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Pegada ecológica em Campo Grande - MS

April 10, 2011 21:00 , von Unbekannt - 0no comments yet | Es folgt noch niemand diesem Artikel.
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Campo Grande calcula sua pegada ecológica

08 Abril 2011 Bookmark and Share

Campo Grande Pegada Ecológica

Campo Grande é a primeira cidade brasileira a ter o cálculo da pegada ecológica

Por Geralda Magela, de Campo Grande (MS)

Campo Grande é a primeira cidade brasileira a contar com o cálculo da pegada ecológica. Os resultados do estudo foram apresentados em uma oficina realizada pelo WWF-Brasil e pela prefeitura da capital sul-mato-grossense, nesta quinta e sexta (7 e 8). O estudo avaliou os hábitos de consumo da população de Campo Grande e apontou uma pegada ecológica de 3,14 hectares globais por pessoa. 

A pegada ecológica de um país, cidade ou pessoa corresponde ao tamanho das áreas produtivas de terra e mar necessárias para sustentar determinado estilo de vida. É uma forma de traduzir, em hectares, a extensão de território que uma pessoa ou uma sociedade “usa”, em média, para se alimentar, morar, se locomover, ter e afins.  A metodologia vem sendo testada em algumas cidades do mundo, mas, no Brasil, pela primeira vez é desenvolvida para uma cidade.

O trabalho foi realizado pelo WWF-Brasil em parceria com a prefeitura da capital do Mato Grosso do Sul, Global Footprint Network (GFN), a empresa social Ecossistemas e a Universidade Privada Anhanguera. O objetivo foi ter uma ferramenta de gestão para ajudar no planejamento e na gestão pública, mobilizar a população para rever seus hábitos de consumo e escolher produtos mais sustentáveis, além de estimular empresas a melhorarem  suas cadeiras produtivas.

E os estudos realizados pela Global Footprint Network (GFN), rede mundial responsável pelos cálculos da pegada ecológica, mostram que a humanidade já excedeu bastante essa capacidade. Hoje a pegada ecológica média mundial é 2,7 hectares globais por pessoa, enquanto a biocapacidade disponível para cada ser humano é de apenas 1,8 hectares globais. “Isso coloca a humanidade em um grave déficit ecológico de 0,9 hectares globais per capita”, afirmou o  diretor da Escossistemas, Fabrício de Campos, responsável pelo cálculo.

A pegada de Campo Grande - No caso de Campo Grande, os 3,14 hectares podem ser traduzidos em 1,7 planetas. Isso significa que se todas as pessoas do mundo tivessem o mesmo consumo do morador de Campo Grande, seriam necessários quase dois planetas para sustentar esse estilo de vida.  A questão é que existe um planeta. “Estamos no cheque especial. Estamos drenando o crédito planetário e  exaurindo nosso capital natural. Isso é muito sério", destacou o diretor da Escossistemas, Fabrício de Campos, responsável pelo cálculo.

Se comparada à média brasileira, Campo Grande tem uma pegada 8% maior que a média nacional, que é de 2,9 hectares globais por pessoa. Ela também é 10% maior que a do Mato Grosso do Sul e 14% maior que a Pegada média mundial, que é de 2,7 hectares globais por pessoa. O Mato Grosso do Sul, por sua vez, tem uma Pegada Ecológica 3% menor que a média brasileira.

Pastagens, agricultura e florestas somam 75% da Pegada Ecológica de Campo. Em classes de consumo, o maior impacto foi na alimentação, com 45%, com destaque para o consumo de carne. O  estudo apontou que o consumo de carne de campo grande é 13% maior que a média nacional.

Michael Becker fez questão de salientar que o objetivo da pegada não é apenas detectar os problemas mas principalmente as soluções.  Além disso, o objetivo não é dizer às pessoas que elas não devem consumir. "Trata-se mais de partir para um consumo responsável” explicou.

“Temos o orgulho de ser a primeira cidade brasileira a ter esse cálculo. Vamos aproveitar esses dados para nos aperfeiçoar e oferecer um desenvolvimento com sustentabilidade à população”,  destacou o prefeito Nelson Trad Filho.

De acordo com ele, algumas  ações que já vêm sendo desenvolvidas pela prefeitura podem contribuir para essa melhora. Entre elas, a inclusão de orgânicos na merenda escolar e o plantio de mudas de árvores. “Acreditamos que o estudo vai ser um balizador para que numa próxima medição, possamos ter indicadores melhores, mostrando que avançamos”, disse Trad.

O Secretário Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, Marcos Cristaldo,  também falou a importância desse trabalho para a cidade de Campo Grande. “A pegada ecológica é um indicador importante para o planejamento urbano e norteador da política municipal de meio ambiente para que a cidade cresça sem perda de qualidade de vida da população", disse

Próximos passos

Esse plano inicial foi elaborado durante a oficina de dois dias, que teve a participação de diferentes segmentos da cidade – governo,  ONGs, universidades, movimentos sociais, centros de pesquisa e outros que venham a participar depois. “Essa é uma ação que ter o envolvimento de todo mundo. Só assim poderemos encontrar soluções para construir uma Campo Grande melhor, com menos impactos” destacou Terezinha.

Na oficina foram estabelecidos alguns programas, projetos e orientações a políticas públicas para a redução dos impactos ambientais e consumo conscientes da cidade.

Entre elas, ações de reflorestamento de áreas degradadas utilizando sistemas agroflorestais, recuperação de nascentes, recomposição de matas ciliares e corredores ecológicos.

Ações de melhoria da qualidade da água para uso humano também foram propostas, incluindo limpeza dos canais, reflorestamento de matas ciliares, como forma de melhorar a gestão ambiental e  atuar na prevenção a enchentes e epidemias.

Em relação a ações de gestão de resíduos sólidos, foram apontadas ações que vão desde a separação do lixo nos domicílios, entrega para cooperativas de catadores para reutilização e reciclagem e gestão do destino final.

Outro ponto que irá integrar o plano de ação é potencializar os projetos já existentes de agricultura periurbana, com destaque para o fomento à produção de alimentos orgânicos e agroecológicos e de economia solidária e de valorização  dos produtos  e serviços da agricultura familiar.

Esse aspecto é importante porque uma das constatações do estudo foi que boa parte dos legumes consumidos em Campo Grande vem de fora. Com isso, será possível aumentar a demanda da população por produtos locais, reduzir o consumo de produtos vindos de outros locais e fortalecer a circulação de recursos financeiros para a cidade.

Foi proposta também a realização de uma oficina de comunicação para elaborar estratégias de comunicação visando a disseminação das políticas públicas definidas no planejamento.

O trabalho com a Pegada Ecológica de Campo Grande está começando a ganhar projeção nacional.  No dia 13 de abril, o estudo será apresentado na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEAUSP), de 11h30 as 13h30.


Colaborou Aldem Bourscheit

 

Fonte: www.wwf.org.br

http://www.wwf.org.br/?28163/Campo-Grande-calcula-sua-pegada-ecolgica

 



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