Histórico da Peça

Desde a década de 70, as mulheres wajãpi preferem utilizar panelas de alumínio, que elas adquirem no comércio regional. São recipientes mais leves e menos frágeis, para o transporte de água e para o preparo e armazenamento de alimentos. São poucas as artesãs que ainda se orgulham de utilizar, em suas tarefas cotidianas, potes e panelas em cerâmica, como se fazia antigamente. Com a disponibilidade de panelas de alumínio, os Wajãpi reduziram consideravelmente a confecção de objetos de barro, embora haja preocupação em sempre manter vivos os conhecimentos sobre a técnica de fabrico. Ultimamente com os incentivos das ações realizadas para o fortalecimento do fundo de artesanato, algumas artesãs continuam preocupadas em ensinar as mais jovens, que aprendem a confeccionar miniaturas das peças e estão se revelando na fabricação de panelas e potes.

Técnica de Produção

São recipientes de diversos tamanhos e formas, confeccionados em barro pelas mulheres para diversos fins: grandes potes para água e bebidas fermentadas, panelas para cozer alimentos e tigelas para armazenar e servir alimentos. As mulheres encontram o local onde tem argila pelo cheiro. Para carregarem a argila que encontram fazem um cesto improvisado, chamado panakõ, com qualquer palha. As artesãs wajãpi moldam a argila ou barro, conforme técnica de rolete e queimam em forno. Depois, essas peças de cerâmica são envernizadas com resinas naturais e raramente apresentam motivos decorativos. Pode ser lavado com sabão neutro e colocado ao sol para secar.