7 de Setembro de 2014, 11:26
, por Desconhecido
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Neste domingo de céu azul, ensolarado , como é doce ler poemas de Mário Quintana !
O vento Mário Quintana Havia uma escada que parava de repente no ar Havia uma porta que dava para não se sabia o quê Havia um relógio onde a morte tricotava o tempo Mas havia um arroio correndo entre os dedos buliçosos dos pés E pássaros pousados na pauta dos fios do telégrafo E o vento! O vento que vinha desde o princípio do mundo estava brincando com teus cabelos...
Doçura e nostalgia, ao recordar-se da cidade pequena da infância que, para ele, seria um pequeno pedaço do céu...
Era um lugar Mário Quintana Era um lugar em que Deus ainda acreditava na gente... Verdade que se ia à missa quase só para namorar mas tão inocentemente que não passava de um jeito, um tanto diferente, de rezar enquanto, do púlpito, o padre clamava possesso contra pecados enormes. Meu Deus, até o diabo envergonhava-se. Afinal de contas, não se estava em nenhuma Babilônia... Era, tão só, uma cidade pequena, com seus pequenos vícios e suas pequenas virtudes: um verdadeiro descanso para a milícia dos Anjos com suas espadas de fogo. _um amor! Agora, aquela antiga cidadezinha está dormindo para sempre em sua redoma azul, em um dos museus do Céu. Como Quintana via os seus próprios poemas:
Os poemas Mário Quintana Os poemas são pássaros que chegam não se sabe de onde e pousam no livro que lês. Quando fechas o livro, eles alçam voo como de um alçapão. Eles não têm pouso, nem porto. Alimentam-se em um instante em cada par de mãos e partem. E olhas, então, essas tuas mãos vazias, no maravilhoso espanto de saberes que o alimento deles já estava em ti...
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