16 de Dezembro de 2013, 19:56
, por Desconhecido
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Um poema que emociona é aquele que nos provoca vibrações: penetra em nosso coração e comungamos com o artista. Pensamos: “Era isso mesmo que eu queria dizer.” Assim, é o poema que publicamos a seguir. Talvez seja uma parábola. Algo que mostra o caminho pelo qual todo ser humano passa: a busca da verdade interior...a queda das máscaras...
“O louco” Khalil Gibran Perguntais-me como me tornei louco. Aconteceu assim: um dia,muito tempo antes de muitos deuses terem nascido, despertei de um sono profundo e notei que todas as minhas máscaras tinham sido roubadas -as sete máscaras que eu havia confeccionado e usado em sete vidas- e corri sem máscara pelas ruas cheias de gente, gritando: “ladrões, ladrões, malditos ladrões!”
Homens e mulheres riram de mim e alguns correram para casa com medo de mim. E quando cheguei à praça do mercado, um garoto trepado no telhado de uma casa gritou: “É um louco!”
Olhei para cima para vê-lo. O sol beijou pela primeira vez minha face nua, e minha alma inflamou-se de amor pelo sol e não desejei mais minhas máscaras. E, como num transe gritei: “Benditos, benditos os ladrões que roubaram minhas máscaras!” Assim, me tornei louco.
E encontrei tanto liberdade como segurança em minha loucura: a liberdade da solidão e a segurança de não ser compreendido pois aquele que nos compreende escraviza alguma coisa em nós. Por Amora Doce
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