A batalha das mulheres para não saírem de cena
2 de Agosto de 2016, 19:30 - sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.A batalha das mulheres para não saírem de cena Jornal do Brasil Mônica Francisco +A-AImprimir PUBLICIDADE
Nesta última quinta-feira, o Centro Estadual de Direito da Mulher(Cedim), que se encontra praticamente fechado devido à grave crise do estado, abriu as portas para o encontro mensal da Rede de Mulheres Empreendedoras da Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
Na agenda, além de uma roda de conversa e troca de experiências, a apresentação dos curtas premiados de uma das mulheres que fazem parte desta rede. Os curtas Folia de Reis do Santa Marta, premiado como o terceiro melhor curta no Curta Criativo 2013 e agora no Festival 72 horas no Rio de Janeiro, o primeiro lugar, amealhado com o excelente curta “Invisíveis”
A cineasta é Joselma Manhães de Oliveira, 37 anos e moradora da comunidade do Cantagalo há 12 anos, e é lá que toca o dia-a-dia de trabalho em sua produtora, a Curta Raízes, que nasceu da parceria com o marido, Maximilian Paixão, formado em operação de câmeras pelo Afroreggae em 2002, o embrião do que viria a ser. O nome é mais do que sugestivo e transmite a força desta moradora de uma das mais famosas favelas cariocas e da sua história profissional.
Centro Estadual de Direito da Mulher abriu as portas para o encontro mensal da Rede de Mulheres Empreendedoras da Região Metropolitana do Rio Centro Estadual de Direito da Mulher abriu as portas para o encontro mensal da Rede de Mulheres Empreendedoras da Região Metropolitana do Rio Apaixonada por arte visual desde muito tempo, se encontrou profissionalmente quando conheceu a fotografia.Formada em Fotografia no ano de 2009 pela Escola de Fotógrafos Populares no Observatório de Favelas, ONG com sede no conjunto de favelas da Maré.Mais do que um encontro entre empreendedoras, o encontro é a oportunidade de reafirmar a importância do fortalecimento de ações que viabilizem o crescimento destas mulheres oriundas das favelas e periferias do Rio de Janeiro. É a busca das possibilidades e das estratégias para dar visibilidade aos e às invisíveis, como elas próprias no seu dia-a-dia,e isso não poderia deixar de constar nesta coluna.
A força do olhar das cineastas negras, oriundas das periferias e favelas, precisa ganhar projeção. Suas histórias, medos, frustrações, violações, alegrias, triunfos e conquistas, também precisam ser mostrados.
Neste momento em que o debate sobre a importância da cultura na construção das sociedades, seus mitos, seus rituais, sua sociabilidade, tem ganhando terreno; é mais do que necessária a batalha de mulheres como Jose para não saírem de cena.
- Mônica Santos Francisco – Consultora na ONG ASPLANDE, Colunista no Jornal doBrasil. Coordenadora do Grupo Arteiras
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