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Boletim das Finanças Solidárias

16 de Março de 2015, 11:26 , por Boletim Finanças Solidárias - | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
Licenciado sob CC (by-nc-sa)

O Boletim Informativo das Finanças Solidárias trará notícias, informações e reflexões sobre os Bancos Comunitários de Desenvolvimento, as Cooperativas de Crédito Solidário e os Fundos Solidários pelo Brasil. O Boletim também trará notícias sobre as reflexões e ações do Comitê Temático de Finanças Solidárias e Crédito do Conselho Nacional de Economia Solidária.


"O povo sabe gerenciar seus recursos", o início do Dia D das Finanças Solidárias

29 de Julho de 2015, 21:53, por Boletim Finanças Solidárias - 0sem comentários ainda

 

 

Foto: Cáritas Brasileira | http://caritas.org.br/santa-maria-dia-d-de-financas-solidarias-tem-plenaria-sobre-fundos-rotativos-e-premiacao/29971

O dia 11 de julho de 2015 foi um dia especial para as Finanças Solidárias. Chamado de “o dia D das finanças solidárias”, contou com várias atividades e fez parte da conhecida feira de economia solidária de Santa Maria (RS).

As finanças solidárias foram lembradas pela sua capacidade de mobilizar recursos para concretizar a economia solidária, como pontuado na fala de Valdir (Articulação do Semiárido), que ainda relembrou que essa capacidade tem possibilitado a criação de inúmeras oportunidades dentro das comunidades. Em seguida, Irmã Lourdes, referência da Feira de Santa Maria, apontou os avanços da economia solidária nos últimos anos. Disse que na década de 1980, no início da feira, poucos acreditavam na proposta; foi necessário muita coragem. Irmã Lourdes ainda fez um repúdio ao sistema bancário que visa apenas o lucro; enfatizou que ele deveria ter um caráter público, pois o “o povo sabe gerenciar seus recursos”.

A relação entre finanças solidárias e desenvolvimento local foi abordado por Airton, representante do cooperativismo de crédito, que ressaltou também a necessidade de aprovação de legislação adequada para a economia solidária.

Sua fala foi seguida pela de Joaquim (Banco Palmas) que enfatizou a força da economia solidária no Brasil que conta com 107 bancos comunitários de desenvolvimento no Brasil, em suas palavras “um movimento de resistência”. Fabiano (Secretário de Desenvolvimento Econômico Solidário da prefeitura do Rio de Janeiro) também trouxe o caráter de contraposição dessas iniciativas: “A Economia Solidária constrói novos referenciais de enfrentamento”.

O avanço da política pública em finanças solidárias também foi abordado na fala do Coordenador-Geral de Comércio Justo e Crédito da Secretaria Nacional de Economia Solidária, Haroldo Mendonça, que relembrou o apoio da secretaria às finanças solidárias desde 2005; pontuando os convênios que permitiram o desenvolvimento da metodologia de Finanças Solidárias, pelo Banco Palmas e outras entidades, o mapeamento dos fundos solidários e a articulação das diversas expressões de finanças solidárias.

A mesa foi encerrada com a fala do professor Paul Singer, secretário nacional de economia solidária, que enfatizou a necessidade de legislação para a economia solidária e enfatizou a importância das iniciativas de finanças solidárias ao afirmar: “à medida que todos participam, todos enriquecem”.



Aconteceu o I Intercâmbio Técnico de Finanças Solidárias

22 de Junho de 2015, 17:23, por Boletim Finanças Solidárias - 0sem comentários ainda

“Que a importância de uma coisa não se mede com fita métrica nem com balanças nem barômetros etc. Que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós” (Manoel de Barros)

Aconteceu durante os dias 20, 21 e 22 de Maio, em Serrinha (BA), na ASCOOB, o I Intercâmbio Técnico de Finanças Solidárias. A atividade era parte do “Projeto Nacional de Finanças Solidárias – Apoio e fomento às iniciativas de finanças solidárias com base em bancos comunitários de desenvolvimento, fundos solidários e cooperativas de crédito solidário”, convênio 00039/2013, financiado pela Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego (Senaes/MTE).

Participaram desse primeiro intercâmbio os representantes das experiências de Bancos Comunitários de Desenvolvimento, Cooperativas de Crédito Solidário e Fundos Solidários: Banco Palmas (CE), Banco Bem (ES), Banco Jardim Botânico (PB), Banco Tupinambá (PA), Aresol (BA), Ascoob Sisal (BA), Fundo Solidário Pequi (TO), Fundo Solidário UVA (MT), Crehnor (RS) Cresol (RS), Cáritas Sul e Cáritas Nordeste 3.

