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Banco Bem: 10 anos de história!

29 de Outubro de 2015, 15:26 , por Boletim Finanças Solidárias - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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O Banco Bem fez no dia 24 de outubro 10 anos! Mas essa história começa antes da inauguração do banco, em 2005. Em 2003 tem início a Associação Ateliê de Ideias, construída por homens e mulheres, desejosos por modificarem, juntos, a sua realidade local. A atitude empreendedora de mulheres que decidiram atuar na área de artesanato e moda e montar o primeiro empreendimento econômico solidário da região foi fundamental para isso. Este empreendimento incentivou a criação de outros cinco grupos produtivos, incubados pela instituição, nas áreas de culinária, produtos de limpeza, fabricação de tijolos ecológicos e de pisos artesanais e peças decorativas em mosaico. O problema do acesso ao crédito logo apareceu e a solução encontrada foi a replicação da metodologia do Banco Palmas, que já tinha alguns anos nessa caminhada no nordeste brasileiro. Era criado, então, o Banco Bem, em 2005, um banco que possui moeda própria, objetivando o aquecimento da economia local com linhas de crédito definidas pelos moradores: crédito produtivo, de consumo e habitacional. Dando subsídio a esta última linha de crédito, surge o programa habitacional que fornece assistência técnica às construções e executa obras com tecnologias limpas, como tijolo ecológico, aquecedor solar e piso artesanal com material reciclado da construção civil. A organização e o fortalecimento comunitário eram essenciais para o controle social do banco e para a criação de novos projetos. Portanto, foi fomentado o fórum de desenvolvimento comunitário, denominado pelos moradores de Fórum Bem Maior, onde participam cerca de 60 lideranças das comunidades que integram o território do Bem para discussão de problemas e pensarem estratégias comuns para o desenvolvimento da região.

Há outras ações no território que também ampliam as potencialidades das comunidades. Uma delas é a Varal, uma agência de comunicação comunitária formada por jovens que tem como estratégia ser um empreendimento econômico solidário, possibilitando que jovens que tenham vocação e demonstrem talentos trabalhem com comunicação, marketing, fotografia, rádio e produção audiovisual. A agência também busca estabelecer um espaço de promoção, produção e consumo de cultura urbana e de incentivo ao consumo de arte e à leitura, potencializando artistas e produtores de cultura locais. Acontecem ainda ações no território de empoderamento dos moradores do espaço de sua própria comunidade, como as caminhadas de “Subida à torre do São Benedito”, onde os moradores (ou visitantes) caminham até a torre no alto do morro, antes ocupada pelo tráfico, e agora ponto turístico para a própria comunidade. Também podemos citar a Central de comercialização do território do Bem, que teremos a oportunidade de conhecer.

A partir dessas ações no território do Bem, o Ateliê de Ideias, também ajudou na implantação e consolidação de outros bancos comunitários de desenvolvimento em comunidades do Espírito Santo que tinham esse desejo. Hoje já são dez bancos comunitários no estado, em cinco cidades: Vitória (Puã e Bem), Cariacica (Esperança e Sol), Serra (Abraço, Passarela e Viver), Pedro Canário (União) e Vila Velha (Verde Vida e Terra). O grande desafio comum aos bancos comunitários capixabas é a sustentabilidade, já que não possuem fontes regulares de recursos, principalmente para investir em atividades de planejamento estratégico, intercâmbio e capacitação em gestão e comunicação. Para enfrentar esses desafios, o conjunto dos bancos comunitários do Espírito Santo criou, em 2014, a Rede Desenvolver. Ao longo dos anos o Banco Bem também assumiu o apoio e a organização dos bancos comunitários da Região Sudeste e Centro Oeste e tem sido uma referência importante para o suporte desses bancos comunitários.


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