FACES DE MIM
11 de Outubro de 2011, 21:00 - sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.E chego aqui, nesse ponto da estrada,
onde todas as mulheres que sou conversam comigo.
“Para onde vamos, Mônica?”
Me pergunta uma delas...
E eu, que nem as tinha percebido ao meu lado,
agora vejo seus rostos.
Semblantes e expressões que me vão se tornando familiares.
Observo a menina quieta, escondida atrás de algumas dessas mulheres...
Parece tímida, mas não é. Carrega olhos atentos e encantados.
Aqueles típicos de quem não quer perder nenhuma das descobertas que pode fazer.
Há uma das mulheres cuja sensualidade me desperta a atenção...
Já a havia visto antes, em algum ponto da estrada...
mas não assim... com essa maturidade e mistério que a envolvem.
Uma outra me parece um pouco mais dura, realista, pragmática.
Essa é a que mais insiste na pergunta... ‘Pra onde vamos?’
Eu não a escuto bem... estou entretida em olhá-la...
não me recordo muito dela.... Bem, deve ter-se feito naquelas passagens por onde o caminho foi mais sinuoso e me exigiu jogar fora algumas das utopias.
À sua frente, tem uma cujo sorriso me faz sentir acolhida...
Serenidade e certo romantismo a definem melhor.
Observando-a, reconheço em seus olhos
um tanto de sonhos e pensamentos que me acompanharam esses anos.
Que alívio sentir que ainda estão aqui comigo!
E me dou conta que também não havia percebido essa estrada, assim cheia de possibilidades...
“Para onde vamos?”
Tantas bifurcações, tantos rumos a serem tomados.
E essa estranha tranqüilidade de já saber o caminho certo...
“Pra onde vamos, Mônica?”
E eu apenas respondo
“Vamos fazer como sempre: seguir a intuição
daquilo que vai se tornando Saber dentro de nós”.
E rimos cúmplices... Já sabemos onde vai dar.
É apenas o começo de uma nova estrada, que certamente possibilitará o surgimento de mais uma de mim.
E sigo em frente, nessa certeza que sou inteira
porque as muitas que fui estão aqui comigo,
rindo, chorando, brincando, dançando, ensinando, aprendendo,
plantando sonhos e colhendo essas tantas realidades possíveis.
(escrevi em 05 de abril de 2008... ressignifico hoje)
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