Senti-me ali tão completa... Eu, de fato, estava ali, inteirinha. Corpo, alma, mente, voz... tudo. Estava toda presente em mim. Agora sim, posso acordar, disse eu, ainda em silêncio. Só mais um pouquinho... e vou acordar. Desfrutar da minha presença, da minha inteireza, e ser. Infinitamente, para sempre, ser eu.


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