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Eu quero ser presidente do Brasil!

15 de Maio de 2012, 21:03 , por Desconhecido - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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Se dizem por ai que Ivete Sangalo é a presidenta da Bahia,  porque não poderia eu, um educador comprometido que sou, sonhar um pouco mais alto?!
Eis que me candidatei ao Prêmio Jovens Inspiradores e sigo agora para a fase 3 do mesmo. Desta forma, escrevi o ensaio que a seguir compartilho com vocês meus amigos leitores.
Digam-me se a partir do que proponho, tenho chances...

É inegável que vivemos um período da história em que estão ocorrendo intensas transformações. Estas, são de ordens diversas – tecnológicas, sociais, políticas, e as suas repercussões chegam aos lares, às escolas e aos espaços públicos de convívio. Alguns, ao mesmo tempo em que vivem essas mudanças e são responsáveis direta ou indiretamente por elas, se preocupam em pensar a respeito de seus porquês; a quem elas interessam; o que modificam e por quanto tempo.
O Brasil não se coloca à margem de toda esta dinâmica e em diversos setores o desenvolvimento acarretado é notório (EXEMPLOS!).
Todo este momento tão rico demanda-nos ousadia, ações corajosas e projetos inovadores. Tais pretensões, que poderiam facilmente soar como intentos empresariais, na verdade, pretendem inspirar uma reflexão sobre uma temática dotada de significativa amplitude mas que em nosso país ainda carece de maior valorização – a educação.
Pensá-la, exige de nós um olhar que contemple as diversidades de abordagens críticas, de sujeitos e atores, de espaços onde se realiza, e de sua finalidade essencial. Este é um por natureza um estudo complexo mas necessário tendo em vista que engloba e questiona presente e futuro para uma nação que se pretende desenvolvida e justa para seus cidadãos.
Acredito que nos últimos anos temos visto inciativas que resultam justamente deste olhar destituído de preconceitos e mais amplo que me fazem também enxergar mais sentido em meu trabalho enquanto educador. São ações que desenvolvem-se no âmbito da universidade quando esta, por exemplo, abre suas portas para comunidade de seu entorno pretendo com a mesma interagir e trocar saberes. É claro que não sem conflitos, mas quando da ocorrência destes, preparada para discutí-los, vivenciei esta experiência na Universidade Federal da Bahia quando estudante ao participar das monitorias voluntárias do Projeto Tabuleiros Digitais (LINK) e da Rádio FACED WEB com os quais até hoje contribuo indiretamente.
Há ainda o caso das iniciativas governamentais um pouco mais amplas como no Programa Um Computador por Aluno – UCA, que pretende atender aos alunos das escolas brasileiras disponibilizando-lhes laptops e acesso à internet em suas escolas. Ali, podemos enxergar uma compreensão mais plural do poder público pensando numa educação menos elitista no acesso as tecnologias de comunicação e informação, que possibilite uma dinâmica de maior interação nos contextos escolares e viabilize uma gama de outras possibilidades.
Ao mesmo tempo em que cito estas experiências que tenho tido a oportunidade de me envolver de perto, sinto-me autorizado a percebê-las como exemplos de ações que, guardadas as devidas proporções e críticas necessárias, representam um potencial significativo do governo brasileiro e de suas políticas. Vejo que a maior concentração de problemas em nossas políticas não está na identificação dos problemas, temos feito isto bem e as universidades, grupos de pesquisa e comunidade civil organizada disseminados ao redor do país tem contribuído significativamente para isto. A análise que faço é que o entrave se coloca nas ações posteriores à estas mencionadas de identificação dos problemas. A questão é o que fazer após saber da existência destes.
Muitas vezes o que temos são ações pontuais que não dão conta da complexidade e diversidade que citadas anteriormente e que são inerentes à resoluções das problemáticas do campo educacional. Como dar conta de questões dessa natureza num país de dimensões continentais e culturalmente tão plural? Seria isto possível. Ainda que para muitos pareça uma utopia, não consigo analisar o caso desta forma. Não posso ser inocente em achar que as soluções são fáceis e podem ser levadas à cabo em curto prazo. Mas, ao mesmo tempo, acredito que há caminhos que me parecem claros e apontam para tais soluções.
Um destes caminhos possíveis para solução dos desafios políticos-educacionais que tem espaço no Brasil é a parceria necessária entre sociedade civil e poder público na construção de uma governança mais colaborativa. Não uma colaboração e/ou parceria no sentido de que o primeiro apenas exige e cobra as mudanças que lhe interessa ao segundo, esta se coloca como extremamente simplista. Na verdade, o que sugiro é que na solução de problemas locais, regionais ou de maior amplitude, os envolvidos nestes de forma mais direta, sejam efetivamente ouvidos e tenham garantidos os canais de acompanhamento, supervisão e contribuição contínua. Isto porque, a ocorrência de tal colaboração permitirá não somente pensar soluções de curto prazo e que remediem as necessidades urgentes mas também as de longo prazo que de fato sanem efetivamente aquelas dificuldades.
Aqui já é possível apontar um outro caminho em resposta a mais um desafio emergente o de conectar todo o território nacional com redes digitais e de banda larga possibilitando que os cidadãos tenham seu direito à comunicação garantido. A concretização desta política pública permitiria um maior empoderamento dos canais de diálogo entre a população brasileira e seu governo – municipal, estadual e federal. Viabilizaria para o campo da educação, no qual cotidianamente estou imerso, uma de possibilidades de inovações nas ações de ensino-aprendizagem que certamente traria grande benefício à sociedade e contribuiriam significativamente com seu desenvolvimento.
É importante frisar que estes são caminhos. Caminhos que me parecem necessários e urgentes. É claro que não são únicos, mas são claramente necessários e uma demanda que se coloca na ordem do dia para os que lidam com as complexidades dos contextos escolares como os professores, como eu.
Aproveito aqui para retomar minha premissa introdutória de que estes são tempos ágeis mas essencialmente controversos, já que, por exemplo, os tempos entre o surgimento de demandas, a identificação dos problemas e a aprovação e instauração de políticas que deem conta deles, encontram-se em descompasso com todo este dinamismo contemporâneo. Isto nos permite concluir que, como também já ressaltei, precisamos atuar enquanto inspiradores de ações ousadas, corajosas e inovadoras. Este é justamente um potencial marcante da juventude brasileira, formada a partir da simbiose entre conhecimentos formais e aprendizados experiencias, na qual eu posso afirmar que me incluo.






Acompanhe esta e outras postagens também em: www.olharddodan.blogspot.com

Fonte: http://olhardodan.blogspot.com/2012/05/eu-quero-ser-presidente-do-brasil.html

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