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Outra economia é possível e se desenvolve aos poucos

1 de Dezembro de 2014, 12:58 , por Débora Nunes - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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A crítica ao capitalismo é uma constante em todo lugar. Nos países do sul, que pouco conviveram com progresso social, democracia e capitalismo, ela é parte do dia-a-dia dos movimentos sociais, dos partidos de esquerda, das universidades, de conversas de intelectuais e trabalhadores/as há décadas. Nos países do norte, a experiência do aumento da desigualdade após mais de meio século de Estado de Bem Estar Social, relativa igualdade e democracia sólida, faz a crítica ao capitalismo se ouvir de forma cada vez mais forte. Mas o capitalismo segue sua organização econômica e social aparentemente sem muitos abalos, tendência dessas iniciativas é crescer, pois aliam preocupações sociais e ambientais inadiáveis ao desafio da economia.

A economia solidária na Bahia tem algumas joias, iniciativas bem sucedidas e de longo fôlego que merecem ser conhecidas e apoiadas. A Redemoinho, cooperativa de comércio justo que promove o consumo consciente é uma delas. Criada na Faculdade de Administração da UFBa por membros do Bansol e da Colivre e apoiada por professores e amigos/as diversos, ela disponibiliza uma quantidade razoável de produtos em sua loja virtual Redemoinho, oriundos da agricultura familiar e de cooperativas diversificadas. Os/as consumidores/as da Redemoinho são os principais parceiros de sua aventura. Quem está insatisfeito com o capitalismo tem muitas opções de demonstrar seu desagrado comprando bens produzidos em outros circuitos. Esse pequeno gesto, praticado por milhões, certamente incomodará o sistema e pode ser tão poderoso quanto tantas revoluções sonhadas. E certamente será menos traumático. Vamos praticar revoluções tranquilas?

apesar de uma opinião pública que lhe é cada vez mais desfavorável, ainda mais com os desastres ambientais que provoca e que se fazem cada vez mais evidentes.

As práticas de economia plural, a economia solidária, a eco-economia, a economia da comunhão, etc. vem se desenvolvendo e mostrando que é possível organizar laços econômicos em outras bases. Os principais motores dessas economias não capitalistas, que fazem do lucro uma parte da questão econômica e não seu único fim, são os/as consumidores/as conscientes. A consciência no consumo se torna uma das principais armas contra o capitalismo. Em tempos de desmobilização operária e intenso consumo inconsciente que fazem o capitalismo parecer triunfante, as milhares de iniciativas de economia solidária e plural são a promessa de outro desenvolvimento. Elas evidenciam que uma parte as sociedade deixou de apenas criticar e resolveu organizar a economia de outro modo.  A


Categorias

Consumo ético e solidário, Agricultura Familiar, Comércio justo e solidário, Agroecologia

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