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Blog "vida quer viver!"

12 de Janeiro de 2009, 22:00 , por Daniel Tygel - | 1 pessoa seguindo este artigo.

Lagartas sempre são lagartas
Mas não serão lagartas para sempre...


Ataque cardíaco

25 de Março de 2013, 21:00, por Daniel Tygel - 33 comentários



Confira! Entrevista sobre a revelação dos proprietários do Brasil!

22 de Março de 2013, 21:00, por Daniel Tygel - 0sem comentários ainda

Entrevista da Agência Pulsar com Daniel Tygel, da EITA, no dia 22 de março, sobre o Ranking Proprietários do Brasil. Ouça abaixo!

Fonte: http://amarcbrasil.org/pesquisa-a-partir-de-dados-da-bolsa-de-valores-revela-estrutura-do-poder-economico-no-brasil/



Um Extraterrestre anticapitalista

21 de Março de 2013, 21:00, por Daniel Tygel - 0sem comentários ainda

Do site http://www.etqtv.com.br/ : "Olá Terráqueos! Como meu nome é impronunciável para vocês e escolhi me chamar Zé T. Sou originário de uma estrela não muito distante e meu objetivo é ajudar-los a resolver seus problemas sociais e ambientais."



Até 5 de abril: Apóie a campanha Quem são os Proprietários do Brasil

8 de Março de 2013, 21:00, por Daniel Tygel - 0sem comentários ainda

Olá amiga ou amigo,

    Conseguimos atingir praticamente 50% do valor total para o projeto "Quem são os proprietários do Brasil", graças ao apoio financeiro de 360 pessoas. Neste período, fizemos vários eventos, debates, infográficos e disponibilizamos novas funcionalidades no portal da campanha, como a busca direta por nome de pessoa, empresa ou instância governamental (você já viu a busca? experimente!). Outra novidade interessante é que faremos uma votação para a escolha de 5 infográficos (com sua rede de poder) que faremos ao final da Campanha! Assim que começar a votação, avisaremos.

    Também recebemos apoios de Raquel Rigotto, João Pedro Stedile, Boaventura de Sousa Santos, Marcos Arruda, Silvio Tendler, Chico de Oliveira, entre outras/os militantes e companheiras/os de lutas.

    Agora, a Catarse abriu uma segunda oportunidade, de mais 30 dias (até 5 de abril), para conseguirmos arrecadar os 30 mil reais que faltam para atingirmos os 56mil. Nesta nova proposta, lançamos um novo vídeo (de 3 minutos) e disponibilizamos novas recompensas para as doações.

    Por isso, peço novamente o seu apoio, que pode se dar de quatro maneiras:

1. Contribuir em dinheiro, pelo site da Catarse ou por transferência bancária direta (me escreva que dou a conta caso não queira fazer pela catarse):



2. Buscar apoios em suas listas
de amigos, de e-mail e redes sociais. Para isso, há materiais disponíveis no site da campanha (em "divulgue!"), além do texto introdutório, que pode ser bastante útil:
www.proprietariosdobrasil.org.br

3. Organizar um lançamento do Ranking Proprietários do Brasil em sua cidade. Isso depende, é claro, de onde e quando será, e de vermos como garantir que pelo menos uma pessoa da EITA ou do IMD possa estar presente. Entre em contato comigo se estiver interessada/o em organizar algo

4.
Conhecer a metodologia e consultar as redes de poder, e contribuir com sugestões e novas ideias.

      Como da outra vez, se não conseguirmos atingir a meta até o dia 5 de abril, o dinheiro será devolvido a você e a todas as outras pessoas que contribuíram, e não realizaremos o projeto.

              Um forte abraço, e muito obrigado pelo apoio,

                      daniel tygel (Cooperativa EITA - Educação, Informação e Tecnologia para Autogestão)

PS: Uma dica para arrecadação de dinheiro é "passar o chapéu" junto a amigas e amigos e só fazer de uma vez a contribuição ou transferência, principalmente para pessoas que não querem ou não têm paciência de fazer a doação através do site da catarse. Também é legal pois permite recompensa maior, por causa do valor maior.

João Pedro Stedile, sobre o projeto:
"   A informação é necessária e fundamental para construir uma sociedade democrática e justa. Aqui no Brasil, sete grupos econômicos controlam economica, politica e ideologicamente todos os meios de comunicação de massa. Por isso sonegam a informação verdadeira para o povo.
    Diante disso, devemos apoiar e cumprimentar iniciativas como essa de fazer informação sobre os proprietários do Brasil. Quem são os que nos exploram e ficam com a riqueza do Brasil?
    Considero uma obrigação de todos os militantes sociais do país apoiarmos e nos envolvermos neste projeto"
João Pedro Stedile, março de 2013



Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz

8 de Março de 2013, 21:00, por Daniel Tygel - 1Um comentário

Passeio Socrático

Por Frei Betto. Fonte: http://www.freibetto.org/index.php/artigos/41-passeio-socratico-frei-betto

Ao viajar pelo Oriente, mantive contatos com monges do Tibete, da Mongólia, do Japão e da China. Eram homens serenos, comedidos, recolhidos em paz nos seus mantos cor de açafrão.