O intercâmbio possibilitou não apenas trocas de experiências entre os participantes, mas um processo de reflexão sobre a complementariedade das experiências de finanças solidárias. O exercício constante de identificação daquelas atividades e concepções em que as experiências de finanças solidárias se aproximam, construindo verdadeiramente um processo de produção conjunta de conhecimento. Esse processo se inicia no próprio cotidiano de trabalho, suas dinâmicas, ferramentas, desafios e potencialidades de cada uma das iniciativas de finanças solidárias e tem no intercâmbio um momento especial de reflexão.

Embora há muito tempo as iniciativas se reconheçam e são reconhecidas como finanças solidárias e como economia solidária, participem e se encontrem nos fóruns e conferências, realizem atividades conjuntas, não havia um processo sistemático de diálogo e construção de pautas e agendas comuns entre as três iniciativas. E é justamente nesse espaço que os intercâmbios se colocam.

Durante o intercâmbio, Valmir, do Banco Bem, fez uma fala que resume bem o espírito desse tipo de atividade: “Dois aprendizados que temos. A maioria dos nossos trabalhos a gente se coloca no lugar do outro, a gente tem esse olhar. O segundo aprendizado é aprender na prática”.

No primeiro dia as experiências se apresentaram, buscando, em pequenos grupos, encontrar onde os seus trabalhos se aproximavam. Cada grupo era formado por representantes de Bancos comunitários, Fundos solidários e Cooperativas de crédito; nesse momento logo se percebeu que, embora com atividades distintas, era uma mesma concepção que animava as experiências e elas puderam se ver muito próximas.

No segundo dia foram feitas visitas a agricultores que tinham tomado crédito com a cooperativa de crédito Ascoob Sisal e as pessoas puderem entender o sentido de desenvolvimento do território que a Ascoob busca com seus trabalhos. A relação direta entre o trabalho das finanças solidárias e o desenvolvimento comunitário trouxe a concretude do trabalho da cooperativa de crédito. A relação com terra chamou bastante atenção já que algumas das experiências presentes, como alguns fundos e os bancos comunitários, têm atuação urbana.

O terceiro dia foi o momento de nos debruçarmos em questões comuns das finanças solidárias. A questão proposta pelos anfitriões ofereceu a oportunidade de refletirmos sobre a relação das diversas experiências de finanças solidárias com os bancos públicos, bem como a necessidade de reconhecimento dessas experiências por parte desses bancos.

O próximo intercâmbio ocorrerá em Agosto deste ano no Banco Bem, em Vitória-ES, a expectativa dos participantes é enorme, para dar continuidade ao processo iniciado em Serrinha-BA, aprofundando a discussão dos nós que compõe e tecem as finanças solidárias.



Dia D das Finanças Solidárias

22 de Junho de 2015, 15:40, por Boletim Finanças Solidárias - 0sem comentários ainda

No dia 11 de Julho acontecerão uma série de atividades de Finanças Solidárias na feria de Santa Maria (RS). Haverá Oficina sobre a moeda social eletrônica (Banco Palmas) e Oficina de Fundos Solidárias (Camp e Cáritas), bem como a circulação da moeda social eletrônica, além de atividades do Comitê de Finanças Solidárias. Haverá ainda um estande das entidades de Finanças Solidárias, com publicações, material de divulgação, banner e conversa com representantes das experiências.

A programação ainda está em construção. Quando novas atividades forem se incorporando ao dia D, atualizaremos a programação aqui.

 

Dia D das Finanças Solidárias

Manhã

  • Atividades autogestionadas (09h-12h)
    • Bancos Comunitários de Desenvolvimento: a moeda social eletrônia (Palmas);
    • Fundos Solidários (CAMP e Cáritas);
    • Cooperativas de crédito solidários.

Tarde

  • Atividade conjunta do Comitê de Finanças Solidárias
    • Seminário "Finanças Solidárias" (13h-16h)
  • Cerimônia de entrega do prêmio Sandra Magalhães de boas práticas em Economia Solidária (17h)
     

Atividades ao longo do dia que fazem parte da programação do dia D:

  • Circulação de moeda social eletrônica (Palmas);
  • Stand das entidades de finanças (publicações, material de divulgação, banner, conversa com representantes das experiências de finanças).

 



Goiás recebe o intercâmbio de FRS da Região Centro-Oeste

22 de Junho de 2015, 15:13, por Boletim Finanças Solidárias - 0sem comentários ainda

[Do site do CEA: http://centrodeestudoseassessoria.org.br/2015/06/01/goias-recebe-o-intercambio-de-frs-da-regiao-centro-oeste/]

Representantes de entidades gestoras de Fundos Rotativos Solidários (FRS) do Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, participaram nos dias 28, 29 e 30/05 do “Intercâmbio Regional de Fundos Rotativos Solidários da Região Centro-Oeste” promovido pelo Centro de Estudos e Assessoria, Cáritas Brasileira, Cáritas Arquidiocesana de Brasília e SENAES/MTE.

