18 de Maio de 2014, 14:18
, por Desconhecido
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O mineirinho Joãozito, nasceu com sobrenome de poeta: Rosa, na cidade de Cordisburgo. Formou-se médico e foi diplomata. Era poliglota , dominava o português , o francês , o alemão, o inglês, o espanhol, o italiano e alguma coisa de russo. Um estudioso de idiomas por curiosidade; e diplomata por concurso. Adorava gatos, cigarro e gravata borboleta. Mas ele gostava mesmo era de escrever e entrou para a história como um dos maiores escritores brasileiro.
" Notícia, se a boa corre, a ruim avoa"
Na Europa em plena guerra , como cônsul, teve sua casa bombardeada, só não morreu porque teve uma vontade irresistível de comprar cigarros. Quando voltou , encontrou só escombros. Protegeu e facilitou a fuga de judeus perseguidos pela Nazismo, nessa tarefa , contou com a ajuda da sua segunda mulher Iracy. Em reconhecimento por essa atitude , o diplomata e sua esposa foram homenageados em Israel , o nome do casal foi dado a um bosque de Jerusalem. "O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem."
De volta para o Brasil e inspirado pela terra, costumes, pessoas e acontecimentos do dia a dia , Guimarães Rosa inicia as suas anotações sobre a vida do sertanejo e sobre o sagrado e o profano. Ele era capaz de descrever cada espécie, cada utensílio, cada tipo de gente, cada animal, cada tudo. É o artista da palavra e grande porta-voz da brasilidade. Fez do sertão das Gerais a sua fonte de inspiração, e das vozes dos conterrâneos a sua própria voz literária. Entre elas, a história do ilustre vaqueiro Manuelzão.
"O mundo é mágico. As pessoas não morrem, ficam encantadas."
Suas anotações sobre o povo sertanejo deram vida a sua obra-prima, “Grande Sertão: veredas”. No mesmo ano publicou o conto “Corpo de Baile”. As duas publicações renderam o seu reconhecimento literário. Mas outros tantos livros se destacam, como “Sagarana”, “Noites do sertão” e "Ave, Palavra", sempre ambientados nas Gerais, nos tempos do carro-de-boi, dos boiadeiros e do trem do interior.
Joãozito tornou-se um dos maiores mestres da nossa literatura, um grande contador de histórias. ” Ele usava o símbolo do infinito, para terminar seus livros, como um ponto final que sugere a continuidade e o sem-fim.
O contista, novelista, romancista e João Guimarães Rosa foi eleito por unanimidade para integrar a Academia Brasileira de Letras, muito supersticioso preferiu adiar a cerimonia com medo de morrer de emoção. Pensado, dito e feito , três dias depois que assumiu a cadeira nº2 na Academia, veio a falecer.
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