O Coisas para fazer em Salvador nasceu da idéia de divulgar as coisas que estão acontecendo em Salvador. Óbvio? Nem tanto..
Geralmente, quem vai para determinados eventos culturais em Salvador são as mesmas pessoas. Atores vão para o teatro assistir espetáculo, músicos vão para apresentações de orquestras, estudantes vão para palestras nas suas áreas específicas. Mas porque não ampliar isso?
Salvador tem diversidade e efervescência cultural. Apesar da tal “efervescência” ser mais marketing para atrair turistas e de sabermos que, na verdade, os eventos divulgados são os mesmos: ensaios de verão, carnaval, forrós, shows no Wet, peças de comédia, praia, há uma movimentação forte na cidade. Centros culturais, espaços abertos, praças, praias, associações de bairros, capoeira, rodas de samba, shows de bandas independentes, grupos de teatro, bares. Tem lugares em Salvador que muita gente não conhece (tô nessa lista) cheios de coisa e de assunto. Lugares muito interessantes, experiências diferentes. E tem muita gente que, mesmo assim, insiste em ficar em casa num domingo a tarde assistindo Faustão.
Eu quero entender isso. Nada errado em assistir Faustão ou em ficar uma tarde toda em casa assistindo tv. Opção é opção e às vezes também é massa ficar assim. Mas sempre? O que faz as pessoas trocarem o prazer de viver e estar em lugares diferentes por um lugar no sofá em frente a poltrona, muitas vezes depois de uma semana inteira vivendo no automático de-casa-pro-trabalho-pra- casa.
De início parece que os eventos carecem de divulgação. Porém, muitas vezes, mesmo sob forte ou média divulgação não há público. O que de acontece com o público soteropolitano? Porque algumas salas de teatro estão vazias? Salas de cinema vazios. Porque não são divulgados?
O público de Salvador está viciado a ir sempre aos mesmos lugares. A cena é essa: Salvador parece ter efervescência cultural, mas é tudo fachada porque há muitos espaços de cultura vazios e subutilizados. Porém Salvador TEM mesmo muita coisa pra fazer, só que a divulgação é para um determinado estilo sendo que outros (os mais populares) ficam a base do boca-boca e do costume de ter sempre as mesmas pessoas. Ufa!
Outro sintoma dos espaços culturais vazios (ou do publico viciado) é falta de dinheiro (tanto para a produção dos eventos quanto para o público na hora de comprar ingresso). Tem coisa que realmente não dá pra pagar. Eu já deixei de ir pra muita coisa por não ter. Mas sempre tem coisa de graça acontecendo. Sinceramente não sei se isso é recente, acredito que sim. No Pelourinho sempre tem coisa. Na Biblioteca central, na universidades...aonde mais?
Bem, o problema é que a maioria das gentes não fica nem sabendo dessas coisas. E até a distribuição das Agendas Culturais fica limitada a quem já vai aos espaços culturais, pois neles são distribuídas as agendinhas.
Bem, a idéia do Coisas é essa. Não que não dá pra colocar tudo que rola na cidade. Na verdade coloco muuuuito pouco e geralmente acontecem tantas coisas que eu só fico sabendo beeem depois.
A idéia é divulgar shows, peças, cursos, palestras.. coisas que a gente possa fazer para se distrair, aprender, descansar, cansar, ir, sair da rotina ou continuar nela, coisas que a gente possa fazer quando não tem nada pra fazer. Lugares pra ir, outras possibilidades. Também lugares interessantes, mesmo que não tenha um evento acontecendo lá. Já escrevi sobre a Lagoa do Abaeté e quero continuar come essa proposta. Mas confesso que preciso de ajuda. Quem se habilita a contribuir com o Coisas? Me mandando ou escrevendo sobre lugares que gosta de ir, coisas que tem pra fazer na cidade.
Então é isso. Quem quiser contribuir me manda e-mail, faz sinal de fumaça, sei lá!
Manda e-mail pra
[email protected] com o que você sabe que tá rolando ou me pede a senha e nome de usuário se estiver a fim de escrever diretamente no blog Coisas para Fazer em Salvador.
Um abraço
Raquel Maciel