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As protagonistas de 2015 foram as mulheres | Silvia Chakian

4 de Janeiro de 2016, 19:54 , por Economia Solidária e Feminista - FBES - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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"As protagonistas de 2015 foram as mulheres"

Com este título a jornalista Silvia Chakian nos traz uma retrospectiva de 2015 que o mostra "como um ano produtivo e relevante para a luta pela equidade de gênero".

No meio do artigo foram inseridos enchertos de mais outros 2 artigos com o mesmo fim: Um do site xxx e outro da SPM.

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As protagonistas de 2015 foram as mulheres | Silvia Chakian

Silvia Chakian Favoritar

Promotora do MP-SP, coordena Grupo de Enfrentamento à Violência Domésticaagonistas de 2015 foram as mulhe

Se por um lado 2015 se despede sem deixar saudades, seja pelo agravamento da crise política, econômica e fundamentalmente, ética, seja pelos crimes ambientais de proporções inimagináveis, incêndios, aumento do desemprego, da violência e outras tantas notícias que envergonham a humanidade, por outro, desponta como um ano produtivo e relevante para a luta pela equidade de gênero. São esses fenômenos paradoxais, inexplicáveis, que transformam os seres humanos e nos levam à reflexão sobre nossa existência. Tempos de Luz e Trevas, para rememorarmos Charles Dickens.

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Para as mulheres, o ano começou com a aprovação da Lei do Feminicídio, inegável aprimoramento legislativo que permite a qualificação específica do assassinato de mulheres por razões de gênero, conferindo visibilidade a esse fenômeno crescente no Brasil e que deve proporcionar a adoção de políticas públicas estratégicas de enfrentamento.

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Nos meses subsequentes, nunca se falou tanto sobre feminismo, relações de gênero e todas as formas de violência contra a mulher.

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A mídia convencional e principalmente a internet, por meio das redes sociais, estas movimentadas pelo chamado "feminismo jovem", trouxeram para o debate a questão do assédio e abuso sexual contra a mulher, de forma mais persuasiva a partir do episódio da menina participante do programa Master Chef Júnior, da Rede Bandeirantes de Televisão.

A origem dessa mobilização se deu após os comentários de cunho sexual feitos em redes sociais e direcionados a uma participante de apenas 12 anos. Milhares de mulheres se encorajaram a compartilhar episódios de assédio que sofreram, motivadas pela campanha #primeiroassédio criada pelo ThinkOlga).

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No mesmo mês, com a aprovação do famigerado PL 5069 de Eduardo Cunha, pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, que dificulta o já sofrido e traumático caminho da vítima de violência sexual que procura o Sistema de Saúde, milhares de mulheres ocuparam as ruas contra o retrocesso, gritando palavras de ordem como "meu útero é laico", "meu corpo, minhas regras" e "Cunha sai, a pílula fica!". E a sociedade passou a refletir como nunca antes sobre temas como estupro, autonomia do corpo, direitos sexuais e reprodutivos. – –

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Nos dias 24 e 25 de outubro mais de sete milhões de alunos do ensino médio que fizeram a prova do Enem, tiveram que refletir sobre a célebre frase de Simone de Beauvoir "Ninguém nasce mulher, torna-se mulher" e consequentemente sobre a questão de gênero.

Também tiveram que dissertar sobre "A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira", o que exigia a análise das causas sociais desse tipo de criminalidade, aspectos do patriarcado e do machismo estruturante.

A repercussão do tema sofreu intenso ataque por parte dos conservadores, que trataram de manifestar repúdio à apelidada "imposição da ideologia de gênero", com propagação de boatos permeados pela desonestidade intelectual.

Mas o tiro saiu pela culatra e todo esse debate acabou despertando ainda mais a sociedade para a importância de tratar das questões de gênero em todas as esferas, sobretudo na educação.

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Paralelamente a isso, no cenário mundial, o ano foi de discursos inflamados pela equidade de gênero nas premiações do Oscar e Emmy Awards, especialmente pelas atrizes Patricia Arquette e Viola Davis, cujas reinvindicações por igualdade de salários e representatividade no cinema, respectivamente, foram replicadas milhares de vezes nas redes sociais.


Fonte: https://ecosolfeministafbes.wordpress.com/2016/01/04/as-protagonistas-de-2015-foram-as-mulheres-silvia-chakian/

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