Outro dia, eu observava o movimento do aeroporto de São Paulo: a sala de espera cheia de executivos dependurados em telefones celulares; mostravam-se preocupados, ansiosos e, na lanchonete, comiam mais do que deviam. Com certeza, já haviam tomado café da manhã em casa, mas como a companhia aérea oferecia um outro café, muitos demonstravam um apetite voraz. Aquilo me fez refletir: Qual dos dois modelos produz felicidade? O dos monges ou o dos executivos?

Encontrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei: “Não foi à aula?” Ela respondeu: “Não; minha aula é à tarde”. Comemorei: “Que bom, então de manhã você pode brincar, dormir um pouco mais”. “Não”, ela retrucou, “tenho tanta coisa de manhã...” “Que tanta coisa?”, indaguei. “Aulas de inglês, balé, pintura, piscina”, e começou a elencar seu programa de garota robotizada. Fiquei pensando: “Que pena, a Daniela não disse: ‘Tenho aula de meditação!’”

A sociedade na qual vivemos constrói super-homens e supermulheres, totalmente equipados, mas muitos são emocionalmente infantilizados. Por isso as empresas consideram que, agora, mais importante que o QI (Quociente Intelectual), é a IE (Inteligência Emocional). Não adianta ser um superexecutivo se não se consegue se relacionar com as pessoas. Ora, como seria importante os currículos escolares incluírem aulas de meditação!
Uma próspera cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessenta academias de ginástica e três livrarias! Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito. Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos: “Como estava o defunto?”. “Olha, uma maravilha, não tinha uma celulite!” Mas como fica a questão da subjetividade? Da espiritualidade? Da ociosidade amorosa?

Outrora, falava-se em realidade: análise da realidade, inserir-se na realidade, conhecer a realidade. Hoje, a palavra é virtualidade. Tudo é virtual. Pode-se fazer sexo virtual pela internet: não se pega aids, não há envolvimento emocional, controla-se no mouse. Trancado em seu quarto, em Brasília, um homem pode ter uma amiga íntima em Tóquio, sem nenhuma preocupação de conhecer o seu vizi¬nho de prédio ou de quadra! Tudo é virtual, entramos na virtualidade de todos os valores, não há compromisso com o real! É muito grave esse processo de abstração da linguagem, de sentimentos: somos místicos virtuais, religiosos virtuais, cidadãos virtuais. Enquanto isso, a realidade vai por outro lado, pois somos também eticamente virtuais…

A cultura começa onde a natureza termina. Cultura é o refinamento do espírito. Televisão, no Brasil - com raras e honrosas exceções -, é um problema: a cada semana que passa, temos a sensação de que ficamos um pouco menos cultos. A palavra hoje é ‘entretenimento’; domingo, então, é o dia nacional da imbecilidade coletiva. Imbecil o apresentador, imbecil quem vai lá e se apresenta no palco, imbecil quem perde a tarde diante da tela. Como a publicidade não consegue vender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prazeres: “Se tomar este refrigerante, vestir este tênis,¬ usar esta camisa, comprar este carro, você chega lá!” O problema é que, em geral, não se chega! Quem cede desenvolve de tal maneira o desejo, que acaba¬ precisando de um analista. Ou de remédios. Quem resiste, aumenta a neurose.

Os psicanalistas tentam descobrir o que fazer com o desejo dos seus pacientes. Colocá-los onde? Eu, que não sou da área, posso me dar o direito de apresentar uma sugestão. Acho que só há uma saída: virar o desejo para dentro. Porque, para fora, ele não tem aonde ir! O grande desafio é virar o desejo para dentro, gostar de si mesmo, começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento globocolonizador, neoliberal, consumista. Assim, pode-se viver melhor. Aliás, para uma boa saúde mental três requisitos são indispensáveis: amizades, auto-estima, ausência de estresse.

Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Se alguém vai à Europa e visita uma pequena cidade onde há uma catedral, deve procurar saber a história daquela cidade - a catedral é o sinal de que ela tem história. Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um shopping center. É curioso: a maioria dos shopping centers tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingos. E ali dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas...

Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno, aquela musiquinha de esperar dentista. Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo, acolitados por belas sacerdotisas. Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Se deve passar cheque pré-datado, pagar a crédito, entrar no cheque especial, sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno... Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo hambúrguer de uma cadeia transnacional de sanduíches saturados de gordura…

Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: “Estou apenas fazendo um passeio socrático.” Diante de seus olhares espantados, explico: “Sócrates, filósofo grego, que morreu no ano 399 antes de Cristo, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores como vocês o assediavam, ele respondia: “Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz.”

Frei Betto é escritor, autor, em parceria com Luis Fernando Veríssimo e outros, de “O desafio ético” (Garamond), entre outros livros.



15 anos do Banco Palmas!

5 de Março de 2013, 21:00, por Daniel Tygel - 0sem comentários ainda

Longa vida ao Banco Palmas!!