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Avaliação da Oficina de 25.04 - Lixo e os 3 Rs

22 de Maio de 2015, 22:25 , por Paulo Roberto Jansen - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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Em 25/4 aconteceu, com menos gente, em função do novo feriado que aconteceu: estavam Magno (Caxias) Suenya (Rio das Ostras), Cecile Moy (Visconde de Maua) e Fabio;Lucia, com marido, filha e nenen tb de Mauá ; Fátima, Junior e Rayanne (Paraiba do Sul), Raquel (Seropédica), Ailéa com suas filhas,Ambrosina, Anita (nova Iguaçu), Andrea (Mangaratiba e Angra dos Reis), Tais (zona norte do RJ), num total de 15 pessoas. Estavam ainda Ana Carmelita, Beto, Erica, Miriam, Nicole, Rafael, na facilitação, num total de 21 pessoas.

 

O encontro foi muito instigante e o tempo era curto, a necessidade de falar grande. Encerramos já perto das 20:00. a sensação na saída foi de muito subsidio, muito alimento, a ser posteriormente digerido com mais calma.

 

  1. Um primeiro momento introdutório, de conexão com o encontro anterior, focalizando uma conseqüência do tipo de sociedade em que vivemos, que produz uma quantidade crescente de lixo. Diferentemente da publicidade, extremamente valorizada pelo mundo empresarial, que lhe destina enormes verbas e atenções, o lixo é descartado como preocupação, externalizado, como uma questão de governo ou dos individuos.

 

2.apresentação dos integrantes, a partir do tema  (a apresentação mais detalhada será feita por cada cidade/bairro em texto especifico) 

Ficaram pregnantes dois niveis de ação: iniciativas pessoais e  ações coletivas, envolvendo instancias governamentais , judiciário, empresas.

Através de Lucia, que trabalha no Inea exatamente sobre este tema para a região sul fluminense, foi possível se ver que legislação existe e o governo federal tem colocado este tema da coleta seletiva em pauta. É algo que vai ser implantado, é uma questão de tempo. Fica claro ainda que estas mudanças foram conquistas do movimento social.

Por outro lado, nas apresentações ficou enfatizada a ausência da coleta seletiva ou  existir mais como fachada. 

 

Quanto a compostagem, vários fazem. Fica forte a presença da influencia familiar, para o bem e para o mal, alguns valorizando, outros se contrapondo. Fica visível um trabalho de perseverança, persuasão. Várias pessoas do grupo ficam evidentes como exemplos, estímulos, referencias. Praticamente toda(o)s tem há tempos preocupação com o tema, buscando saídas

 

A coleta de óleo foi comentada por muitos, que o entregam ou sabem de postos; poucos não usam óleo.

3.Apresentação das facilitadoras Ana carmelita Lara e Erica Molini, sobre as ações desenvolvidas pela Rede Ecológica.

 

Ana carmelita está a frente do reaproveitamento de embalagens,uma subcomissão da logística, que organiza o retorno de vidros, caixas de ovos, bombonas utilizadas para produtores, não necessariamente os que enviaram os produtos. Este processo nem sempre é fácil, mas a maioria dos núcleos tem esta proposta, já que endossar na prática os 3 Rs faz parte da atuação da Rede Ecológica, como um dos seus princípios básicos.

Assim os alimentos frescos vem a granel e são buscados em sacolas próprias por toda(o)s. Os pinhões e os aipins chegam em baldes para o espaço do mutirão que precede a entrega de secos, e são pesados em quantidades menores no próprio nucleo, e os consumidores trazem seus recipientes.

 

Comentários de Ana Carmelita:” O envolvimento dos participantes do curso, e a consciência que eles já têm, agindo, foi muito bom de ver.Muitas ideias foram apresentadas em relação a reutilização e redução das embalagens e até mesmo uma certa cobrança em relação a compra a granel, vista como alternativa importante a ser mais pensada pela Rede, apesar de nosso argumento relativo ao numero elevado de famílias (aproximadamente 230). Foi revigorante para o trabalho interno na Rede, especialmente no que se refere a esta subcomissão.

 

Acho importante pensar a questão da reutilização e redução (comissão, ações, métodos) antes de implementar qualquer outro passo, para um futuro grupo de compras coletivas . O que comprar deve vir atrelado a como comprar, em que embalagem comprar, dialogando com o produtor e propondo novas formas de embalar o produto a fim de que esse produto só possa ser consumido se dentro de um padrão de embalagem cuja vida util seja longa.

 

Também penso na questão de delegar ao associado a criatividade de sua embalagem, ou seja, é a granel e se vc não traz sua embalagem vc não leva o produto. O associado deve ter essa responsabilidade , não só a comissão de logística.

Como é importante a participação ativa, e como esses encontros proporcionam o repensar nossos métodos, afinal somos 11 núcleos e a troca de experiencias entre os núcleos e o exterior deve ser estimulada. E o Curso nos ajuda”

 

Erica Molini, produtora do pão da Rede ecológica, fala de como a associação na Rede a fez aderir aos orgânicos, e a partir de ser produtora, as embalagens viraram uma questão. Queria eliminar o uso de sacos plásticos para os pães, e começou a pesquisar profundamente o assunto .

