Uma alegoria de Vênus e Cupido
Vênus volta-se para beijar Cupido, que afaga seu seio. Um Pai Tempo, de barba, puxa uma cortina sobre a cena. O ciúme aperta a cabeça com as mãos, e uma figura mascarada observa a cena do alto. Uma menina, que é meio animal de pêlo e meio réptil, segura um favo de mel em uma das mãos e, na outra, a ponta em aguilhão de sua cauda. O quadro é obviamente uma alegoria, mas de quê? Ninguém sabe ao certo. A luz serena que banha esta cena bizarra e a suavidade da pintura são típicas do estilo do artista. A obra de Agnolo Bronzino (Italia 1503-1572) é um maravilhoso exemplo do Maneirismo, no modo como contorce as posturas naturais, exagera as expressões e enfatiza o movimento. Um bem-sucedido pintor de retratos em sua época, Bronzino com freqüência colocava seus modelos em poses estranhamente rígidas. As expressões um tanto frias e desligadas de seus modelos impelme o espectador a procurar atentamente por um vislumbre de emoção. (O Livro da Arte, ed. Martins)
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