Gehe zum Inhalt

Warenkorb

Warenkorb leeren
Einkauf beenden
Gesamt:
Warenkorb anzeigen Warenkorb verstecken
Vollbild

Convergência entre campanhas nacionais: o que a reforma política, a economia solidária, a agroecologia e a defesa das florestas têm em comum?

November 2, 2011 22:00 , von Ligia - 0no comments yet | Es folgt noch niemand diesem Artikel.
2504 Mal angesehen:

Estão em andamento no país quatros campanhas para mobilizar a sociedade em temas como economia solidária, reforma do sistema político, contra agrotóxicos, valorização da vida e da biodiversidade, defesa das florestas e desenvolvimento justo e sustentável. Cada uma destas campanhas trabalha seu tema em específico, mas todas têm o desafio de sensibilizar a sociedade em atividades pedagógicas para a crítica, a denúncia e a proposição de alternativas ao atual modelo de sociedade na sua reprodução socioeconômica, na forma de fazer politica e participação social no país.

Se olharmos em conjunto, estas campanhas são complementares e integradas nas questões que abordam, provocando o cidadão comum a ter consciência e participação cidadã sobre sua vida e a do planeta. Algumas das provocações propostas pelas campanhas são:

  • O que estamos consumindo no nosso prato? Quais as consequências para nossa saúde?

  • Quais as alternativas para consumir produtos saudáveis, que não exploram e intoxicam o trabalhador/a e o meio ambiente?

  • Nosso sistema político é realmente democrático? Como exercer nossa cidadania para além do voto? Com quais mecanismos podemos diminuir a corrupção e melhorar nosso sistema político de modo que fique mais transparente e participativo?

  • Como podemos trabalhar sem se patrão ou empregado? Aonde haja cooperação, a participação e o desenvolvimento justo e sustentável?

  • Como podemos reverter os atuais níveis de desmatamento e preservar nossas nascentes, rios, florestas e biodiversidade?



Enquanto proposições imediatas, as campanhas da Lei da Economia Solidária, da Reforma Política e da Defesa das Florestas e o Desenvolvimento Sustentável têm abaixo-assinados que serão encaminhados ao Congresso, as duas primeiras que propõe projetos de lei de iniciativa popular, e a última que busca barrar um retrocesso em nossa legislação ambiental. Todas estas campanhas e a Contra os Agrotóxicos têm o horizonte de mudar não apenas as posturas das pessoas, mas de provocar mudanças na forma como até então ocorrem os processos produtivos e participativos no país.

A campanha pela lei da economia solidária propõe o reconhecimento do trabalho associado, o direito a uma economia justa e solidária para que existam políticas públicas que apoiem e facilitem as práticas da cooperação em nosso país. A campanha também busca ampliar as práticas coletivas nos territórios e a organização do movimento de economia solidária junto aos fóruns locais, ampliando uma nova forma de fazer política e gerar trabalho.

A aprovação de uma lei da economia solidária beneficiará práticas coletivas no campo e na cidade, por exemplo, facilitando que organizações agroecológicos coletivas ou cooperativas urbanas sejam reconhecidas e valorizadas.

A campanha permanente contra os agrotóxicos e pela vida busca abrir um debate com a população sobre a falta de fiscalização no uso, consumo e venda de agrotóxicos, bem como sobre a contaminação dos solos e das águas bem como denunciar os impactos dos venenos na saúde dos trabalhadores, das comunidades rurais e dos consumidores nas cidades. Neste sentido, a proposta é construir formas de restringir o uso de venenos e de impedir sua expansão, propondo projetos de lei, portarias e iniciativas legais e jurídicas, e principalmente, ampliar a construção de um outro modelo agrícola, baseado na agricultura camponesa e agroecológica.

Assim como a campanha da economia solidária, a campanha contra os agrotóxicos busca ampliar um outro modelo de desenvolvimento que não concentre riquezas e que valorize o/a trabalhador/a com sua cultura e produção local.

A campanha em defesa das florestas e do desenvolvimento sustentável também aborda a qualidade de vida da população, e amplia o debate para os mecanismos de proteção das florestas, rios e da natureza. A aprovação na Câmara dos Deputados da alteração do código florestal flexibiliza a necessidade de proteção e sustentabilidade dos recursos naturais, é defendida por parcelas economicamente poderosas da população, os ruralistas e grandes latifundiários, que hoje concentram a maior parte das terras produtivas no país, com a base da produção agrícola que utiliza sementes transgênicas, agrotóxicos e explora o/a agricultor/a, sem gerar qualquer tipo de benefício e desenvolvimento sustentável nas regiões produtoras.

Assim como a campanha pela lei da economia solidária e da reforma política, esta campanha busca pressionar o Congresso para que ouça a sociedade brasileira, dentro do compromisso democrático de respeitar e dialogar com a sociedade.

A política nacional hoje é conduzida por grandes interesses econômicos, à exemplo da aprovação na Câmara dos Deputados da alteração do código florestal, fortemente apoiada pela bancada ruralista. A campanha pela  reforma do sistema político propõe uma nova forma de se  exercer e pensar a política, portanto o poder. Recoloca a questão da soberania popular e os instrumentos de democracia direta (plebiscito, referendo e iniciatica popular). No que trata do sistema eleitoral propõe o combate ao poder econômico, proibindo o uso de recursos privados, assim como mecanismos que enfrentam a subrepresentação das mulheres, da população negra e indigena nos espaços de poder. É propositiva em relação ao combate a corrupção, descrença nas eleições e nos partidos políticos.



As campanhas se complementam e convergem não apenas por mobilizar as pessoas, a cidadã e cidadão comum, mas por propor a ampliação de perspectivas que já ocorrem no país e que possam ser construídas pela maioria da população.

A convergência entre as campanhas pode ocorrer em aspectos simples, como:

  • Agenda comum: com a participação em seminários, reuniões, comitês, coordenações e eventos mútuos e conjuntos;

  • Troca e disponibilização de informações virtuais e materiais;

  • Mobilização conjunta: trabalhando o tema das quatro campanhas com a sociedade e com a coleta conjunta das assinaturas pelos projetos de iniciativa popular da reforma politica e da economia solidária, e em apoio a defesa das florestas e o desenvolvimento sustentável.



Mais do que as campanhas em si, a proposta é exercitar a união, os diálogos e as convergências de bandeiras e lutas para a construção de uma sociedade justa, sustentável e solidária. De uma esquerda que busca mostrar caminhos frente a uma crise global que se amplia, que mostra indignação, mas que ainda não sabe ao certo para onde correr. E neste sentido, os movimentos sociais, redes e organizações que promovem estas campanhas, já têm alguns anos de caminhada que precisam ser mostrados e construídos por todas/os indignadas/os deste mundo.






0no comments yet

    Einen Kommentar schreiben

    Die Felder sind zwingend erforderlich.

    Wenn Sie ein registrierter Nutzer sind, dann können Sie sich anmelden und automatisch unter Ihrem Namen arbeiten.

    Abbrechen