 

 

O encontro foi realizado em Goiânia/GO e contou ainda com o apoio do Fórum Goiano de Economia Solidária para a sua realização. Intercâmbio é sempre momento de aprendizagem, troca e autonomia para quem participa. Momento de (ao conhecer a realidade do outro) ter a possibilidade de refletir sobre a sua própria experiência. Nas palavras de Paulo Freire: “Onde quer que haja mulheres e homens, há sempre o que fazer, há sempre o que ensinar, há sempre o que aprender”. Neste contexto, o encontro foi organizado com dois principais objetivos: gerar espaços de diálogos, trocas e aproximação entre FRS que atuam na região e contribuir para o fortalecimento das articulações das organizações gestoras de FRS, na perspectiva de redes.

Com seus “diários de bordo” e muita curiosidade, os participantes puderam conhecer duas experiências bem distintas, onde o FRS faz toda a diferença na sustentabilidade e autonomia das suas comunidades:

A APROBOM (Associação dos Pequenos Produtores Rurais da Região de Bom Sucesso), formada por 20 famílias de agricultores familiares da região do Bom Sucesso, localizada no município de Nazário/GO, e que desde 2001 promove o desenvolvimento rural sustentável, garante o acesso da comercialização de sua produção, crédito rural e assistência técnica; além de participar de formações nas temáticas da Economia Solidária, educação popular, agricultura familiar, juventude e mulheres. A associação surgiu devido às dificuldades enfrentadas pelos agricultores em manter suas pequenas propriedades, levando-­os a buscarem alternativas e parcerias para melhoria dos trabalhos de manejo da produção.

Já a ACAA (Associação Cultural e Artística de Anápolis), localizada no município de Anápolis/GO, possui cerca de 50 associados, os quais são envolvidos na produção de artesanatos, tapetes e colchas. Estes produtos são comercializados em uma loja no shopping da cidade. A Associação representa diversos segmentos artísticos, inclusive a Fiação e Tecelagem Manual sendo uma ponte de referência cultural e apoio à comunidade, local onde se realizam várias atividades artísticas, de preservação e difusão cultural e de apoio à saúde física e mental.

Nos três dias, os participantes debateram no encontro os temas FRS, Redes e território, a partir das experiências visitadas. Também puderam trocar as suas impressões com os grupos visitados, a partir do quê conseguiram avançar e de seus desafios, dando sugestões a partir do que perceberam que pode ser melhorado.

 

Sobre os FRS

 

 

“Para falarmos de Fundos Rotativos Solidários, recordamos primeiramente um feitio e costume antigo das nossas avós. Muitos e muitas de nós guardamos em nossa memória uma prática delas, e que atualmente muitas famílias ainda praticam que é a fabricação do pão caseiro. O pão é um dos primeiros alimentos processados da história da humanidade. É fonte de nutrientes e também tem um forte significado em diversos rituais culturais e religiosos. Sendo o alimento do ‘corpo e da alma’.

Quem de nós não viu nossas avós distribuindo a ‘isca de pão caseiro’ para amassar e depois repassar para os vizinhos, parentes e amigos? E assim o pão vai se multiplicando e se tornando alimento para diversas famílias. O simples ato de entregar a ‘isca’ gera um harmonioso ciclo que fortalece as relações de confiança, a partilha de vida e a troca de saberes, além de contribuir na alimentação saudável de cada família.

Da mesma maneira que esse harmonioso ciclo atinge diversas famílias, também acontece com as experiências dos FRS. Os fundos se multiplicam e garantem uma vida com qualidade para toda comunidade envolvida.

O Fundo Solidário é um processo de gestão coletiva de recursos, voltados para a sustentabilidade local e territorial e para mobilização social. São espaços de gestão de riquezas e saberes. A importância dos Fundos Solidários é devida porque são espaços e instrumentos de resistência, protagonismo e organização da economia comunitária.”



Café com Debate do CAMP: "Economia Solidária: trabalho de organizações solidárias em redes de relações"

21 de Maio de 2015, 17:00, por Boletim Finanças Solidárias - 0sem comentários ainda

No dia 21/05 às 17h acontecerá a próxima edição do Café com Debate do CAMP. O café será realizado no Auditório Clara Scott e terá como tema a "Economia Solidária: trabalho de organizações solidárias em redes de relações". Participe!