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Canal Ibase: A cidade, suas escolhas e consequências

1 de Julho de 2013, 16:55 , por Desconhecido - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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Rogério Daflon e Camila Nobrega
do Canal Ibase

Toda cidade tem suas escolhas. A opção de se gastar um montante de mais de R$ 1,2 bilhão na reforma do Maracanã é algo razoável? Não, não é, afirmam urbanistas do Rio e especialistas de outras áreas, indignados com a terceira reforma do estádio. As mudanças em curso no “Maraca” estão também no topo da lista das críticas de manifestantes que tomaram as ruas do Rio de Janeiro, especialmente nos protestos deste domingo, enquanto a seleção brasileira se preparava para disputar a final da Copa das Confederações com a Espanha. Os preços de ingressos foram proibitivos para boa parcela dos cariocas. A crítica invadiu até os gramados do estádio. Antes do início da partida, um casal que fazia parte da coreografia oficial abriu uma faixa pedindo a “anulação da privatização do Maracanã”.

O gigante já havia custado aos cofres públicos mais de R$ 400 milhões em duas reformas anteriores:  em 2000 e 2007, ou seja, um Engenhão inteiro fora torrado ali. E não para por aí. O Maracanã, parafraseando famoso refrão, não é mais nosso. Apesar de ser um bem tombado, o governo do estado derrubou a antiga cobertura com uma autorização apenas da superintendência doInstituto do Patrimônico Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que seria duramente criticada pelo próprio conselho do Iphan em Brasília. Com o estádio já quase pronto, o governo do estado fez uma concessão cuja concorrência foi vencida pelo grupo formado pelas empresas Odebrecht (com 90%), IMX Venues e Arena S.A (de propriedade de Eike Batista, com 5%) e AEG Administração de Estádios, que  vão ficar à frente do estádio nos próximos 35 anos. E ainda faltam obras no entorno do estádio com previsão de mais de R$ 300 milhões.

Foto: David Schenfeld

O caso do Maracanã chama muita atenção, mas talvez haja outros ainda mais sérios, como o abandono do  Morar Carioca, o programa de reurbanização de favelas. No dia 15 de outubro de 2010,  em artigo assinado pelo prefeito Eduardo Paes e pelo presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil, Sérgio Magalhães, na página de opinião do jornal O Globo, o prefeito fez uma promessa que, se já era difícil de tornar-se factível, agora é impossível: a de urbanizar todas as favelas do Rio até 2020. Quase três anos depois do artigo, o cenário é de desolação entre os 40 escritórios que fizeram um concurso para o IAB  àquela época, para pôr em prática o que seria o grande desafio dessa administração municipal.

 


Fonte: http://www.proprietariosdobrasil.org.br/index.php/pt-br/saiu-na-midia/56-canal-ibase-a-cidade-suas-escolhas-e-consequencias

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