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Empreendimento de Economia Solidária

Fundo do Artesanato Wajãpi Empreendimento de Economia Solidária

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Typoi - tipóia

12 de Novembro de 2014, 13:17 , por rosana kirsch - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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Histórico da Peça

Dependendo da quantidade de fios de algodão que se tem à mão, as Wajãpi escolhem uma técnica para fazer suas redes e tipoias. As tangas e saias utilizadas pelos antigos eram sempre produzidas em teares. As mulheres ocupavam todas as horas vagas do dia fiando algodão, o que já não acontece hoje entre as moças mais novas. Obtinha-se uma cor mais escura tingindo esses fios com a casca da árvore toriri. Cultivavam uma espécie de algodão escuro, que por um tempo se perdeu, mas hoje está sendo encontrado novamente. Como o algodão nativo se tornou um produto muito raro, devido a pragas que atacam as roças, é comum a reutilização de fios de redes velhas ou industriais para confeccionar rede de uso pessoal. As regras do Fundo do Artesanato Wajãpi é vender artesanato com produto nativo, o que vem sendo realizado. As tipoias são largas alças de algodão trançado, feitas e utilizadas pelas mulheres para carregar seus filhos pequenos.

Técnica de Produção

Rede e tipoia são confeccionadas pelas mulheres com fios de algodão (Gossypum barbadense), cru, batido e fiado em diversas espessuras. Há as redes de trama aberta e as de trama fechada. A confecção das peças é resultado de um longo processo que começa com o plantio do algodão, sua colheita, secagem ao sol e retirada das sementes. Feito isso, as mulheres batem bem o algodão, para que ele fique bem duro e resistente. A partir daí, inicia-se a mais trabalhosa etapa, que consiste em fiar algodão, posteriormente enrolado e armazenado em fusos de madeira, até que a quantidade de algodão necessária para a confecção de uma rede seja fiada, o que pode levar meses. Depois disso, é possível tecer as redes em teares produzidos pelos próprios Wajãpi. Quando há muitos novelos, tecem redes compactas em teares verticais. Os punhos das redes são feitos de fibra de curauá (Bromelia karatas L.). Todo processo é realizado pelas mulheres. As tipoias também podem ser feitas com tramas abertas ou fechadas.

 


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