 

Em um primeiro momento pensou em trocar o plástico comum pelos chamados “Plásticos Verdes” que prometiam uma biodegradação. Porém acabou descobrindo que eles apresentam sérios problemas.

PLÁSTICO VERDE - não é um plástico biodegradável, ou seja, ele não se decompõe e, da mesma forma como o plástico comum, polui o meio ambiente do mesmo jeito, além de ser um pouco mais caro também.

PLÁSTICO OXIBIODEGRADÁVEL - a fragmentação em pedacinhos de plástico não o decompõe, ele apenas fica invisível e acaba indo para córregos, rios, lagos, represas e mares, contaminando tudo. Neste sentido, estudos indicam as possibilidades dos resíduos serem ingeridos por animais e entrarem na cadeia alimentar, o que pode causar risco de contaminação, inclusive para o homem.

PLÁSTICO BIODEGRADÁVEL (COMPOSTÁVEL) são plásticos produzidos a partir do milho. Para se tornar biodegradável, esse novo plástico contém metais pesados, como chumbo.

Falou da saída do celofane feito de celulose, tendo conseguido encontrar um produtor em SP, a empresa Nelxon que produz papel celofane de celulose para embalar pães, e com isto pede alguns pequenos cuidados, para manter o pão macio, armazená-lo em recipiente com tampa na geladeira. Está dando certo.

Ainda não é a solução ideal porque envolve um plantio crescente de eucaliptos.

 

Também foi citada a bandeja dos cogumelos, que levaram a uma suspensão temporária da compra, e que a partir da pesquisa de outra associada (Mariana do Valle (Niterói), da comissão de educação alimentar) nos trouxe a indicação de onde encontrar as bandejas feitas de mandioca, biodegradáveis, que passaram a ser utilizadas, ficando entretanto os produtos mais caros.

 

Ainda outra proposta de reaproveitamento foi o caderno ecológico, que erica trouxe como exemplo, com suas folhas dobradas, capas reutilizadas,criatividade, ensejando oficinas que são muito bem avaliadas.

 

Finalmente, Miriam trouxe a experiência vivida na Urca com o motorista Antunes, de encaminhar materiais valiosos deixados na rua, assim como os mais variados objetos, roupas, etc, há anos, para produtores do  assentamento com o que a Rede compra, sendo também distribuídos entre outros na região.

 

4º momento :  o ppt (em anexo), sendo seguido por discussão de 4 subgrupos  que trabalharam sobre os seguintes temas: Alimentação, transporte, comemorações e brinquedos.

A seguir, os resultados foram incluídos em um quadro relativo aos 3 rs, que segue:

 

 

REDUZIR

REAPROVEITAR

RECICLAR

- Redução de laticínios (embalados) e outros processados

- Desligar a televisão

- Reorganizar prioridades

- Uso de bicicletas compartilhadas (tipo Itaú)

- Carona solidária / carro comunitário

- Reduzir uso do petróleo

- Reduzir o tamanho do automóvel

- Troca de roupas e acessórios

- Horas na frente do computador/TV etc..

- Identificar possíveis usuários (produtores) de embalagens reutilizáveis. / Artesanatos

- Confeccionar sacolas e novas embalagens com as embalagens usadas.

- Repassar a sabedoria do uso dos alimentos.

- Utilizar pneus para parquinhos infantis, criação de hortas e floreira.

- Pneus para muro de contenção.

 

- Móveis e utensílios de cozinha com materiais de carros velhos.

- Reutilização de óleo de cozinha para abastecer o carro.

- Calça jeas se transforma em: bolsa; colcha; bermuda; pano de limpeza; brinquedo

 

- Reciclagem natural: compostagem

- Reciclar políticas e políticos ineficientes

- Reciclar em locais autorizados: eletrônicos, lâmpadas fluorescentes, pilhas e baterias.

 

 

 

Ficou muito claro que a reciclagem é um outro modelo, um outro conceito, que em sua maioria supõe o descartável. a compostagem, sim, como um processo de transformação natural, mas a reciclagem industrial envolve necessariamente um grande ataque ao meio ambiente. Foi interessante que surgiram questões mais qualitatitvas ligadas ao tempo e a disponbilidade, como se os objetos entrassem na medida em que as pessoas estão voltadas para outras coisas, e tentam atenuar sua falta. Isto especialmente na relação entre pais e filhos, marcada por um consumismo crescente. 

veio um questionamento muito profundo e dificil: poder estar junto, se dedicar, fazer coisas, simplificar a vida. este foi um recado muito forte, que algumas pessoas do grupo vivem na prática. 


 

5º momento: O lanche também foi um momento de troca gostosa, desta vez poucas frutas, mas bolos, antepasto de berinjela, sucos . e apareceu o maravilhoso pinhão.

 

6º momento: Nicole Doerrzapf, associada da Rede, abordando o sitio quaresmeiras e especialmente sua experiência com reaproveitamento  acontecendo na feira, reeducando cestantes, e também em sua casa,nos menores detalhes.(ppt em anexo)

 

Foram entregues pendrives para os alunos presentes, além de uma sacola do projeto alimentos saudáveis mercados locais, em que constava a chamada Xô Saco Plástico!

O ppt Xô Saco Plástico não deu tempo para ser apresentado e foi anexado aos pendrives.

 

Muito material, muitas idéias, agora é partir para a ação para os que ainda estão pouco nela!

 

 

 

 


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