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Empreendimento de Economia Solidária

Papel Pinel Empreendimento de Economia Solidária

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Nossa trajetória

12 de Janeiro de 2009, 22:00 , por Desconhecido - | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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A Oficina de Papel Artesanal foi criada em 2000, tendo como propósito atender a necessidade de diversificar as atividades da Cooperativa da Praia Vermelha (projeto de geração de renda do Instituto Municipal Philippe Pinel/IMPP, na área de alimentos). O início se deu no Pátio Central, compartilhando a tarefa com pacientes, técnicos, familiares e curiosos que por ali transitavam.

O processo de recriação do papel, inclusive a partir de bulas de remédio, surpreendeu pela beleza e possibilidades de uso. Ficou claro que reciclar, dentro do contexto psiquiátrico, tornava-se uma atividade terapêutica, permitindo dar outros sentidos a conteúdos antes descaracterizados ou “jogados fora”, extraindo deles novos valores e abrindo mais um campo de produção. Veio daí o lema: ”Recicle Ideias, jogue fora preconceitos”.

Num segundo momento, a questão que se colocava era o que fazer com esse papel reciclado. A experimentação e a criação de novos produtos demandavam outro espaço, onde cada um pudesse descobrir e desenvolver novas habilidades e se reinventar. A conquista de um espaço próprio significou a possibilidade de continuação do trabalho. Assim, a Oficina desmembrou-se da Cooperativa da Praia Vermelha para trilhar caminhos próprios, agora no Ambulatório de Adultos.

Inicialmente, esta fábrica recebeu o nome de Sonharte. Eram outros tempos, onde a matéria era mais feita de sonhos e seus rumos eram ainda tênues. Num dado momento, sua produção passou a tomar formas mais concretas, com uma linha própria: tinha “cara”, forma e conceito, tomando a forma de uma assinatura coletiva. Com a transformação do ”gato do Samy” em logomarca, a fábrica passou à condição de “Griffe” Papel Pinel, reafirmando a capacidade de trabalho desse coletivo, conferindo-lhe um novo status, um papel social, uma marca.

Hoje, o Papel Pinel situa, nomeia e legitima cada um de seus participantes, devol­vendo o estatuto de sujeito e cidadã a quem antes estava desqualificado pelo “rótulo” da doença e do preconceito.

 


Papel Pinel no mapa