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Ex-pantera negra discursa sobre genocídio da juventude e emociona público

25 de Setembro de 2013, 5:03 , por Desconhecido - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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Fonte: Brasil de Fato

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Em ciclo de debates em São Paulo, a ex-militante do partido dos Panteras Negras (Black Panthers), Ericka Huggins, falou sobre o genocídio da juventude negra da periferia, os sacrifícios que os negros passam para entrar nas universidades públicas e sobre as perseguições às religiões de matrizes africanas. Explanou também sobre o machismo, que sempre esteve presente na época do partido, mas que os homens o combatiam diariamente. "Mulheres pegavam em armas e homens trocavam as fraldas", disse.

Entre as pessoas que tiveram o contato com a ex-militante, o sentimento enobrecedor de coragem, resistência e persistência na luta cotidiana foi unânime.

"Ela mostrou que a luta é justa, válida e possível. Ela deixou bem claro que veio da periferia e se orgulha disso. Praticamente, nos intimou a escrevermos nossas próprias histórias através da luta popular", relata Irenita Ferreira, militante do movimento Juventude Libre. Ela e mais cerca de 250 pessoas lotaram o auditório de Geografia da USP. O evento serviu como lançamento público do Coletivo de Estudantes Negros da USP, cujo manifesto foi lido ao final sob intensos aplausos dos presentes.

Ericka entrou para o Partido dos Panteras Negras aos 15 anos. Em 1969 - com 18 anos de idade - se tornou uma das líderes da célula do partido junto ao seu marido John Huggins, em Los Angeles. Um ano depois, seu companheiro foi assassinado, deixando uma filha recém-nascida. Mesmo com todas as dificuldades, permaneceu no partido e até hoje continua lutando. Éricka retornou aos estudos, pois acredita que a educação é uma arma revolucionária, assim como a cultura.

O partido Black Panther

O 'Black Panther Party' foi fundado em 1966 em Oakland, na Califórnia, por Huey Newton e Bobby Seale. A finalidade original do partido era patrulhar os guetos negros para proteger os residentes dos atos de brutalidade da polícia.

Os Panteras tornaram-se eventualmente um grupo revolucionário marxista que defendia o armamento de todos os negros, a isenção no pagamento de impostos e de todas as sanções da chamada "América Branca".

Mais que a defesa das comunidades, o partido também mantinha escolas de formação política e treinamento de artes marciais para crianças e jovens, além de um programa de segurança alimentar para as famílias mais pobres.

No entanto, o crescente número de prisões esvaziou gradativamente a ação do partido. A polícia agia cada vez mais com severidade. A hostilidade empregada foi tamanha que o próprio Congresso abriu investigações sobre a ação policial.

De toda forma, os Panteras foram reprimidos, suas lideranças dissolvidas e o movimento perdeu a simpatia dos negros. A mudança no cenário fez com que os remanescentes do partido abandonassem a violência das reivindicações e adotassem estratégicas políticas convencionais e a prática de serviços sociais para a população negra.

Com atividades mais discretas, porém, mais funcionais para suprir as carências dos negros, o partido dos Panteras Negras manteve-se ativo até a década de 1980. (*com informações do blog Juventude Libre)


Fonte: http://www.fbes.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=7821&Itemid=62

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